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09/02/2013 - 07:24

Balanço das exportações de frutas em 2012

Sob efeito da crise econômica mundial, o volume de exportação aumentou e de importação diminuiu, em 2012. Além disso, o setor brasileiro de frutas possui grandes expectativas de realização de negócios durante a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e Olimpíadas 2016.

Frutas Frescas-No segmento das frutas frescas a atual situação econômica mundial acaba repercutindo efeitos, inclusive nas exportações e importações brasileiras, de forma que, em questão de valores, importar não é tão vantajoso, fazendo com que o Brasil começasse a investir mais em seu mercado interno de frutas, que permaneceu aquecido e favorecido durante a maior parte do ano, devido à boa safra, em geral, a qual também auxiliou em um ligeiro aumento do volume de exportações. Em 2012, as frutas frescas exportadas renderam US$ 619 milhões, contra US$ 633 milhões no ano anterior. Foram exportadas 693 mil toneladas de frutas, um acréscimo em relação as 681 mil toneladas embarcadas em 2011. “O melhor valor das nossas exportações de frutas frescas equivalente a 2,34% em relação a 2011 se explica em parte pela pressão sobre os preços, com consequência dos impactos causados pela recessão econômica nas economias dos principais mercados compradores. Somando-se também a uma cesta de ofertas de frutas em 2012, no seu conjunto com menor valor agregado, inferior em 4% ao ano anterior.”- observou Cloves Ribeiro Neto, gerente de mercado do Ibraf.

Neste último ano, merecem destaque o melão, limão e manga com crescimentos quando comparado com o ano de 2011, o melão apresentou crescimento de 7,2%, o limão de 9,5% e a manga de 0,5% nos volumes exportados.

O melão foi o fruto brasileiro mais exportado, com 181,7 mil toneladas. A manga, por sua vez, trouxe mais divisas para o País, com US$ 137 milhões. Estes resultados se refletem entre os Estados com maiores vendas ao exterior: o Ceará, um dos principais produtores de melões, foi o que teve a maior exportação em tonelagem (146,5 mil toneladas) enquanto a Bahia, grande produtor de manga, foi quem mais arrecadou no comércio internacional (US$ 130,3 milhões).

Os principais destinos das frutas frescas brasileiras foram Holanda, com mais de um terço do valor e do volume totais (respectivamente 42% e 39%); Reino Unido (20% do valor e 18% do volume); e Espanha (10,% e 12%). A lista dos dez maiores importadores de frutas brasileiras no último ano se completa com Estados Unidos, Alemanha, Argentina, Portugal e França.

Por sua vez, as importações de frutas frescas apresentaram uma queda de 7% em volume e uma leve alta de 0,5% em valor em relação ao ano de 2011. A Pera é a principal fruta importada em volume e valor, com 217 mil toneladas e 224 milhões de dólares, seguido por maçãs, ameixas, uvas, kiwis e pêssegos, tendo como origem principal a Argentina, seguidos por Chile, Espanha, Portugal e Itália.

Analisando a nossa performance em termos de balança comercial, contudo em 2012, o saldo positivo foi de US$ 152 milhões, ou seja, 9,3% superior ao obtido em 2011, e acima do saldo do Agronegócio Brasileiro que foi de 0,9%.

Nozes, Castanhas e Frutas Processadas Quanto às frutas processadas, os sucos de laranja assumem as primeiras posições de mais exportados. Considerando todos os tipos de sucos de laranja, em 2012 exportações em volume apresentaram uma retração de 5,5% e em valor uma retração de 4,2%, em relação ao ano anterior. Exportamos 1,9 milhões de toneladas, correspondente a US$ 2,3 bilhões.

Em relação aos outros principais sucos de frutas, as exportações dos sucos de maçã em relação a 2011, cresceram 17,25% em volume e 23,21% em valor. Porém as exportações de sucos de uva recuaram 45,52% em volume e 58,0% em valor. A demanda interna a preços favoráveis inibiu as exportações.

Quanto aos sucos de frutas tropicais, o principal item, ou seja, quanto aos sucos de abacaxi concentrado também recuou 57% em volume e 54 % em valor. O Brasil devido a preferências tarifárias concebidas pelo mercado europeu e acordos comerciais de nossos concorrentes com os principais mercados alvo, não estão permitindo nossa competitividade no mercado internacional.

No que se refere às nozes e castanhas tropicais, exportamos 37.000 toneladas de castanhas de caju beneficiadas (sem casca) no valor de US$ 187,7 mil dólares, o que significou uma retração em volume de 3,7% e de 18,1% em valor, em relação a 2011. Estamos passando por sérios problemas de produção de caju no país. Inclusive, estamos necessitando realizar importações para cumprir compromissos comerciais.

Finalizando, quanto a Castanha do Brasil (Castanha do Pará) exportamos 10,3 mil toneladas correspondendo a US$ 20,5 mil. Houve uma expansão de 1,7% em volume e 48,7% em valor. A demanda internacional pela Castanha do Brasil tem sido maior que a oferta, o que explica sua valorização.

Os países que tiveram o maior volume de exportação de frutas processadas em 2012 foram Bélgica (39%), Holanda (23%) e EUA (22%), e a lista dos 10 países que mais exportaram se finaliza com Japão, Reino Unido, China, Suíça e Austrália.

Já a importação de frutas processadas obteve uma queda de 4% em volume e uma alta de 2,7% em valor, com quase 190 mil toneladas e um pouco mais de 400 mil dólares, em 2012. A castanha do caju foi mais importada, com uma variação de 36% em volume, seguida de uvas secas, com uma pequena variação de 1,3% e doces, purês e pastas de outras frutas, com uma queda de 46,9% entre os dois últimos anos.

Para o Sr. Moacyr Saraiva Fernandes, diretor- presidente do Ibraf, “as expectativas para as exportações em 2013 devem ficar estáveis em níveis semelhantes a 2012, pois as dificuldades encontradas em 2012 devem se repetir este ano, com os valores negociados no mercado internacional ainda menor, devido à persistência da crise econômica. Também tivemos alguns problemas climáticos em regiões produtoras que podem sofrer baixas em volume de produção destinada à exportação e os exportadores estão comercializando grande parte de sua produção no mercado brasileiro cada vez mais aquecido.”.

A diminuição no volume de importação ocorreu devido à boa safra brasileira, principalmente de maçãs e pêssegos e a atratividade do mercado interno faz com que os exportadores destinem volumes cada vez maiores ao mercado.

Eventos Esportivos - A balança comercial de frutas frescas e processadas deve continuar superavitária no ano de 2013, mas o setor já trabalha em diferenciação de produto para agregar valor às exportações da cadeia frutícola.

O Brasil vive um momento de preparação para a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e Olimpíadas 2016, na qual pretende receber o mundo com seus produtos sustentáveis. O setor de frutas está otimista, pois enxerga que será um período onde surgirão muitas oportunidades de novos negócios e também poderá mostrar ao mundo suas frutas com diferencial de sabor, qualidade, segurança alimentar e produção sustentável, além de toda diversidade que o Brasil pode oferecer, com frutas tropicais, exóticas e temperadas e uma produção que supera os 45 milhões de toneladas anuais.

“Frutas e derivados de frutas de qualidade e sustentabilidade! É com esse espírito que as empresas brasileiras vão receber o mundo para os eventos esportivos que virão.” - disse Sr. Moacyr Saraiva Fernandes, diretor presidente do Ibraf.

A cada ano, o setor investe mais em tecnologia e novos métodos produção das frutas visando à oferta de produtos de alta qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade. Polpas, concentrados, frutas congeladas, nozes e castanhas, água de coco, sucos, néctares são apenas alguns dos produtos derivados da fruta brasileira produzidas para atender a indústria mundial da alimentação, que necessita, de forma crescente, diversificar e inovar seus produtos, que podem ser valorizados pelos sabores e aromas marcantes conjugados às vantagens nutricionais e nutracêuticos que as frutas brasileiras proporcionam aos seus consumidores.

Os produtos são extraídos de frutas frescas saudáveis e de qualidade, garantindo um alimento com aroma e sabores naturais das frutas, além de elaborados sob rigoroso controle no processo de produção, visando manter as características naturais da fruta.

O Ibraf, em parceria com a Apex-Brasil e os produtores e exportadores de frutas frescas e processadas através do Programa Brazilian Fruit, vai receber os turistas com produtos diferenciados, possibilitando a degustação de nossas frutas frescas e processadas, fazendo com que levem como recordação o sabor diferenciado das frutas brasileiras.

Perfil-O Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas) é uma organização privada sem fins lucrativos, fundada em 1989, por lideranças do setor frutícola, com a missão de promover o crescimento organizado do setor, desenvolvendo ações efetivas para produtores de frutas, agroindústrias de processamento, fornecedores de produtos, fornecedores de serviços, entre outros, ou seja, toda a cadeia frutícola. Possui hoje 118 associados de todas as regiões do Brasil.

Brazilian Fruit -Criado em 1998, o Brazilian Fruit é um projeto do Ibraf e da Apex-Brasil para promover e divulgar não só a qualidade e a diversidade da produção brasileira de frutas como também posicionar o Brasil como grande e rotineiro supridor mundial de frutas frescas e processadas. A marca Brazilian Fruit é sinônimo de qualidade, excelência, profissionalismo, consistência, seriedade e confiabilidade. Atualmente, o projeto inclui mais de 30 tipos de fruta além de diferentes frutas processadas. [www.ibraf.org.br].

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