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28/02/2013 - 09:25

Os desafios da segurança nos estádios de futebol


É com muita tristeza que estamos acompanhando os desdobramentos da morte do garoto boliviano, Kevin Espada, ocorrida numa partida de futebol entre o Corinthians e o San José, no último dia 20, no qual um torcedor brasileiro lançou um sinalizador contra a torcida adversária.

Embora proibidos, os fogos de artifícios costumam marcar presença nos estádios de futebol. Na ânsia de apoiar o time, torcidas inteiras se organizam para oferecer verdadeiros espetáculos pirotécnicos. Bonito de se ver, mas muito perigoso.

O caso na Bolívia acontece num momento em que o Brasil ainda chora os seus mortos de Santa Maria, onde mais uma vez a pirotecnia ceifou vidas. Nada contra os fogos de artifício, mas devemos pensar na segurança das pessoas em primeiro lugar.

E segurança é um tema que deve estar na pauta em especial agora, às vésperas de recebermos os maiores eventos esportivos do mundo. Quanto dos investimentos milionários na reforma dos estádios está sendo destinado a esta área tão vital?

Muitas tecnologias, como câmeras, sistemas de radiocomunicação para policiamento ostensivo, redes wi-fi para suporte a aplicativos de 4G voltados a segurança estão à disposição no mercado e podem (devem) ser incorporados a estas reformas.

O problema de violência das torcidas existe há muito tempo e é decorrente da falta de uma infraestrutura e regras mais rígidas para o acesso dos torcedores aos estádios. Os países de primeiro mundo há muito tempo controlaram a questão com políticas mais severas e restritivas. Porque o Brasil não pode aprender com a experiência deles?

É impressionante como a banalização de processos de gestão e mapeamento de riscos, bem como de engenharia de segurança, tidos como importantes em qualquer lugar civilizado, é um mero detalhe aqui no Brasil. Até quando continuaremos assistindo pessoas inocentes morrendo por falta de organização no futebol? O problema não é do espetáculo, mas sim dos responsáveis por sua organização.

.Por: Dane Avanzi, advogado e empresário de engenharia civil, elétrica e de telecomunicações e diretor -presidente do Instituto Avanzi, ONG de Defesa do Consumidor de Telecomunicações. [www.grupoavanzi.com.br].

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