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01/02/2013 - 08:35

Atividade industrial cai 4,5% em 2012, Fiesp reavalia crescimento para 2013

Resultado é o pior da série com exceção de 2009, quando o índice caiu 7,2%, aponta pesquisa da Fiesp e do Ciesp; atividade deve crescer 2,3% em 2013.

A atividade da indústria paulista registrou queda de 4,5% em 2012 na comparação com 2011, mostrou nesta quinta-feira (31) o Indicador de Nível de Atividade (INA) da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). A queda foi maior que o previsto pelas entidades, de -4,1%, e sugere uma revisão para baixo da estimativa de crescimento da atividade em 2013.

“A perda de vitalidade ocorrida no final de 2012 fez com que revíssemos o desempenho para 2013: antes prevíamos crescimento de 3,9%; agora acreditamos que ficará em 2,3%”, afirmou Paulo Francini, diretor-titular do Departamento de Pesquisas e Estudos e Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp.

“Temos uma expectativa de que as coisas melhorem, porém, não temos clareza de como isso vai acontecer", acrescentou o diretor do Depecon, citando informações do Banco Nacional do Desenvolvimento e Social (BNDES) sobre o aumento de consultas para investimento. “O BNDES aponta que o volume de consultas para novos investimentos cresceu bastante no segundo semestre, porém, isso ainda ocorre em um estágio prévio de ser sentido pela indústria de transformação.”

Frustração-Paulo Francini avaliou que houve no segundo semestre de 2012 uma tendência de recuperação “não vigorosa, porém ocorrendo”, mas o fraco desempenho dos últimos meses do ano passado frustraram as expectativas.

Na leitura mensal, o INA registrou quedas de 0,3% em dezembro, ante novembro, e 0,8% em novembro, versus outubro, na comparação com ajuste sazonal. Sem o ajuste, no entanto, a atividade da indústria caiu 12,7% em dezembro e 4,7% em novembro, em relação ao mês imediatamente anterior.

O diretor do Depecon pondera, contudo, que as recentes medidas tomadas pelo governo da presidente Dilma Rousseff são positivas no sentido de tentar recuperar o fôlego da indústria brasileira, mas ainda não foram suficientes para revitalizar a produção.

Francini reconhece que as medidas do governo, como a redução da taxa Selic e a elevação do câmbio a um patamar mais competitivo, "objetivaram a melhoria da indústria. No entanto, os estragos anteriores causaram mais danos que os imaginados e agora estamos percebendo isso na prática”.

Segundo ele, ainda há espaço para a taxa de câmbio ser elevada a um patamar mais confortável para a produção nacional. "O governo também tem essa sensação, mas a discussão é sobre qual o momento de fazer o reajuste. Tomara que isso ocorra em 2013”.

Atividade-Segundo o levantamento de conjuntura da Fiesp e do Fiesp, a queda do indicador em 2012 na comparação com 2011 foi acompanhada por perdas de 3,5% no item Horas Trabalhadas na Produção, 3,3% em Horas Médias Trabalhadas e 0,7% no Total de Horas Pagas.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) manteve-se praticamente estável em 82% em dezembro, versus 81,7% em novembro do ano passado, na leitura com ajuste sazonal. Sem ajuste, o componente apresentou ligeira queda de 82,8% em novembro, versus 79,6% em dezembro.

Na comparação de dezembro com novembro, a atividade industrial nos setores de Produtos Têxteis, de Veículos Automotores, de Celulose, Papel e Produtos de Papel e de Produtos Químicos, Petroquímicos e Farmacêuticos apontaram ganhos de 7,4%, 1,3%, 0,3% e 4,3%, respectivamente.

Já na leitura de novembro ante outubro, os quatro segmentos apresentaram queda. A atividade no grupo Produtos Têxteis caiu 1,8% no mês, enquanto o item Veículos Automotores diminuiu 2,8%. O segmento de Celulose, Papel e Produtos de Papel registrou variação negativa de 0,2% em novembro, enquanto a atividade em Produtos Químicos, Petroquímicos e Farmacêuticos anotou baixa de 2,5%.

Expectativa-A percepção geral dos empresários com relação ao cenário econômico no mês de janeiro, medida pelo Sensor Fiesp, melhorou: 49,8 pontos, contra 45 pontos em dezembro.

A sondagem com relação ao item Mercado também apresentou uma melhora de cinco pontos e chegou a 52,8 pontos, versus 47,2 pontos em dezembro. O mesmo aconteceu com o indicador Vendas, que subiu de 38,9 pontos no mês passado para atuais 49,8 pontos.

O indicador de Estoque caiu para 44,4 pontos em janeiro, ante 45,7 pontos em dezembro, enquanto o Emprego subiu para 50,6 no mês corrente, contra 44,8 pontos no mês anterior.

A percepção dos empresários quanto ao Investimento também apresentou melhora, passando de 48,4 em dezembro para 51,5 em janeiro.

Com exceção do item Estoque, resultados do Sensor acima de 50 pontos revelam expectativas positivas.

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