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16/02/2013 - 08:29

O futuro chegou?


Quando criança, eu costumava assistir aos Jetsons, um clássico desenho animado criado por Hanna-Barbera, em 1962, que retratava o dia a dia de uma família do futuro. Era inspirador visualizar o mundo no ano de 2062 com carros voadores, cidades aéreas e até uma empregada robô.

Hoje já é possível perceber que a realidade daquele desenho animado não estava tão distante da nossa. As videoconferências estão aí para provar que não foi preciso esperar tanto para marcar reuniões e conversar com amigos por meio do celular que fazem chamadas de vídeo. Já as TV's Slim de LCD, Led ou Plasma que faziam sucesso no lar da família, já deixaram de ser novidade no mercado de eletrodomésticos há alguns anos.

Em palestra no Fórum HSM Novas Fronteiras da Gestão, o professor Ray Kurzweil falou sobre os novos paradigmas que transformarão o mundo. O que mais me deixou instigado foi saber que existe uma máquina nos EUA que é capaz de filtrar a água de um pântano e transformá-la em água potável, iguais as vendidas em supermercado.

Existem também impressoras 3D que em poucos anos estarão produzindo uma gama de produtos que vão de pequenas ferramentas como alicates, chaves de fenda, até casas. Sim, casas. Você enviará suas medidas, condições e planta do terreno, um briefing do modelo de residência que gostaria e receberá o projeto via e-mail.

O próximo passo é simplesmente imprimir a casa e montá-la como se fosse um imenso “Lego”. Inventos dessa natureza vão mudar radicalmente a forma de produzir e vender produtos. Deixaremos a era da produção centralizada para a produção descentralizada.

O custo disso ainda é muito alto, embora com o aumento da demanda e da produção em massa este valor tenda a diminuir. A própria impressora à laser, quando foi criada há 20 anos era caríssima e hoje apenas com alguns dólares pode ser adquirida por qualquer pessoa.

As impressoras em 3D estão imprimindo, inclusive, partes do corpo humano. Hoje já é possível reproduzir traquéias nestas impressoras, para isso, basta ter material biológico nos cartuchos. Seguindo esta linha da evolução, Dr. Kurzweil apresentou ainda formatos sintéticos de hemácias que são colocados no corpo humano e com isso a capacidade física torna-se muito mais potente.

Para exemplificar ele mostrou que o próprio “smartphone” melhorou a performance do ser humano. Você consegue guardar compromissos, localizar-se através do GPS, memorizar informações, pesquisar pela web, relacionar-se com as pessoas que você ama, somente com um dispositivo externo. Imaginem o que vem por ai e que estará inserido em seu corpo.

A tecnologia suprirá as deficiências como, escassez de recursos naturais, e a inteligência humana comandará e transformará o mundo. As crises, nesse sentido, podem estimular a capacidade criativa do ser humano para desenvolver novas soluções.

Em outra palestra sobre inovação, também no Fórum da HSM, Walter Longo, vice presidente da Young&Rubican abordou a questão das novas fronteiras da comunicação. Já existem coletivos de designers e publicitários criando logomarcas e também campanhas inteiras de propaganda para grandes marcas através de redes interligadas.

O sistema tem de um lado os anunciantes e do outro uma rede de profissionais que ajudam a fazer as campanhas. Um briefing é colocado na rede e os profissionais criam as campanhas. Todas elas são vistas pelo cliente que aprova apenas uma, a vendedora receberá o valor acordado pelo desafio. Existe um ranking dos melhores “aprovadores” e esta motivação também é importante para os criativos.

A concorrência deixou de ser entre empresas e passou a ser entre modelos de negócios. Os conceitos mudaram para o uso de sistemas colaborativos ou generativos, ou seja, as empresas criam sistemas para conectar pessoas e a estimulá-las a gerar novos valores, ideias e realizações.

Antes da criação do desenho Jetsons, alguns escritores já procuravam a criatividade para estipular previsões de tecnologias do futuro. O escritor russo de ficção científica Isaac Asimov, previu como a internet poderia existir e se tornar um poderoso instrumento de comunicação e ensino.

Artur Clarke, em 1956, já desenvolvia ideias de vídeo games e escreveu o conto The Sentinel, que deu origem ao filme “2001 Uma Odisseia no Espaço”. No clássico da ficção cientifica há personagens segurando aparelhos portáteis nas mãos para ler informações. Cena que se tornou comum nos dias atuais com o uso dos e-readers e tablets. Novos Asimovs e Clarkes apontarão o caminho para outro futuro, ainda mais inimaginável. Cabe a nós, hoje, viver o presente com o que a tecnologia pode oferecer.

.Por: Sandro Ari Pinto, vice-presidente de comunicação e estratégia da Ciagroup.

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