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02/03/2013 - 07:57

Rio Cidade Sustentável oferece novas perspectivas a moradores do Chapéu Mangueira e Babilônia

O Rio Cidade Sustentável – projeto pioneiro de transformação social com foco em sustentabilidade – já está oferecendo novas perspectivas a seus participantes. Realizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a iniciativa teve início em junho de 2011, nas comunidades do Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme, e encerrou no fim de fevereiro de 2013.

O projeto desenvolveu ações em sete frentes: Melhoria Habitacional Sustentável, Agricultura Urbana Orgânica, Sustentabilidade nas Escolas e nos Lares, Turismo Comunitário, Desenvolvimento de Empreendedores Locais, Gestão comunitária de Resíduos e Infraestrutura Urbana Verde. Todas as ações foram definidas em conjunto com os moradores das duas comunidades, considerando as prioridades que eles apontaram, em levantamento feito pelo projeto. Ao todo, foram ouvidos os chefes de família de 40% das cerca de 1.200 casas da Babilônia e do Chapéu Mangueira.

Na frente de Melhoria Habitacional Sustentável, 93 alunos receberam cursos de capacitação para pedreiro, eletricista, bombeiro hidráulico e serralheiro. O objetivo foi capacitar os moradores para realizar as obras que aconteceram por meio de trabalho cooperativo. Depois das aulas, 12 mutirões de obras foram realizados nas comunidades e 14 casas foram reformadas.

As aulas práticas foram realizadas no Galpão de Artes, um espaço histórico de convivência entre as duas comunidades que foi completamente reformado. Liderança comunitária conhecida das duas comunidades, Maria Augusta Silva, 75, mais conhecida como Dona Augustinha, conta que a reforma significou muito para ela. “Se não fosse o Rio Cidade Sustentável, eu não tinha realizado o meu sonho da reforma. O galpão faz parte da minha vida, da minha história. Eu aprendi a viver melhor depois que eu faço parte dos grupos de arte.”

Nas ações de Agricultura Urbana Orgânica, 16 moradores foram capacitados para instalar e manter hortas em produção contínua em quintais e lajes, além de oferecer oficinas de alimentação saudável. Com o projeto, dez lajes e quintais têm hortas que incluem a produção de cebolinha, rúcula, rabanete e feijão, entre outros. Para alguns formandos, foi o primeiro certificado recebido na vida. Além do consumo próprio e a possibilidade de venda do excedente da produção, os hortelãos estão habilitados para oferecer serviço de instalação e manutenção de hortas.

Desde que conheceu o projeto-piloto, o aposentado João Baptista, 56, passou a se dedicar diariamente às hortas na laje. “Os cuidados com a horta me deram um novo ânimo. Hoje colho os produtos para o meu almoço sem precisar sair de casa, e ainda com uma bela vista para o mar”, conta o morador. Além do consumo próprio, o excedente está sendo compartilhado com parentes da família. “O meu cunhado Alexandre come muito, a bertalha foi toda para ele!”, brinca João Baptista.

As iniciativas da frente de Sustentabilidade nas Escolas e nos Lares, como oficinas, palestras, visitas externas, foram incluídas na programação da Escola Municipal Santo Tomás de Aquino, cujo contingente de cerca de 600 alunos é 70% formado por jovens e crianças moradores das duas comunidades. O objetivo é aproximar as comunidades da escola, sobretudo os pais, por meio dos estudantes e de uma perspectiva sustentável.

Durante o projeto foi feito um diagnóstico de potencialidades turísticas da área. O resultado comprovou a vocação turística das comunidades e sugere que empreendedores locais voltem suas ações para esse mercado numa articulação em rede. Nas frentes de Empreendedorismo Local e Turismo Comunitário, 51 empreendedores que atuavam na informalidade, se formalizaram, receberam orientações, foram capacitados e agora emitem nota fiscal.

Cristiane de Oliveira, administradora do Favela Inn, hostel mais famoso do Chapéu Mangueira, fala da importância de ter passado de pessoa física para jurídica. “Para a gente foi um diferencial muito importante. Nós começamos o estabelecimento como pessoa física, como se fosse nossa própria casa. Quando o CEBDS e o Sebrae trouxeram essas capacitações, aumentaram muito as nossas possibilidades, responsabilidades e o nosso futuro”, conta a empreendedora.

Na frente de Gestão Comunitária de Resíduos foi instalado um Ecoponto para onde moradores das duas comunidades podem levar garrafas de vidro, latas de alumínio, papelão e PET, contribuindo com o programa de coleta seletiva já realizado pela Light, oferecendo desconto na conta de energia em troca do lixo reciclável.

CEBDS -O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil, sem fins lucrativos, que reúne os mais expressivos e maiores grupos empresariais brasileiros, com o fim de promover o desenvolvimento sustentável no país. Fundada em 1997, a organização tem 78 empresas associadas. Além disso, é a representante no Brasil do World Business Council for Sustainable Development (WSBCD), organização global que conta com uma rede de mais de 60 conselhos nacionais e regionais em 36 países.

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