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07/02/2013 - 08:29

A eficiência energética e o conforto do usuário

Muito tem se falado sobre o impacto das ações sustentáveis e de eficiência energética em grandes empreendimentos. As vantagens são notórias, tanto em função da otimização dos processos, uso dos recursos e equipamentos que utilizam medidas eficientes quanto em termos de redução de custos. Porém, um dos principais benefícios das ações “verdes”, ainda pouco comentado, é a geração de conforto para os usuários destes empreendimentos.

Pelo conceito de sustentabilidade, para ser considerado “verde”, um projeto precisa ser economicamente viável, benéfico ao planeta e proporcionar um bem à sociedade. No caso dos prédios comerciais, o beneficio à sociedade está diretamente ligado ao conforto e satisfação aos usuários. Isso significa dizer que um ambiente organizacional planejado de forma eficiente, mas que não gere conforto aos usuários, não pode ser considerado sustentável. Ou seja, de nada adianta reduzir o consumo de energia elétrica, por meio do desligamento de parte das luzes do edifício, se o conforto dos colaboradores for sacrificado. Isso é o que chamamos de eficiência “burra”!

O bem-estar gerado aos colaboradores impacta, em primeiro lugar, em produtividade. Uma vez que o funcionário sente-se bem e não tem interferências externas, como calor, frio ou falta de luminosidade, ele sente-se também mais a vontade para trabalhar, em um espaço agradável e saudável. A qualidade do ar, que é constantemente monitorada quando se tem um sistema de climatização eficiente, também impacta em qualidade de vida e saúde, evitando alergias e dores de cabeça.

A energia elétrica, aliás, é o grande vilão entre os recursos consumidos por um prédio comercial. Apenas o ar condicionado chega a ser responsável por até 50% da conta de energia. Para avaliar se o sistema de ar condicionado pode ser mantido, é importante ter definida a temperatura de conforto do ambiente e o isolamento do prédio, que diz respeito ao período de tempo que as salas mantêm a temperatura ideal, após o desligamento dos aparelhos.

Se o conjunto de ar condicionado antigo ainda apresenta boas condições, é possível planejar manutenções frequentes, com troca de filtros e análise da qualidade do ar emitido, a fim de se evitar problemas respiratórios. Em alguns casos, a troca dos equipamentos é a melhor opção, porque mesmo gerando um custo adicional no início, permite redução no consumo de energia, o que pode pagar o investimento, a médio e longo prazo.

Também já existem películas para instalação em vidros de prédios comerciais que refletem a luz solar impedindo que ela entre, o que traz menor aquecimento do local e demanda por uso de ar condicionado.

Com relação ao sistema de iluminação, a troca das lâmpadas tradicionais por fluorescentes ou LED pode apresentar maior custo na compra dos aparelhos, mas reduz três importantes fatores: o consumo de energia, a carga térmica do ambiente e a quantidade de trocas em função de queima. O benefício é a maior qualidade de iluminação, impactando na visão e na saúde dos usuários.

Também é possível optar por produtos de limpeza biodegradáveis, com menor impacto ambiental, e implementar uma política de compras que contemple produtos reciclados (que já passaram pelo processo de reciclagem) e recicláveis (com potencial para serem reciclados).

Para o jardim, a escolha de plantas nativas, que consomem menos água, é excelente, assim como o reuso de água para a rega de plantas.

Os prédios com selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) já contemplam boa parte dessas medidas, já que o conforto e o bem-estar dos funcionários é um dos itens que compõem a pontuação para emissão do selo. Isso significa que os usuários têm um ambiente mais confortável e, sentindo-se estimulados, podem até considerar este fator como um dos motivos para se manter na empresa.

Seja qual for o projeto definido, é importante que a conta feche. Muitos empreendedores têm a vontade de investir em novos equipamentos, em novas medidas para consumo eficiente de energia, mas, muitas vezes, os valores investidos são exorbitantes e não permitem payback em tempo hábil.

De uma forma ou de outra, é importante ressaltar que o principal ganho da implementação de medidas verdes em conjuntos comerciais ainda é o de conscientização. A campanha interna realizada para comunicar os projetos verdes consegue adesão intensa e produz, em média, até 3% de redução no consumo de água e energia. O colaborador que trabalha engajado, sabendo que contribui para uma causa nobre, sente-se parte da empresa, produz mais, economiza recursos e se torna um multiplicador de todo conhecimento obtido em seu convívio social.

.Por: Heloisa Bomfim, business developer da área de empreendimentos comerciais e shopping centers da Dalkia Brasil | Perfil Dalkia-Fundada há mais de 70 anos na França, a Dalkia é a divisão de energia da Veolia Environnement em parceria com a Electricité de France (EDF). É referência mundial em serviços de eficiência energética, utilidades e infraestrutura e está presente em 40 países. Em todo o mundo, os serviços da Dalkia têm como objetivo otimizar o consumo de energia e o uso das instalações, proporcionando o melhor aproveitamento dos recursos. No Brasil desde 1998, a Dalkia atua em instituições de saúde, instituições de ensino, empreendimentos comerciais, shopping centers e indústrias. Em 2011, a Dalkia registrou um faturamento de R$ 318 milhões no País.

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