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08/03/2013 - 06:55

Queda nos preços dos grãos e aumento na renda garantem segurança alimentar

A queda nos preços dos grãos ajudou a aumentar a segurança alimentar global no quarto trimestre de 2012, de acordo com a última atualização do Índice Global de Segurança Alimentar (Global Food Security Index) produzido pelo Economist Intelligence Unit (EIU). O Índice, patrocinado pela DuPont, aprofunda o diálogo sobre segurança alimentar, examinando três pontos essenciais em 150 países: acessibilidade, disponibilidade e qualidade dos alimentos. A cada trimestre, o Índice também examina o impacto das flutuações globais nos preços dos alimentos e na segurança alimentar de cada país.

Quando analisada a acessibilidade aos alimentos, o índice apontou uma queda de 2,9% nos preços globais durante os últimos três meses do ano passado em comparação ao trimestre anterior, além de um aumento geral na renda em todo o mundo. Com o barateamento dos alimentos e o aumento da renda para comprá-lo, a segurança alimentar aumentou praticamente em todos os países no quarto trimestre, inclusive nos 28 países de maior risco, ou seja, que registram presença de desnutrição.

A análise sobre a acessibilidade considera a variação nos preços globais dos alimentos medida pelo Food Price Index e publicado pela Food and Agriculture Organization (FAO). O EIU avalia a variação dos preços da FAO para cada país, examinando a relação histórica entre a inflação global e a inflação local dos preços dos alimentos. A pontuação do país é ajustada ainda pela variação na renda nacional durante o trimestre. Isto leva à identificação das variações nos preços que possam beneficiar ou prejudicar a segurança alimentar de um determinado país.

“É provável que a segurança alimentar melhore na maioria dos países nos próximos meses, presumindo-se a ausência de um choque climático,” declarou Leo Abruzzese, Diretor de Projeções Globais do Economist Intelligence Unit. “Esperamos uma queda de aproximadamente 6% nos preços do trigo no primeiro trimestre deste ano em comparação ao último trimestre de 2012.” Enquanto as condições positivas nos Estados Unidos e na Rússia não se deteriorem muito mais - a safra de trigo de inverno não teve um bom começo nos dois países - os preços mundiais continuarão a cair em 2013 devido ao aumento na produção global, especialmente em países da região do Mar Negro. De acordo com o EIU, até final do ano os preços do trigo estarão cerca de 18% mais baixos do que no início do ano. Os preços do milho também devem cair, embora não na mesma proporção.

A seguir as principais conclusões do GFSI sobre o último trimestre de 2012: .A pontuação média global de acessibilidade aos alimentos subiu de 50,5 para 51,7 no quarto trimestre de 2012 (melhor resultado = 100). Os Estados Unidos alcançaram a Suíça e agora estão no topo da categoria acessibilidade, com uma pontuação de 93,4. Mais uma vez a pontuação mais baixa ficou com o Chad, 10,6.

.A acessibilidade aos alimentos aumentou em todos os 28 países participantes do Índice e com problemas de desnutrição. Pelo menos 20% das pessoas nesses países não recebem as calorias diárias recomendadas, indicando maior vulnerabilidade às variações dos preços dos alimentos.

. África do Sul e Botswana foram os países com maior aumento na acessibilidade entre os países com problema de desnutrição. Esses países ganharam, em média, 2,35 pontos em acessibilidade; o ganho foi significativo, mas não suficiente para compensar as quedas em acessibilidade ocorridas no trimestre anterior com o salto nos preços dos alimentos em todo o mundo.

. Venezuela, Cazaquistão e Uruguai registraram os maiores ganhos em acessibilidade entre todos os países, em parte devido ao forte crescimento econômico. Entretanto, a previsão é de que a Venezuela registre uma queda na acessibilidade em 2013. A economia crescerá pouco este ano, em parte pela desvalorização da moeda; isso elevará a inflação ao patamar de aproximadamente 30%, tornando tudo - incluindo os alimentos - menos acessíveis.

O Intelligence Unit do The Economist é a divisão de informações de negócios do Grupo The Economist, a editora da revista com o mesmo nome. Por meio de sua rede global de mais de 350 analistas e colaboradores, a EIU avalia e faz projeções continuamente das condições políticas, econômicas e de negócios em 200 países. Líder dentre as agências de informações sobre os países, a EIU ajuda os executivos e governos a tomar decisões melhores com análises oportunas, confiáveis e imparciais sobre as tendências de mercado e estratégias de negócios em todo o mundo.

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