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22/02/2013 - 10:14

Brasil se consolida como referência na adoção de biotecnologia e atinge 36,6 milhões de hectares plantados

Entre 2011 e 2012, o plantio de transgênicos no País aumentou 21% enquanto o crescimento global foi de 6%.

Em 2012, pelo quarto ano consecutivo, a agricultura brasileira foi a que mais impulsionou o crescimento mundial da área plantada com variedades geneticamente modificadas (GM), com ampliação de 21% na comparação com 2011, atingindo a marca recorde de 36,6 milhões de hectares, um incremento de mais 6,3 milhões. Nenhum outro país alcançou tal expansão, desempenho que contribui para que o Brasil seja reconhecido como um líder global na adoção da biotecnologia. Os dados foram divulgados oficialmente no dia 20 de fevereiro (quarta-feira), em nível mundial, no mais recente relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA).

O levantamento indica também o recorde da produção mundial, 170,3 milhões de hectares em 2012, o que representa uma taxa de crescimento de 6%, ou 10,3 milhões de hectares a mais do que os 160 milhões registrados em 2011. Comparando com o ano de 1996, o total plantado em 2012 representa uma ampliação de 100 vezes na área cultivada. Isso faz da transgenia a tecnologia agrícola mais rapidamente adotada da história da agricultura moderna em virtude de seus benefícios econômicos, sociais e agronômicos.

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de área plantada com transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos, embora a diferença entre os dois países venha diminuindo gradativamente ao longo dos anos.

Entre os aspectos que contribuem para o bom desempenho do País no que se refere à adoção da tecnologia está o sistema regulatório estável e rigoroso, as sementes adaptadas às diferentes realidades brasileiras e o investimento em pesquisa. Notavelmente, a Embrapa desenvolveu um feijão geneticamente modificado (GM) resistente a vírus que se constituiu no primeiro evento agronômico de biotecnologia totalmente desenvolvido por uma instituição pública de pesquisa.

Outro destaque do levantamento do ISAAA deste ano é o predomínio dos países em desenvolvimento como propulsores da adoção da biotecnologia. Dos 28 países que plantaram variedades GM no ano passado, 20 são países em desenvolvimento. Com esse desempenho, pela primeira vez, esses países, liderados por Brasil, Argentina, Índia, China e África do Sul, plantaram mais da metade da área cultivada com essas variedades (52%).

Destaques mundiais: . Cinco países da União Europeia plantaram um recorde de 129.071 hectares de milho transgênico, 13% a mais do que em 2011. A Espanha liderou a EU com 116.307 hectares de milho transgênico, 20% a mais do que em 2011.

. Dois novos países, o Sudão (algodão resistente a insetos) e Cuba (milho resistente a insetos) plantaram transgênicos pela primeira vez em 2012.

.Os Estados Unidos continuam a liderar a área plantada e a taxa de adoção da tecnologia, com 69,5 milhões de hectares com uma média de 90% de adoção para todas as cultivares.

.A Índia plantou um recorde de 10,8 milhões de hectares de algodão transgênico com uma taxa de adoção em 93%.

. Somente em 2011, a adoção das cultivares geneticamente modificadas reduziu as emissões de CO2 em 23,1 bilhões de quilos, equivalente à remoção de 10,2 milhões de carros das ruas; poupando 108,7 milhões de hectares de terras e contribuindo para a redução da pobreza de 15 milhões de pequenos agricultores.

Perfil- O relatório é inteiramente financiado por duas organizações filantrópicas europeias: a Fundação Bussolera-Branca, da Itália, que apoia o compartilhamento livre de conhecimento de plantações biotecnológicas para auxiliar a tomada de decisão por parte da sociedade global e uma unidade filantrópica dentro do Ibercaja, um dos maiores bancos espanhóis com sede na região de plantação de milho da Espanha.

ISAAA - O Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA) é uma organização sem fins lucrativos com uma rede internacional de centros voltada para a contribuição da redução da fome e da pobreza, compartilhando conhecimento e aplicações de plantações biotecnológicas. Clive James, presidente e fundador do ISAAA, viveu e/ou trabalhou, nos últimos 30 anos, nos países em desenvolvimento da Ásia, América Latina e África, dedicando esforços para questões de pesquisa e desenvolvimento agrícola com foco na biotecnologia de plantações e na segurança global de alimentos.

CIB - O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), criado no Brasil em 2001, é uma organização não-governamental sem fins lucrativos, cujo objetivo é divulgar informações técnico-científicas sobre biossegurança, biotecnologia e seus benefícios, aumentando a familiaridade de todos os setores da sociedade com o tema. [ www.cib.org.br].

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