MRN investe na qualidade da bauxita

Mudança no processo de beneficiamento aumentará qualidade do minério.

Quando o assunto é a qualidade da bauxita que oferece ao mercado, a Mineração Rio do Norte não mede esforços no sentido de desenvolver ações que contribuam com a excelência de seu produto. A novidade, agora, é o projeto Mudança na Concepção do Peneiramento e Redução de Finos no Granulado, desenvolvido desde 2011 pelo departamento de Operações do Beneficiamento e Rejeitos, em parceria com o departamento de Planejamento e Controle de Obras da empresa.

Na prática, o projeto prevê mudanças na planta de beneficiamento para que seja alcançado menor teor de sílica e maior teor de alumina na bauxita, com a consequente redução do uso de recursos naturais não renováveis no processo de secagem do minério.

Segundo o engenheiro e coordenador do projeto, Bernardo Bandeira, a expectativa é de mudanças relevantes no processo. “Além de diminuir o teor de sílica reativa e aumentar o de alumina aproveitável no granulado, queremos reduzir a umidade dos produtos com impacto direto no consumo de óleo BPF na secagem, ainda com redução do custo operacional do processo de secagem”, explica.

Em termos técnicos, a melhoria trará redução de 0,18% do teor de sílica, aumento de 0,35% do teor de alumina aproveitável, redução de 1% na umidade do granulado e de 2,7% na redução no fino.

Para a empresa, este tipo de iniciativa, que utiliza a tecnologia como aliada de seu processo, só tem a acrescentar. “A implantação deste projeto é de grande importância, visto que as características de qualidade do minério da MRN disponíveis são extremamente favoráveis em termos de mercado”, assegura Bandeira. De acordo com o engenheiro, o melhor aproveitamento dos recursos naturais está associado à tecnologia disponível e à operacionalização ao mínimo de custo possível. “É nessa linha que o projeto se materializa como um ganho real para a MRN”, avalia.

Um dos grandes desafios do projeto é a montagem dos equipamentos e de estruturas metálicas com a planta em operação. Outro desafio é conciliar a execução das tarefas da obra juntamente com as paradas para manutenções preventivas da área do Beneficiamento. “Além disso, temos o compromisso de minimizar os impactos na produtividade das linhas do peneiramento, com instalações provisórias e redução de taxas de alimentação sem que haja parada total de cada linha”, explica.

O projeto, que está na fase de montagem eletromecânica, contempla a substituição de peneiras inclinadas das cinco linhas da antiga planta por peneiras horizontais de grande porte; mudança da malha do último estágio de peneiramento de todas as linhas da planta; repotenciamento do sistema de bombeamento, das baterias de hidrociclones e das correias transportadoras; adequação do sistema de tubulações; e substituição dos filtros horizontais por um terceiro filtro de correia. A previsão é que as etapas sejam concluídas em 2013.