ALL anuncia investimentos para o Mato Grosso do Sul

Entre 2007 e 2008, empresa direcionará R$ 150 milhões à região.

Reconhecida como a maior operadora logística da América Latina, a ALL – América Latina Logística (Bovespa: ALLL11) iniciou neste mês um projeto especial de manutenção no trecho entre Carandazal e Agente Inocêncio, que totaliza um percurso de 32 km. O investimento dá suporte ao plano para aumento da produtividade e garante ainda mais segurança à movimentação ferroviária.

Até a primeira quinzena de janeiro de 2008, a empresa irá investir R$ 940 mil na via permanente deste trecho. Entre os serviços que serão realizados no trecho, está a troca de 9,7 mil dormentes e de 10 mil metros de trilhos.

Investimento Total - A ALL investiu, entre junho de 2006 e julho deste ano, R$ 63,5 milhões no Mato Grosso do Sul – isso representa 12% do total de investimentos da companhia no período.

Somente em via permanente, foram mais de R$ 15 milhões. Entre os serviços realizados estão a troca de 100 mil dormentes, 3 milhões de metros quadrados de roçada, três mil quilômetros de linha com aplicação de capina química e compra de novos equipamentos portáteis, como os de ultrasom, que avaliam a integridade dos trilhos. A empresa também investiu no treinamento e qualificação de colaboradores da Unidade no estado.

Apenas entre Arapuá e Manoel Brandão – total de 359,3 km – de maio de 2006 a agosto deste ano, a ALL já efetuou a troca de quase 7 mil metros de trilhos, 35 mil dormentes, correção geométrica de 35 mil metros e capina química de 160 km. Um investimento de R$ 9 milhões. Entre os meses de setembro e dezembro deste ano, no mesmo trecho está prevista a troca de 3 mil metros de trilhos, 16 mil dormentes e 40 mil metros de correção geométrica.

Já no trecho entre Indubrasil e Agente Inocêncio – total de 356,9 km – também de maio de 2006 a agosto deste ano, foram trocados quase 4 mil metros de trilhos, 34 mil dormentes, correção geométrica de 10 mil metros e capina química de 150 km. Um investimento de R$ 7 milhões. Entre setembro e dezembro de 2007 neste trecho estão previstas a troca de 4 mil metros de trilhos e 12 mil dormentes, entre outros.

Além disso, a ALL também realizou vários investimentos em pontes e em infra-estrutura. Entre eles estão a construção de ponte sobre o córrego Bom Sucesso, em Água Clara (investimento de R$ 1,187 milhão), construção de galeria em Ribas do Rio Pardo (R$ 79 mil); recuperação estrutural de ponte ferroviária em Aquidauana (R$ 227,2 mil) e nivelamento e troca de dormentes em 10 pontes de vazante no Pantanal (R$ 350 mil).

Essas ações possibilitaram uma queda no índice de acidentes registrados no estado. Para se ter uma idéia, apenas de janeiro a agosto de 2006 foram contabilizados 202 acidentes ferroviários no Mato Grosso do Sul. No mesmo período deste ano conseguimos reduzir este montante para 57 – uma queda de 71%.

A Unidade de Produção Mato Grosso do Sul responde pelo trecho de Jupiá a Corumbá, total de 891 km. A UP também é responsável pelos ramais ferroviários de Campo Grande (ramal do combustível e ramal da Cargill – cerca de 10 km), ramal do Porto Esperança no Pantanal (04 km) e em Corumbá (ramal de Ladário e da Bolivia – cerca de 09 km).

Para os próximos anos, a empresa planeja investir R$ 2,5 bilhões em toda sua malha. Para o Estado do Mato Grosso do Sul, a previsão da ALL é crescer tanto no transporte de granéis quanto de produtos industrializados – mercado não operado pela concessão anterior.

Reforma de Pernoites - A ALL também investiu em obras de infra-estrutura e construção ou reforma de alojamentos para equipes de via permanente. Essas melhorias fazem parte de um plano da empresa para dar mais qualidade de vida às equipes de campo, beneficiando tanto os colaboradores próprios, quanto os das empresas terceirizadas que prestam serviço para a ALL.

Os chamados pernoites são alojamentos para as equipes que trabalham na manutenção da linha e condução do trem ao longo da malha em pontos distantes das principais unidades da empresa.

No total, a ALL está investindo R$ 535 mil nestas reformas e/ou construções e na compra de móveis e eletrodomésticos.

Responsabilidade Social - A ALL já levou para o Mato Grosso do Sul alguns de seus projetos de responsabilidade social. Um deles são as campanhas de conscientização em passagens em nível (cruzamento de rua com ferrovia), realizadas em Corumbá, Campo Grande e Três Lagoas em maio deste ano. O objetivo da ação é minimizar o risco de acidentes envolvendo veículos, pedestres e trens em cruzamentos dos principais municípios onde há circulação ferroviária.

Outra ação realizada no estado é o Vagão do Conhecimento, que está em Três Lagoas até o dia 26 deste mês. O Vagão do Conhecimento leva educação, cidadania e cultura para a comunidade das principaiscidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - estados onde a empresa atua.

O projeto contempla oficinas de reaproveitamento de material reciclável, aulas de informática e palestras educativas sobre cidadania, meio ambiente e segurança na linha férrea. No próximo mês as cidades de Campo Grande e Corumbá irão receber o projeto.

Até o final do ano também será realizado no estado o Trem Ambiental, que tem como objetivo sensibilizar crianças quanto à preservação do meio ambiente e cidadania.

Perfil da ALL - Maior empresa de logística da América Latina e maior companhia ferroviária do Brasil, a ALL – América Latina Logística possui uma malha de 20.495 mil quilômetros de extensão, que abrange os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no Brasil e as cidades de Paso de los Libres, Buenos Aires e Mendoza na Argentina, e opera uma frota de 1.000 locomotivas e 29,5 mil vagões, além de cerca de 1.297 veículos entre próprios e agregados.

A ALL possui ainda uma estrutura consolidada que conta com mais de 70 unidades espalhadas por cidades do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai e localizadas em pontos estratégicos para embarque e desembarque de carga.

Entre seus principais clientes, estão algumas das maiores empresas do país, como Cargill, AmBev, Unilever, Votorantim, Scania, Ipiranga e Gerdau. Seus serviços logísticos incluem o desenvolvimento de projetos customizados, movimentação nacional e internacional door-to-door, distribuição urbana, coletas milk run, gestão completa de armazéns, centros de distribuição e estoques. Atende aos mais diversos segmentos: commodities agrícolas e fertilizantes, combustíveis, construção, madeira, papel, celulose, siderúrgicos, higiene e limpeza, eletro-eletrônicos, automotivo e autopeças, embalagens, químicos e petroquímicos, bebidas, entre outros.

A empresa iniciou suas atividades em março de 1997 como Ferrovia Sul Atlântico, ao vencer o processo de privatização da malha ferroviária sul (PR, SC e RS). Em dezembro de 1998, por meio de um contrato operacional, passou a operar também no trecho sul de SP. Em agosto de 1999 adquiriu as ferrovias argentinas MESO e BAP, dobrando a extensão de sua malha. Em julho de 2001 integrou a totalidade dos ativos e atividades da Delara, dando origem à maior empresa de logística da América Latina.

O lançamento de ações na Bolsa de Valores de São Paulo, em junho de 2004, foi um marco na trajetória da ALL, pois possibilitou a captação de recursos para financiar seu projeto de crescimento. Hoje, é a única empresa de logística que possui capital aberto no Brasil, com práticas de governança corporativa superiores.

Aquisição Brasil Ferrovias - Em maio de 2006, a ALL comprou as operações da Brasil Ferrovias, tornando-se a maior companhia ferroviária do país. Estendeu seu negócio aos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ampliou sua atuação no estado de São Paulo e passou a ter acesso ao Porto de Santos, o mais importante do País.

A aquisição foi feita por meio de uma troca de ações no valor de R$ 1,4 bilhão, e o valor total da operação, considerando-se a dívida líquida da empresa incorporada, foi de aproximadamente R$ 3 bilhões. A Brasil Ferrovias possuía 4,7 mil km de via férrea, 7,8 mil vagões e 280 locomotivas. A história da ALL se repete com a oportunidade de transformar a Brasil Ferrovias numa operação ferroviária viável e contribuir para o aumento da participação da ferrovia na matriz de transporte brasileira. Hoje a participação ferroviária no Porto de Santos está na faixa de 27%, enquanto em Paranaguá, onde a ALL já atuava, o percentual é 60%.