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02/03/2013 - 08:14

Rio de Janeiro ganha Museu de Arte nos seus 448 anos


Ao lado da presidenta Dilma Rousseff, o governador anunciou doação de acervo do Banerj ao MAR.

Primeira entrega do amplo projeto de revitalização da Região Portuária, o Museu de Arte do Rio (MAR), foi inaugurado, na Praça Mauá, no dia 1º de março (sexta-feira). O presente especial, dado a cariocas e fluminenses, marcou o aniversário da Cidade Maravilhosa, que completou 448 anos. A construção do MAR recebeu recursos no valor de R$ 79,5 milhões, sendo R$ 65,5 milhões dentro do projeto Porto Maravilha e o restante, R$ 14 milhões, por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac). O museu tem a Vale e as Organizações Globo como patrocinadoras e o apoio do Governo do Estado e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Durante a cerimônia de inauguração, que contou com a presença da presidenta Dilma Roussef, o governador Sérgio Cabral anunciou a doação da coleção Banerj, antigo Banco do Estado do Rio de Janeiro, ao Museu de Arte do Rio.

“Quero, neste momento, oficializar ao prefeito Eduardo Paes a doação, à cidade do Rio de Janeiro, da coleção Banerj a este museu de arte. Poucas vezes uma cidade celebrou seu aniversário como nós estamos comemorando esses 448 anos. Esta é uma marca da renovação da cidade. O Rio merecia um museu desta dimensão”, afirmou o governador.

Para a presidenta Dilma Roussef - que ao final do discurso pediu que a plateia cantasse a canção 'Parabéns para você' em homenagem à cidade - a construção do MAR representa o avanço do Brasil por ser, a obra, fruto da parceria entre governos e a iniciativa privada.

“Quero cumprimentar a todos os cariocas e a todos que vieram aqui para esta comemoração pelo momento muito especial. Visitantes brasileiros e estrangeiros poderão ter um lugar para conhecer nossa história artística, a nossa alma. Esta é uma importante parceria que mostra o avanço do Brasil porque há a união dos governos e empresários. Parabéns para vocês e para nós”, disse Dilma Rousseff.

Primeiro a falar, o prefeito Eduardo Paes agradeceu à Fundação Roberto Marinho pelo investimento que tem feito em benefício da cidade do Rio de Janeiro, destacando que o equipamento administrado pela prefeitura simboliza o renascimento de uma região antes totalmente degradada.

“Quero agradecer ao time da Fundação Roberto Marinho, que conseguiu presentear a cidade do Rio com três museus, o de arte do Rio, o da Imagem e do Som, e o do Amanhã. Quando o Rio de Janeiro finalmente volta o olhar para esta região, isso é um sinal de vitalidade, de rejuvenescimento e de renascimento desta cidade. Este aqui é só o primeiro símbolo de uma transformação que está na alma do carioca e é fruto do talento do nosso povo, da criatividade da nossa gente, da parceria dos governantes, da parceria da sociedade civil”, ressaltou Paes.

Presente à cerimônia, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, destacou o caráter educativo do novo museu. “Este é um presente de aniversário muito especial para a cidade do Rio. Os visitantes vão poder conhecer o museu, que será uma revolução na educação dos alunos. Usar o museu como parte da educação escolar é algo bastante moderno. Estamos promovendo no Brasil o acesso universal à cultura.”

O complexo cultural é composto por dois prédios: o Palacete Dom João VI, de 1916, que receberá exposições; e um edifício moderno, que abrigava equipamentos da Polícia Civil e foi transformado na Escola do Olhar, cuja proposta é formar professores e alunos a partir da conjugação de arte e educação. Com 15 mil metros quadrados, sendo 2,4 mil de área expositiva, o museu será aberto ao público no dia 5 de março. Quatro exposições simultâneas poderão ser visitadas: "Rio de Imagens: uma paisagem em construção"; "O colecionador: arte brasileira e internacional na coleção Boghici"; "Vontade construtiva na Coleção Fadel"; e "O abrigo e o terreno - Arte de sociedade no Brasil".

O Museu- O Museu de Arte do Rio (MAR) pretende promover uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais. Suas exposições vão unir dimensões históricas e contemporâneas da arte por meio de mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional. O museu surge também com a missão de inscrever a arte no ensino público, por meio da Escola do Olhar.

O MAR será instalado na Praça Mauá, em dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, e o edifício vizinho, de estilo modernista - originalmente um terminal rodoviário. O Palacete inaugurado em 1º de março de 2013 (sexta-feira), abriga as salas de exposição do museu. O prédio vizinho abriga a Escola do Olhar, que será um ambiente para produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino.

O projeto arquitetônico do MAR é do escritório carioca Bernardes + Jacobsen. O complexo do museu engloba 15 mil metros quadrados e inclui oito salas de exposições e cerca de quatro mil metros quadrados, divididos em quatro andares; a Escola do Olhar e áreas de apoio técnico e de recepção, além de serviços ao público. Os dois prédios que formam a instituição serão unidos por meio de uma praça, uma passarela envidraçada e cobertura fluida, em forma de onda - o traço mais marcante da caligrafia dos arquitetos - transformando-os em um conjunto harmônico.

Como recomenda a Unesco, o MAR terá atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais - sob a forma de exposições, catálogos, programas em multimeios e educacionais. Com sua própria coleção - já em processo de formação por meio de aquisições e doações correspondentes à sua agenda - o MAR contará também com empréstimos de obras de algumas das melhores coleções públicas e privadas do Brasil para a execução de seu programa.

Funcionará como um espaço proativo de apoio à educação e trabalhará em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e outras secretarias de Educação. A Escola do Olhar terá um programa acadêmico, desenvolvido em colaboração com universidades, para discutir arte, cultura da imagem, educação e práticas curatoriais. A missão do MAR, sua agenda e programação, a formação de seu acervo e de sua biblioteca, a estruturação de programas educativos e a edição de material, entre outras atividades, serão definidas por um comitê cultural liderado pelo crítico de arte Paulo Herkenhoff, curador do museu. A expografia ficará a cargo de Leila Skaff e a identidade visual, de Jair de Souza.

O Museu de Arte do Rio, que fia na Praça Mauá, 5, Centro abre as portas ao público a partir de terça-feira [5/03]. O horário de visitação é das 10h às 17h. O MAR funciona de terça-feira a domingo, abrindo durante os feriados, mas fechando às segundas-feiras. As entradas custam R$ 8 e R$ 4 (meia).

Nas terças-feiras, a entrada é gratuita para o público em geral. Nos demais dias, não pagam alunos da rede pública de ensino médio e fundamental, crianças com até cinco anos de idade, pessoas com mais de 60 anos, professores da rede pública, membros do ICOM e profissionais de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa. |. Telefone: (21) 2203-1235.

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