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08/03/2013 - 06:55

48% das ONGs possuem geração de receita com orçamento médio de R$ 4,8 milhões, aponta pesquisa

“É uma parte importante da economia que as pessoas prestam pouca atenção”.

Com cerca de 300 mil ONGs e um total de doações em torno R$ 10 bilhões por ano, o Brasil poderia ser considerado um país forte no terceiro setor. Porém, se fizermos um breve cálculo, verificaremos que em média, cada uma destas organizações recebe apenas R$ 30 mil por ano, um valor inexpressivo para gerar um impacto social considerável. Neste contexto, a SITAWI é a única organização existente no Brasil focada em oferecer empréstimos sociais de R$ 50mil a R$ 200 mil a juros bem abaixo do mercado para ONGs ou empresas com impacto social com o objetivo de multiplicar o impacto social do terceiro setor “Geralmente, quem nos procura já teve um pedido de empréstimo negado pelas grandes instituições”, revela Leonardo Letelier, CEO da SITAWI.

Diferente dos Estados Unidos, por exemplo, o Brasil não possui muitos dados estatísticos. Por isso, a SITAWI decidiu realizar o estudo para traçar o perfil de capacitação de gestão das ONGs brasileiras. Entre as 236 organizações respondentes em 17 estados brasileiros, o tema de geração de renda através de um negócio social foi um dos assuntos que apareceu com maior relevância.

A amostragem revela que quase metade das ONGS pesquisadas (48%) possui alguma atividade comercial que gera receita. A outra metade sobrevive apenas com doações de terceiros. Os dados apresentados desmistificam a noção que atividades comerciais desvia as organizações de seu objetivo. Cerca de 65% dos respondentes, afirmaram que atividade comercial contribui significativamente para ou é a missão da organização. Apesar de 34% destas ONGs afirmarem não terem lucro algum ou tem até mesmo um prejuízo com as atividades comerciais, a grande maioria (69%) afirma que suas atividades geram receita positiva.

O resultado mais revelador da pesquisa mostra que ONGs com atividades comerciais são maiores e mais sustentáveis financeiramente que ONGs que dependem somente de doações. O orçamento médio anual é de R$ 4,8 milhões e 53% atingem sustentabilidade financeira entre as respondentes com alguma atividade comercial, já entre as ONGs que só vivem de doação, o orçamento médio anual é R$ 2,4 milhões e apenas 24% atingem alguma sustentabilidade financeira. Das organizações que possuem atividades comercias, 50% possuem 30 ou mais funcionários, enquanto as que não possuem atividade comercial, a mediana é de 19 funcionários.

Para Leonardo Letelier, CEO da SITAWI os dados mostram com clareza a tendência do terceiro setor de se inserir na “lógica de mercado” com o objetivo de se tornarem mais fortes em sua atuação. “Ficou claro pelos números que se queremos ampliar o impacto social, mais do que multiplicar as ONGs, temos que aumentar o tamanho e impacto das já existentes. Um caminho eficaz é a geração própria de receita dentro da empresa/ONG”, revela Letelier.

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