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01/02/2013 - 09:21

Mangalarga Marchador no Carnaval


Raça de cavalos originalmente brasileira será homenageada no Carnaval do Rio de Janeiro pela tradicional escola de samba Beija-Flor de Nilópolis.

A Beija-Flor, uma das mais importantes escolas de samba do Brasil terá o Mangalarga Marchador como tema de seu desfile no Carnaval 2013. A agremiação será a terceira a entrar na Marques de Sapucaí, na segunda-feira [11 de fevereiro].

Com o enredo “Amigo Fiel, do cavalo do amanhecer ao Mangalarga Marchador”, os dirigentes da escola prometem grandes surpresas na avenida. Os carros, as alegorias, as fantasias e o samba que contam a história do cavalo desde o seu surgimento na Terra até chegar ao nascimento da raça Mangalarga Marchador no Sul de Minas Gerais, no século XIX, estão chamando a atenção de todos pela beleza e criatividade.

Para a diretoria da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, sediada em Belo Horizonte (MG), a participação da raça na festividade será oportuna para mostrar ao mundo que o Brasil possui uma raça de cavalos originalmente brasileira, com qualidades que o distinguem de qualquer outra raça de equinos, seja pela comodidade, andamento, por se adaptar em qualquer tipo de clima e solo e por poder ser montado por crianças, jovens, adultos e idosos.

De acordo com o Estudo do Complexo do Agronegócio do Cavalo, realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Esalq/SP) – contratado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Brasil tem o terceiro maior rebanho de equino do mundo com 5,9 milhões de cabeças. O setor emprega 3,2 milhões de pessoas (entre empregos diretos e indiretos) e movimenta R$7,3 bilhões ao ano. Uma curiosidade é que a indústria do cavalo representa seis vezes o que emprega a indústria automobilística no país.

Os números da raça Mangalarga Marchador também são surpreendentes. A ABCCMM possui sete mil associados, 600 mil animais registrados, 58 núcleos nacionais em todos os estados, quatro associações no exterior ( EUA, Alemanha, Itália e Argentina). O setor gera 43 mil empregos diretos, 200 mil indiretos e realiza 230 eventos anuais com 22 mil animais julgados e 9.125 expositores.

Samba- Enredo - Definido em outubro de 2012 por votação, o samba-enredo vencedor “É o bonde que vai, carruagem que vem” irá embalar a escola durante o desfile. A escolha da música foi emocionante e contou com a presença de mais de nove mil pessoas na quadra. O evento atraiu a atenção da mídia, de torcidas organizadas e foi um sucesso. Neguinho da Beija-Flor será o interprete da canção que já está na ponta da língua dos admiradores do Carnaval carioca.

Repercussão - Há poucos dias do Carnaval, várias matérias têm saído na imprensa nacional sobre o assunto. O Mangalarga Marchador tem despertado o interesse de muitas publicações.

A Beija-Flor está cotada como uma das escolas favoritas ao título de Campeã neste Carnaval 2013, a se basear pelo que ela apresentou no dia do ensaio técnico ocorrido em 19 de janeiro. A escola contará com a participação da atriz Cláudia Raia. A global já visitou o barracão para acertar os detalhes da fantasia.

Carnaval é Cultura -O Carnaval é uma importante fonte para o conhecimento histórico. Nas alas, no enredo e nos carros alegóricos muitas informações de resgate cultural são levadas ao público. E foi com base em muita pesquisa histórica, que os carnavalescos da Beija-Flor contarão no desfile, a importante participação do cavalo em episódios como guerras, ciclo do ouro e do café no Brasil, civilizações antigas, entre outros. Uma boa dose de cultura aliada ao que o Brasil tem de melhor, o samba.

Perfil-A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e surgiu há mais de 200 anos na Comarca do Rio das Mortes, no sul de Minas Gerais, por meio do cruzamento de cavalos da raça Alter – trazidos da coudelaria (haras) de Alter do Chão, em Portugal – com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira.

O Mangalarga Marchador teve como berço a fazenda Campo Alegre, no Sul de Minas. Ela pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a responsabilidade pela formação da raça. A fazenda era uma herança de seu pai, João Francisco Junqueira. Outro fazendeiro importante na história do Mangalarga Marchador foi José Frausino Junqueira, sobrinho de Gabriel Junqueira. Exímio caçador de veados, José Frausino aprendeu a valorizar os cavalos marchadores por serem resistentes e ágeis para transportá-lo em suas longas jornadas.

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