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01/03/2013 - 09:20

Centro de Controle da Cedae agiliza normalização do abastecimento


Graças ao equipamento, serviço levou apenas 72 horas para ser normalizado.

A falta d’água causada esta semana por “apagões” da light no sistema que atende à Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, da Cedae, foi solucionada em tempo recorde graças a um novo investimento do governo do estado, o Centro de Controle Operacional (CCO) da Cedae. Graças ao moderno equipamento, a falta d’água teve seu impacto minimizado na região Metropolitana do Rio de Janeiro e a situação, que anteriormente poderia levar até 10 dias para ser normalizada, levou apenas 72h.

Equipado com softwares de última geração, o equipamento monitora à distância e em tempo real, por meio da telemetria, pontos de pressão na tubulação, níveis de reservatórios, qualidade da água, variação de tensão elétrica, e outros dados. Também é possível acionar automaticamente, por telecomando, as válvulas instaladas no sistema adutor.

O CCO também permite detectar rapidamente vazamentos nas tubulações e quaisquer anomalias no abastecimento.

- Com isso, logo após a série de apagões da Light, ocorridos no último final de semana, minimizamos os impactos negativos à população utilizando o CCO, pois remotamente e em tempo real diminuímos as perdas de água e conseguimos equilibrar a produção e distribuição de água com maior eficiência. O CCO é a Nasa das águas. Os técnicos podem tomar decisões mais rápidas para evitar o desabastecimento de água para a população – destacou o diretor de Produção da Cedae, Jorge Briard.

Além da utilização de um software americano, em sua versão mais moderna, o CCO da Cedae apresenta outra grande novidade: o videowall, uma tela de Led, Full HD, importada da Bélgica, capaz de disponibilizar diferentes dados do sistema adutor, incluindo tabelas e gráficos, que são essenciais ao gerenciamento.

O videowall, que tem cerca de 20 m2 com 7 de largura, foi o primeiro com essa moderna tecnologia montado na América Latina. Consegue mostrar diversos sistemas de adução ao mesmo tempo. Já o software, que agrega as informações sobre o sistema, identifica automaticamente qualquer mudança fora dos parâmetros autorizados e comunica aos operadores por meio do acionamento de um alarme.

O presidente da Cedae, Wagner Victer, explicou que o objetivo do Centro de Controle Operacional (CCO) não é apenas indicar vazamentos, mas principalmente controlar e transferir a água entre os diversos bairros da região Metropolitana do Rio de Janeiro.

- O CCO ajuda a minimizar os impactos de um grande vazamento ou da parada de funcionamento de uma elevatória ou estação de tratamento (falta de energia ou problema mecânico), afinal o tempo entre a identificação de um problema destes e a solução do mesmo fica muito menor – afirmou Victer.

Ainda segundo o presidente, basta lembrar que antes da existência do CCO, se ocorresse um vazamento de uma adutora de grande porte em uma área isolada, como no meio do mato, até o problema ser descoberto e corrigido muitos dias poderiam passar, desperdiçando água e reduzindo a vazão da tubulação, o que levaria a falta d’água.

- Com o CCO, o vazamento em um sistema de grande porte é imediatamente descoberto e o conserto, que poderia levar semanas para ser realizado é programado para o mesmo dia em que o rompimento foi identificado, minimizando a perda de água e a falta da mesma – enfatizou o presidente Wagner Victer.

Evolução e tecnologia -Em março de 1972 foi inaugurado o primeiro Centro de Controle Operacional (CCO), quando ainda era Companhia de Águas do Estado da Guanabara (Cedag). O objetivo era gerenciar as informações das variáveis de processo (pressões, níveis de reservatórios, vazões e status de grupos de elevatórias) em toda a região metropolitana da cidade. Esta ferramenta tornou-se fundamental no controle do abastecimento, minimizando, também, os riscos de acidentes nos equipamentos.

Inicialmente, este serviço era feito por meio de 27 estações remotas com 146 pontos de supervisão, ligadas ao centro de controle instalado na sede da Cedae, até então, em Benfica. Com o passar dos anos, o avanço tecnológico fez com que algumas destas estações fossem desativadas por que os aparelhos eletrônicos estavam obsoletos e não acompanhavam as demandas. O desligamento total do sistema ocorreu em meados de 1988, após tornar-se precário até para fazer o controle do abastecimento.

Em 1990, a Cedae inaugurou um novo CCO, que disponibilizava a visualização dos campos de trabalho em monitores de vídeo, telas gráficas coloridas e painel sinótico. Eram 18 estações remotas, que supervisionavam 184 pontos. Em 1996 foi feita outra obra de modernização: a expansão e atualização do sistema passaram a funcionar de forma integrada com os centros de controle da ETA Guandu. Dois anos depois, entrou em operação o CCO da Baixada Fluminense.

Atualmente, o CCO situado na sede Nova Cedae, na Cidade Nova, possui 70 estações remotas que monitoram em tempo real 200 pontos de pressão, 190 pontos de vazão, 45 níveis de reservatórios, 106 status de grupos de bombas, mais de 600 pontos digitais, além de ser capaz de controlar remotamente a abertura e fechamento de válvulas, podendo ainda ativar ou desativar, também de forma remota, grupos de bombas.

O novo Centro de Controle, considerado por especialistas um dos mais modernos em atividade no mundo, além de supervisionar e controlar a operação de todo o sistema de adução do Grande Rio, também é capaz de visualizar os CCO’s da ETA Guandu, do Sistema Imunana-Laranjal (que abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Ilha de Paquetá) e de Esgotos da Zona Sul. Ele funciona 24 horas e conta com uma “sala de crise” destinada a reuniões para decisões rápidas com os dirigentes.

. [Mais informações e utilidade pública clique no banner da Cedae neste canal].

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