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08/03/2013 - 07:43

Ministro da Reforma Agrária apoia mais biocombustíveis na matriz energética


Alberto Oliveira Fontes, diretor de biodiesel da Petrobras Biocombustível; Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário; Lasier Martins, mediador do debate; Erasmo Carlos Battistella, diretor-presidente da BSBIOS e presidente da APROBIO; e Claudio Fioreze, secretário adjunto da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio do RS

“Se não há impedimentos de outra ordem, sempre seremos a favor de mais biodiesel no diesel”, disse Pepe Vargas

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, afirmou no dia 7 de março (quinta-feira), no Rio Grande do Sul que sua pasta sempre apoiará o aumento da mistura de biodiesel no diesel fóssil, hoje de 5%, em discussão na Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel. “Não havendo impeditivo de outra natureza, nós sempre seremos a favor de mais biodiesel no diesel – disse ele –, por todos os benefícios que a medida implica”.

Mais de cem pessoas, a maioria de pequenos agricultores, assistiram ao debate sobre a produção do biocombustível promovido pela Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) e a empresa BSBIOS na feira ExpoDireto, na cidade de Não Me Toque, em parceria com a Rede Brasil Sul de Telecomunicações.

O presidente da Aprobio, Erasmo Battistella, afirmou que a indústria nacional do biocombustível, que gera 113% mais empregos que a do diesel mineral e economiza divisas na balança comercial em menos importações do derivado de petróleo (R$ 11,5 bilhões de 2008 a 2011 segundo a Fipe), “pode fazer muito mais pelo país, não necessariamente com o aumento da mistura, mas com o novo marco regulatório, que nos dê mais segurança jurídica e regulatória.

Segundo o empresário, somente assim as usinas poderão investir com segurança na diversificação de matérias primas, em projetos de sete anos de maturação até a fase de escala de comercialização. Ele pediu ao ministro que seja mais um porta-voz do setor em Brasília a ajudar a desatar o nó da nova legislação. Erasmo entregou a ele o estudo da Fipe encomendado pela Aprobio sobre os impactos socioeconômicos da produção do biocombustível no país.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura, Elton Weber, disse que a sintonia do campo com a indústria de agroenergia é muito grande. “Nós temos conseguido contribuir com a produção de biodiesel sem prejudicar a oferta de alimentos”. Segundo ele, foram pagos R$ 40 milhões em bônus à agricultura familiar no ano passado no Rio Grande do Sul, dentro do programa de produção de biodiesel, que prevê o Selo Combustível Social.

O secretário adjunto de Agricultura do RS, Cláudio Fiorezi, lamentou que o Estado importe todo o etanol consumido, mas salientou investimentos de R$ 750 milhões em projetos de seis refinarias do biocombustível a partir de arroz e outras culturas. No biodiesel, a pasta tem contribuído com estudos de melhoria genética da canola, outra matéria prima do óleo.

O diretor de Biodiesel da Petrobras Biocombustíveis, Alberto Oliveira Fontes, enfatizou os investimentos da empresa no setor, que considera complementar ao dos combustíveis fósseis.

Pepe Vargas encerrou o debate enaltecendo a contribuição da agricultura familiar para a economia do país. “São 12 milhões de pessoas que produzem em apenas 24% das terras cultiváveis do Brasil, responsáveis por 70% do valor bruto da produção”, concluiu o ministro.

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