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06/02/2013 - 07:49

Aumento na importação de derivados e baixa de poços secos impactam resultado anual da Petrobras, analisa BB Investimentos


2013 difícil, mas exequível, prevê a presidente da estatal, Maria das Graças Foster.

De acordo com os analistas do BB Investimentos, Nataniel Cezimbra, Andréa Aznar e Carolina Machado Flesch, os destaques do relatório anual da Petrobras apresentado no dia 5 de fevereiro (quarta-feira), e comentado no dia 6 (quarta-feira), durante entrevista coletiva à jornalistas pela presidente da companhia, Maria das Graças Foster, a Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 21,2 bilhões em 2012 (-36% A/A) e de R$ 7,8 bilhões no 4T12 (+39% T/T). O Ebitda ajustado, que considera a participação em investimentos e o impairment, apresentou queda de 14% no resultado anual e de 17% no resultado trimestral, chegando a R$ 53,4 bilhões e a R$ 11,9 bilhões, respectivamente. “O resultado anual da companhia foi impactado principalmente pelo aumento na importação de derivados, pela defasagem no preço de venda interna em relação à cotação internacional, pelas baixas de poços secos e pela redução da produção de petróleo”, observaram os analistas.

Segmentos - O segmento de Exploração e Produção obteve um resultado líquido 12% maior em 2012, chegando a R$ 45,5 bilhões, decorrente da elevação dos preços de venda do petróleo nacional e da redução do impairment. “No entanto, esse número foi parcialmente impactado pelo aumento nos custos e pelas maiores baixas de poços secos. A área de Abastecimento apresentou prejuízo de R$ 22,9 bilhões, ante prejuízo de R$ 10 bilhões em 2011, em razão dos maiores custos com aquisição de petróleo e importação de derivados. O resultado do segmento, porém, sofreu reflexos positivos dos aumentos nos preços dos derivados em junho e julho do ano passado”, continuaram.

Volume de vendas – Para os analistas o volume de vendas total da Petrobras em 2012 foi 8% superior ao registrado no ano anterior. O crescimento da frota de veículos flex, a redução do teor de etanol anidro na gasolina C (de 25% para 20% em outubro de 2011) e a vantagem do preço da gasolina frente ao do etanol foram os fatores responsáveis pelo aumento de 17% no volume de vendas de gasolina no decorrer do ano. “Também merece destaque o incremento nas vendas de gás natural (+17%) ocorrido, principalmente, pelo aumento de demanda por parte das termelétricas que compensou o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas”, frisaram.

Endividamento - “O endividamento bruto total da companhia no final do ano foi de R$ 196,3 bilhões, 26% superior ao registrado no final de 2011. A dívida de longo prazo corresponde a 92% do total e está alocada, principalmente, em notes (35%), empréstimos junto a instituições financeiras (29%) e ao BNDES (25%). A maior parte desse endividamento está em dólar (55%), em reais (21%) ou em reais indexado ao dólar (16%) e tem vencimento após 2018 (62%)”,lembrou a análise.

Perspectivas - “O último reajuste nos preços da gasolina A (+6,6%) e do diesel (+5,4%) ocorrido no final de janeiro deve impactar positivamente o balanço da estatal. A declaração da companhia de que manterá seu nível de produção de óleo em 2013 nos mesmos patamares do ano passado deixa, novamente, poucas esperanças de aumento significativo de receita. Entretanto, aguardamos para o ano um resultado positivo mais evidente dos programas de redução de custos, de aumento de produtividade e de desinvestimentos, entre outros. Por esses motivos, colocamos em revisão nosso preço-alvo para os papéis da Petrobras”, concluíram com expectativas, os analistas.

Quanto um maior otimismo por parte da presidente Maria das Graças Foster, pelo menos para o para o segundo semestre de 2013, é pela entrada em produção de sete plataformas, incluindo a P-58, que deverá começar a produzir o primeiro óleo em janeiro de 2014.

A presidente negou, de forma categórica, que a empresa venha enfrentando dificuldades para pagar a seus fornecedores de bens e serviços em decorrência de problemas de geração de caixa.

“Não tem represamento algum, não há atraso de pagamentos, não deixamos de pagar nenhum fornecedor. Não mudou nada. Temos disciplina orçamentária e ela vem sendo cumprida. É mais do que justo que nossos fornecedores recebam em dia, nós fazemos questão de pagar logo o que é devido e é assim que nós agimos. Os pleitos que existem envolvem pendências em relação a documentação”, garantiu Foster.

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