Perspectivas para 2013 na logística têxtil indicam a possibilidade de crescimento, aponta relatório

Apesar da interferência do comportamento econômico mundial.

Institutos de pesquisa apresentam números relativos a 2012 e projeções para 2013, indicando possibilidade de crescimento para o setor.

É fato que a instabilidade da economia mundial interfere diretamente no rendimento das empresas e a crise enfrentada em grande parte do planeta gera impacto negativo também para o Brasil. Neste cenário, pode-se observar a lenta recuperação dos Estados Unidos, o desemprego que assola diversos países da Europa e a avalanche de importações asiáticas que interfere diretamente na comercialização de produtos nacionais.

Relatório divulgado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe revela que a economia no continente fecha 2012 com crescimento de 3,1%, menor do que os 4,3% de 2011. Porém, para 2013, prevê elevação para 3,8%. Ratificando esses números, a própria equipe econômica do governo federal tem apostado em um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superior a 4% para este ano.

No segmento de logística têxtil, executivos demonstram otimismo e acreditam em crescimento significativo em 2013, apresentando números que justifiquem tal convicção. “Em 2011 nosso faturamento foi de R$ 1,2 mi; em 2012 cresceu para R$ 1,7 mi e, para 2013, projetamos um crescimento de aproximadamente 60% em relação ao ano passado”, revela Alexandre Borges Campos, diretor da TAT LOG.

A empresa atende alguns dos maiores varejistas do país, como C&A, Riachuelo, Besni, Marisa, Pernambucanas, Renner, Extra e WalMart. “Nosso mercado está em expansão e as perspectivas são bastante positivas. Grandes magazines e varejistas em geral, ao se preocuparem em desenvolver eles próprios a nossa atividade, aumentam significativamente seus custos, muitas vezes inviabilizando preço atraente de venda. Por este motivo terceirizam essa atividade”, afirma Campos.

Dentre as atividades realizadas pela TAT LOG estão: processo de etiquetagem, separação dos produtos por grade, armazenamento, encabidamento e distribuição das peças aos clientes. “Entregamos todo o material já encabidado, etiquetado, embalado e dividido por grade. Temos controle sobre gerenciamento de estoque, armazenagem e manipulação, proporcionando maior rapidez e reduzindo os custos da operação para o cliente”, declara o executivo.

Outros dados também apontam para perspectivas positivas. Somente na regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), a intenção de investimentos para o ano é de R$ 97,75 milhões - volume 5% superior aos recursos empregados em 2012, que chegaram a R$ 93,23 milhões, de acordo com números divulgados pela entidade.

Mais um indicativo que revela essa visão otimista vem do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas. Ele avalia que o Banco Central voltará a elevar a taxa Selic somente quando a inflação ameaçar romper o teto da meta, o que não deve ocorrer em 2013, segundo o órgão.