Teatro do Oprimido recebe título de benemérito do estado do Rio

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) entregou, no dia 15 de março (sexta-feira), durante sua primeira audiência pública do ano, o Diploma de Benemérito do Estado ao Centro do Teatro do Oprimido (CTO). A homenagem foi prestada pelo presidente do colegiado, deputado Robson Leite (PT). "O Teatro do Oprimido desempenha um papel imprescindível na construção da sociedade que a gente sonha, de um mundo que seja mais justo, fraterno e solidário", destacou o petista. "O Teatro do Oprimido dá protagonismo às classes excluídas e vem tendo muito êxito nisso", acrescentou.

O Teatro do Oprimido é um projeto teatral elaborado por Augusto Boal e inspirado na 'Pedagogia do Oprimido', do educador Paulo Freire. Os seus principais objetivos são a democratização da produção cultural, o acesso das camadas sociais menos favorecidas e a transformação da realidade através de exercícios, jogos e técnicas teatrais. "O método foi criado na década de 1970 como uma resposta à ditadura cívico-militar instaurada no Brasil naquela época e, hoje, está presente em mais de 70 países", explicou Geo Britto, do CTO. O evento fez parte das comemorações do aniversário de Augusto Boal, que completaria neste sábado [16/03] '82 anos', data escolhida como o Dia Mundial do Teatro do Oprimido.

O superintendente de Cultura e Sociedade da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Marcos André Carvalho, disse que o Governo está trabalhando na elaboração do Plano Estadual de Cultura e conta com a colaboração do Teatro do Oprimido para criação de mais políticas públicas de incentivo à participação popular. "O plano está aberto para receber sugestões do público. Colocar o povo como protagonista, e não só como plateia, como faz o Teatro do Oprimido, é uma estratégia que inspira toda a política de cultura do mundo", enfatizou Carvalho. Estiveram presentes no encontro representantes do Ministério da Cultura, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e do Movimento Humanos Direitos. |.Bárbara Souza.