Redução das distâncias como solução para o problema de mobilidade

A redução das distâncias pode ser a grande solução para uma das queixas mais frequentes dos moradores das grandes cidades: a falta de mobilidade. São corriqueiras as afirmações de que o trânsito está um caos; que o transporte público está superlotado e quase inutilizável; e que até mesmo o ir e vir de pedestres fica difícil em algumas regiões e em determinadas épocas do ano, como a rua paulistana 25 de março em períodos que antecedem datas explicitamente comerciais.

Tomando ainda como modelo a cidade de São Paulo, a raiz da crise de mobilidade passa pela disfunção entre as políticas de uso do solo, transporte, trânsito e economia. Sabe-se, por exemplo, que a habitação cresce em direção às periferias (seja para qual região for) e a concentração de emprego e trabalho encontra-se, em sua maioria, nas regiões mais próximas ao centro.

Como resultado temos maiores distâncias percorridas que, somadas à precariedade do transporte coletivo, ao sistema viário insuficiente e ao grande deslocamento pendular simultâneo, contribuem para o congestionamento geral. Além de um projeto piloto que anteveja as necessidades da população e da cidade, a tecnologia também pode ser utilizada para amenizar o problema.

O uso em maior número de semáforos inteligentes contribuiria para dar maior fluidez ao trânsito; tecnologias informacionais, como painéis de mensagens variáveis, semelhantes aos usados nas estradas, ajudaria o cidadão a aumentar o número de alternativas para enfrentar o problema de seu deslocamento.

Até mesmo o conhecido sistema GPS pode ser uma ferramenta, afinal, auxilia os motoristas a encontrarem o caminho mais curto, rápido, certeiro e com menos trânsito para o seu destino.

Vale citar também, como ótimos exemplos, as empresas que utilizam os chamados pontos de táxi eletrônicos, ou seja, sistemas que localizam o taxista mais próximo do passageiro. Além de aproximar os dois personagens (o passageiro e o taxista) e diminuir o tempo de espera, esta ferramenta evita que o taxista faça o tradicional trajeto: ponto de táxi - destino do passageiro - ponto de táxi. O taxista pode aceitar uma corrida de algum passageiro que esteja próximo ao local onde deixou o passageiro anterior e, assim, otimizar a sua mobilidade, além de economizar combustível.

Poderia elencar mais uma série de ações que contribuiria para a melhoria da mobilidade urbana e que deveria ser empregada de maneira coordenada: rodízios; escalonamento dos horários de trabalho; investimentos em transporte público; uma legislação que beneficie assentamentos de áreas-dormitório próximas a postos de trabalho etc. E a maior parte dessas ações converge justamente para a redução da distância, seja física ou temporal.

. Por: Nathan Vasconcelos Ribeiro, diretor Executivo da e-flows

Perfil do Taximov - Lançado em julho de 2011, o Taximov é um sistema de solicitação de táxi por telefone ou internet, seja do computador, notebook ou smartphone. O sistema localiza o táxi mais próximo do cliente, com até cinco quilômetros de distância, e que melhor atenda aos requisitos solicitados. É possível também monitorar todas as corridas em tempo real. O serviço está disponível na região metropolitana de São Paulo e do Recife. Para saber mais, acesse: www.taximov.com.br