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09/03/2013 - 07:59

Previna-se do câncer de colo de útero

A doença é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer) para o Brasil, no ano de 2013, esperam-se 17.540 casos novos de câncer de colo de útero, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres.

No Brasil, é a quarta causa de morte de mulheres por câncer. “O carcinoma do colo uterino é o único câncer genital feminino que pode ser prevenido e descoberto facilmente pelo exame preventivo, conhecido também como Papanicolaou, por isso a importância da realização periódica”, enfatiza o ginecologista e obstetra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Almir Antonio Urbanetz.

Entre as principais alterações das células que podem desencadear esse tipo de câncer é a infecção pelo papiloma vírus humano. “O HPV é a principal causa de câncer no colo de útero, também chamado de cervical. Estudos atuais indicam sua presença em mais de 90% dos casos do tumor invasor”, explica o médico.

A doença, que pode levar alguns anos para se desenvolver, é transmitida através da relação sexual. Entre os, principais, fatores de risco para o aparecimento deste tipo de câncer estão o início precoce das atividades sexuais, aumento do número de parceiros sexuais, gravidez precoce, mulheres de baixo nível socioeconômico e mulheres com muitos filhos. O tabagismo também é um importante fator e está diretamente relacionado ao tempo e intensidade do consumo. “Isso se deve ao efeito carcinogênico direto da nicotina e cotinina no muco cervical com diminuição da resposta imune”, ressalta o Dr. Urbanetz.

Por isso, de acordo com o especialista as mulheres com imunodepressão têm maior risco. “Principalmente as mulheres infectadas pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus) que utilizam corticoterapia, quimioterapia e, ou radioterapia, podem apresentar o comprometimento da imunidade e mais possibilidades de desenvolver o câncer”, destaca o médico.

Para evitar a doença é necessário a utilização de preservativos nas relações sexuais e vacinar-se contra o papiloma vírus antes de iniciar a atividade sexual. “Temos a vacina Bivalente eficaz contra o HPV oncogênico. Ela previne dois tipos do vírus que estão associadas à maioria dos tumores no colo de útero. Embora existam uma centena de tipos diferentes de HPV, a maioria das infecções é causada por apenas quatro deles, que são os prevenidos pela vacina Quadrivalente”, esclarece o Dr. Urbanetz.

A vacina Quadrivalente protege as mulheres, dos dois tipos diretamente relacionados ao câncer que já estão na Bivalente, e também contra outros dois tipos que mais comumente levam à formação das verrugas genitais”, orienta o ginecologista. A prevenção também consiste na realização do exame de Papanicolaou, um método barato e de fácil acesso a população.

Exame preventivo-O exame preventivo, também conhecido como exame de Papanicolaou, consiste na coleta de células da ectocérvice e da endocérvice. A coleta é feita com a espátula de Ayre e a escova endocervical e não causa dor a paciente. “ As mulheres sexualmente ativas, devem iniciar a coleta um ano após o início da atividade sexual”, destaca o Dr. Urbanetz. Antes de realizar o exame a paciente deve seguir algumas restrições: não estar menstruada, não utilizar creme intravaginal e não fazer ducha intravaginal antes da coleta do exame.

A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam duas coletas de exame com intervalo de um ano. “Caso as duas coletas apresentem os laudos negativos, o exame pode ser realizado a cada dois anos. Porém, se apresentar laudo de lesão pré-maligna, a paciente é submetida ao exame colposcópico e, se necessário, biópsia colpodirigida”, enfatiza o ginecologista.

No diagnóstico de lesão pré-maligna de baixo grau é necessário repetir a citologia e colposcopia entre quatro e seis meses. “Já se o resultado da lesão for de alto grau é realizado a colposcopia e biópsia. E se houver a confirmação do tumor a paciente deverá ser submetida ao procedimento de conização, por meio de cirurgia de alta frequência ou com bisturi”, explica o Dr. Urbanetz.

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