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Empresas não entendem leis de incentivo à pesquisa no setor privado

Estudo da PricewaterhouseCoopers apresentado no I Seminário Inovação e Empresa explica baixo índice de investimento em P&D.

A Ford Motors, sozinha, investe 35% a mais em pesquisa e desenvolvimento do que todas as empresas brasileiras juntas, afirmou Ernesto Cavasin, da consultoria PricewaterhouseCoopers no I Seminário Inovação e Empresa, promovido pela Câmara Oficial Española de Comercio en Brasil, dia 6 de dezembro.

Primeiro de um ciclo anual de eventos que a Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil realizou sobre o tema inovação, o I Seminário Inovação e Empresa reuniu acadêmicos, empresários e executivos para discutir a atual legislação de incentivos à pesquisa e desenvolvimento e também os avanços brasileiros na pesquisa de energias renováveis. “Queremos criar um fórum de discussão entre os associados da Câmara e a sociedade brasileira”, afirmou Ramón Sánchez Díez, presidente da entidade. “Inovação é a peça fundamental do crescimento sustentável”, acrescentou.

Segundo Cavasin, que apresentou estudo da PricewaterhouseCoopers, dos países conhecidos como BRIC’s, o Brasil é o que menos investe em pesquisa e desenvolvimento. Responsável por quase 2% do PIB mundial, o País detém somente 0,2% das patentes mundiais e investe 1% do Produto Interno Bruto - cerca de US$ 12 bilhões anuais – e, desse total, só 40% são aplicados por empresas privadas.

Embora o País tenha registrado avanços com a edição da Lei da Inovação, que criou incentivos fiscais para a pesquisa e o desenvolvimento no setor privado, Quase 65% das empresas brasileiras desconhecem ou não entendem ou não têm capacidade de acesso a esses incentivos e 90% delas têm pouco ou nenhum conhecimento sobre as atividades dos órgãos de fomento de P&D, acrescentou Cavasin.

“A área de pesquisa e desenvolvimento é forte nas universidades, mas não há comunicação entre os cientistas da academia e as indústrias”, enfatizou Carlos Henrique Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ele acredita, no entanto, que o panorama deverá melhorar. “Os efeitos dos incentivos a P&D começam a aparecer agora. Vejo isso na Fapesp, onde a procura de empresas interessadas em parcerias e no co-financiamento de projetos aumentou muito”, disse.

Perfil da Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil – A Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil, no País desde 12 de agosto de 1955, agrupa membros da comunidade empresarial (multinacionais, comerciantes, industriais) e pessoas físicas, de diversas nacionalidades, que tenham interesse no intercâmbio comercial e econômico entre Brasil e Espanha.

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