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08/02/2013 - 07:13

Braskem atingiu Ebitda de R$ 4,0 bilhões em 2012, alta de 6% sobre o ano anterior


Alta de 10% nas vendas de resinas termoplásticas (PE, PP, PVC) no ano e expansão de 5 p.p. de market share.

Na apresentação dos resultados da Braskem no dia 7 de fevereiro (quinta-feira), dentre os principais destaques a companhia apresentou o foco em competitividade.

No último trimestre do ano, o mercado brasileiro de resinas foi de 1,2 milhão de toneladas, uma queda de 8% em relação ao 3T12, em linha com a sazonalidade do período. Na comparação anual, a demanda por resinas foi 2% superior a 2011, atingindo cerca de 5,0 milhões de toneladas. Já as vendas da Braskem em 2012 tiveram alta de 10% e seu market share cresceu para 70%, uma expansão de 5 p.p. em relação ao ano anterior, em linha com o seu comprometimento com a indústria nacional e estratégia de expansão de sua presença no mercado doméstico.

De acordo com a Braskem, a taxa de operação dos crackers no 4T12 foi de 82%, em resposta à menor demanda global e paradas não programadas devido a problemas no fornecimento de energia elétrica. No ano, a taxa média de utilização foi de 89%, refletindo a melhor performance operacional dos crackers em relação a 2011, que foi de 83%. O Ebitda do 4T12 atingiu R$ 1.399 milhões ou US$ 677 milhões. Esse valor foi positivamente impactado pelo ganho de R$ 516 milhões na alienação de ativos não estratégicos. No ano, o Ebitda foi de R$ 3.958 milhões, 6% superior ao apresentado em 2011.

Expansão e diversificação de matéria-prima: PVC e Butadieno: em 2012, a Braskem concluiu o investimento e iniciou as operações da nova planta de PVC (200 mil toneladas) e da expansão de butadieno (100 mil toneladas), adicionando assim valor às correntes já existentes e possibilitando o atendimento ao contínuo crescimento da demanda por esses produtos.

Projeto no México (Etileno XXI) -Em dezembro de 2012 foi concluída a estruturação de financiamento do complexo petroquímico integrado para produção de polietilenos, no México, no valor de US$ 3,2 bilhões, com o apoio de um pool multinacional de sete bancos e agências de crédito.

Comperj - Em 2012 foi concluída a segunda fase de engenharia (FEL2) do projeto Comperj, novo complexo petroquímico a ser construído no estado do Rio de Janeiro (Brasil). “Espera-se, em 2013, o início da execução dos projetos de engenharia básica das unidades industriais (FEL3)”, frisa o Fato Relevante.

Compromisso com a higidez financeira -Em dezembro de 2012 a Braskem, reforçando seu compromisso com a higidez financeira, desinvestiu ativos não estratégicos no Brasil e EUA que montaram R$ 822 milhões e levaram ao reconhecimento de um ganho no valor de R$ 516 milhões no trimestre.

Em linha com sua estratégia de diversificação e competitividade de custos, a Companhia captou empréstimo junto à Nippon Export and Investment Insurance (”NEXI”), no montante de US$ 200 milhões com vencimento em novembro de 2022. O desembolso ocorrerá no 1T13 e os encargos, a serem pagos semestralmente, são compostos de variação cambial, Libor + 1,1% a.a..

A administração comentou os resultados através de mensagem: “Em um ano especialmente desafiador, consequência do agravamento da crise econômica internacional, que impactou tanto o setor petroquímico global quanto a indústria brasileira, a Braskem obteve avanços importantes na sua estratégia de crescimento no Brasil, alinhados ao seu compromisso com o desenvolvimento da cadeia produtiva da química e dos plásticos, e do seu processo de internacionalização na busca por matéria-prima competitiva.

Em linha com sua estratégia de foco nos Clientes, inovação, agregação de valor e sustentabilidade, a Braskem fortaleceu seu posicionamento no mercado brasileiro, avançando na recuperação do seu market share. Destacamos os investimentos na área de inovação que totalizaram cerca de R$ 200 milhões, uma alta de 30% em relação ao ano anterior, permitindo o desenvolvimento de novas aplicações de produtos plásticos e o lançamento de 20 novas resinas, contribuindo assim para o desempenho de nossos clientes, da indústria petroquímica e da cadeia plástica nacional.

O Plástico Verde, produzido a partir de etanol, deu sua contribuição para esse incremento, ao sensibilizar novos Clientes em relação às suas vantagens ambientais, já que provém de fonte 100% renovável e colabora para a redução do efeito estufa. Entre as novas parcerias estabelecidas em torno do PE Verde estão as que envolvem Kimberly Clark, Dupont, Tigre, L´Occitane, Tecnaro, Plantic e Faber-Castell.

O tema Inovação também faz parte das medidas propostas pelo REIQ – Regime Especial da Indústria Química - encaminhado ao governo pelo Conselho de Competitividade da Indústria Química no âmbito do Plano Brasil Maior, e elaborado com a participação de representantes do setor petroquímico, da transformação do plástico, do governo e de trabalhadores. A desoneração tributária dos investimentos e da matéria-prima são outros pilares do REIQ, cuja aprovação pelo governo será decisiva para aumentar a competitividade do setor e estimular um novo ciclo de crescimento.

Apesar do cenário de incertezas, como parte de seu programa de investimentos, que em 2012 alcançou valor de R$ 1,7 bilhão, a Companhia inaugurou uma nova unidade de produção de PVC no estado de Alagoas, no Nordeste brasileiro, com capacidade anual de 200 mil toneladas, e expandiu a sua produção de butadieno, matéria-prima para a indústria de borracha, no Rio Grande do Sul, adicionando 100 mil toneladas/ano de capacidade do produto. Esses investimentos, também contribuem para a melhoria de competitividade da Companhia, ao viabilizar a venda de produtos de maior valor agregado.

O projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro ( Comperj), tem também como objetivo a busca pela competitividade através da utilização do gás natural, cuja produção no Brasil deverá ser ampliada pela exploração do pré-sal. A Braskem concluiu a fase inicial da engenharia do projeto e, em 2013, estará focada no seu detalhamento com expectativa de decisão final do investimento no primeiro semestre de 2014 através da apreciação do Conselho Administração.

Na frente internacional, foi iniciada a construção do complexo petroquímico integrado no México, concluída a negociação do contrato de EPC (Engineering, Procurement and Construction) e a estruturação do financiamento, no valor de US$ 3,2 bilhões, com o apoio de um pool multinacional de sete bancos e agências de crédito. O complexo será constituído por um cracker, que utilizará etano como matéria-prima, e três plantas integradas de polietileno, com capacidade anual de 1,05 milhão de toneladas e está previsto para iniciar a sua produção no final do primeiro semestre de 2015. Desenvolvido em joint venture com o grupo mexicano Idesa, o projeto permitirá ampliar a participação do gás na equação de matérias-primas da Companhia, tornando-a mais competitiva.

Nos Estados Unidos, a Braskem adquiriu e integrou uma separadora de propeno (splitter) à sua unidade de Marcus Hook, na Pensilvânia, que pertencia à Sunoco Chemicals. A compra da splitter viabilizou uma solução de longo prazo para o suprimento de propeno para a unidade, uma vez que no início do ano, a Sunoco comunicou oficialmente sua decisão de desativar a sua refinaria e encerrar o fornecimento da matéria-prima. A decisão de suspender o fornecimento à Braskem levou a Sunoco a pagar uma indenização no valor de US$ 130 milhões.

Ainda nos Estados Unidos, a Braskem deu um passo importante na busca da competitividade de suas operações ao consolidar parceria com a Enterprise Products, que fornecerá cerca de 65% do propeno necessário para suas três plantas da região do golfo norte-americano. Além de garantir o fornecimento da matéria-prima por 15 anos, a parceria estabelece obrigação da Enterprise de construir uma unidade de desidrogenação de propano (DHP), que deverá utilizar gás de xisto e outras fontes não tradicionais disponíveis, proporcionando à Braskem acesso às oportunidades do competitivo gás da região. O início da operação desta nova planta está previsto para 2015.

Adicionalmente, diante do cenário desafiador da indústria global, que levou a uma retração importante na rentabilidade do setor, e alinhada ao compromisso da Companhia com a higidez financeira, a Braskem optou pela alienação de ativos que não eram relacionados à sua atividade principal, concluindo no final de 2012 a venda da Cetrel e da Unidade de Tratamento de Água – UTA de Camaçari à Odebrecht Ambiental, pelo valor de R$ 652 milhões.

A disciplina na realização dos investimentos, a melhoria de produtividade, o foco na relação com o cliente, a higidez financeira – englobando a venda de ativos não estratégicos, permitiram à Companhia mitigar os impactos da crise global, mantendo seu direcionamento estratégico e sustentando o seu programa de investimentos, lastreados na confiança de recuperação do mercado petroquímico internacional e no crescimento do mercado doméstico em médio e longo prazos.

A receita bruta totalizou R$ 42,1 bilhões e a receita líquida R$ 35,5 bilhões, um crescimento de 8% e 9%, respectivamente, na comparação com 2011, influenciadas pelos maiores volumes de venda e depreciação do real, que compensaram a redução dos preços médios praticados no mercado internacional.

O Ebitda atingiu R$ 4,0 bilhões, que representa alta de 6% sobre o ano anterior, apesar da redução dos spreads médios dos produtos petroquímicos ao longo de 2012. Esse Ebitda inclui o impacto positivo de R$ 860 milhões de itens não recorrentes, com destaque para o recebimento de indenização de um dos contratos de fornecimento de propeno nos Estados Unidos e a venda de ativos não estratégicos.

O resultado líquido da Braskem foi um prejuízo de R$ 738 milhões, explicado pela desvalorização cambial de 9% no período, que impactou negativamente o resultado financeiro em R$ 1.675 milhões. É importante ressaltar que este efeito não tem impacto imediato sobre o caixa da Companhia, uma vez que representa o efeito contábil da variação cambial, principalmente sobre o endividamento da Braskem, e será desembolsado por ocasião do vencimento da dívida, que possui prazo médio de 15 anos.

Consciente de que o fator humano é chave para o crescimento da empresa, a Braskem investiu na capacitação e desenvolvimento de seus Integrantes, através de programas voltados à educação pelo e para o trabalho, além de formação técnica, totalizando um investimento em 2012 de aproximadamente R$ 15 milhões. Ainda no ano, foi dada especial atenção à integração das novas equipes na Alemanha, México e Estados Unidos, com ênfase no reforço da cultura empresarial pautada pela Tecnologia Empresarial Odebrecht. Ter alcançado a melhor taxa de sua história em segurança no trabalho com e sem afastamento, 1,04 acidentes por milhão de horas trabalhadas, foi motivo de orgulho para a Companhia, por refletir seu compromisso com a saúde e segurança de seus Integrantes e das comunidades onde está presente, bem como com o Meio Ambiente. Progressos foram também obtidos nos indicadores de ecoeficiência, apontados pela menor geração de resíduos sólidos e emissão de efluentes, além da redução do consumo de recursos naturais.

O compromisso da Braskem com o desenvolvimento sustentável teve mais uma vez reconhecimentos externos relevantes em 2012, como sua inclusão pelo terceiro ano consecutivo no Guia Exame de Sustentabilidade como uma das empresas-modelo. Entre várias distinções recebidas ao longo do ano também se destaca o Prêmio FINEP na categoria Inovação Sustentável, pelo Plástico Verde. A Braskem confirmou ainda sua participação na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE, pelo oitavo ano consecutivo, e foi selecionada para compor a nova carteira teórica do Índice Carbono Eficiente (ICO2), ambos da BM&FBovespa.

Na dimensão social do desenvolvimento sustentável, a Companhia atua por meio de um conjunto de programas com foco na educação ambiental, inclusão social e promoção cultural das comunidades onde mantém operações”, [www.braskem.com.br/ri].

Na opinião das analistas do BB Investimentos, Andréa Aznar e Carolina Flesch a fraca atividade industrial e dólar impactaram resultado anual da companhia.

A Braskem registrou lucro líquido de R$ 275 milhões no 4T12 e prejuízo de R$ 738 milhões em 2012, valor que representa aumento de 51,2% no prejuízo quando comparado com o ano anterior. O resultado operacional da companhia foi impactado negativamente pela desvalorização cambial, que afetou o resultado financeiro. Mesmo com a redução dos spreads médios dos produtos petroquímicos em 2012, o Ebitda aumentou 6% no ano, chegando a R$ 4 bilhões. “Vale destacar, no entanto, que o valor inclui o impacto positivo de R$ 860 milhões de itens não recorrentes. As vendas totais da empresa aumentaram 10% [cerca de cinco milhões de toneladas]. e seu market share aumentou para 70% (+ 5 p.p.)”, observaram as analistas.

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