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16/03/2013 - 07:31

Estamos Perdidos na Tradução

Editora Belas-Letras lança obra inovadora que analisa quase 300 filmes estrangeiros e suas traduções no Brasil e em Portugal.

Filmes são um “Amor além da vida” para os brasileiros e qualquer outra pessoa do mundo. Eles mexem com o imaginário e fazem as pessoas ficarem “À espera de um milagre” e “Em busca do vale encantado” depois de vê-los, como se existisse mesmo uma “Cidade dos sonhos” em “Um lugar chamado Nothing Hill” ou outro qualquer. Mas existe uma “Alta Tensão” entre os títulos originais de filmes estrangeiros e suas traduções.

É neste tom que o tradutor Iuri Abreu traz para o país uma obra inovadora, que analisa quase 300 filmes estrangeiros e suas traduções no Brasil e em Portugal. Quem nunca pensou qual a razão para subtítulos tão engraçados quanto desnecessários como “Debi & Loide – Dois idiotas em apuros”, “Kung Pow – O mestre da Kung-Fu-São” e “Moulin Rouge – Amor em Vermelho”? O autor explica todas elas em Perdidos na Tradução, um verdadeiro guia do cinema publicado pela editora Belas-Letras.

Como diz Iuri – que trocou bits e bytes pelo estudo da linguagem humana –, não é preciso muita intimidade com a língua inglesa para perceber que alguns títulos nacionais de filmes estrangeiros são totalmente infiéis ao original. “Poesia é o que se perde na tradução”, já dizia o poeta norte-americano Robert Frost. Segundo o autor, tradutor bom é tradutor invisível. Mas no caso de filmes, ele sai em defesa de seus colegas, porque a decisão fica a cargo da distribuidora. “É mais uma questão de encontrar um título adequado ao mercado brasileiro. É mais marketing que tradução”, explica.

Enquanto isso, nós, admiradores da sétima arte, sejamos jornalistas-leitores, podemos aproveitar a criação desta obra para nos divertir e refletir sobre os títulos dos nossos favoritos e dos nossos odiados filmes (sempre existe um!). Além de conhecer novos através das sinopses do autor, e expandir o conhecimento sobre o mercado e os bastidores do cinema.

Perdidos na Tradução tem 283 páginas divididas em cinco capítulos – A Maldição do Subtítulo; Poesia Pura; Liberdade Total; Fieis ao Original e Entregando o Jogo. Filmes famosos como “O Poderoso Chefão”, “E o Vento Levou” e “Rambo – Programado para Matar” são apenas alguns dos casos curiosos no processo de tradução. Além de se divertir com a escrita, quem o ler certamente vai concordar com muitas observações, senão todas, que Abreu aponta.

Autor - Iuri Abreu é bacharel em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestre em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina, com uma dissertação sobre as três traduções existentes de Dom Casmurro para o inglês. Tradutor há 13 anos, trabalha como free- lancer para editoras e agências de tradução do Brasil e dos Estados Unidos. Atualmente, mora em Vancouver, Canadá.

ISBN: 9788581740737 | Formato: 12,5x21cm | Assunto: Cinema e Filmes | 288 Páginas | Peso: 0,450kg | Edição: 2013| Preço de capa: R$ 29,90.

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