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20/03/2013 - 08:05

Jovens premiados pela Unesco conhecem usinas de Angra em visita à Eletrobras Eletronuclear


Presidente da Eletrobras Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, e os alunos premiados pela Unesco

Nos dias 12 e 13 de março, os estudantes Ingryd Rodrigues dos Passos e Guilherme Talerman Pereira, premiados em concurso promovido pela Unesco para comemorar o Dia Mundial da Ciência pela Paz e Desenvolvimento, visitaram as instalações da Eletrobras Eletronuclear, no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis. Os trabalhos desses jovens – que ficaram em primeiro e segundo lugares, respectivamente – destacaram a energia nuclear como a melhor fonte para um modelo de desenvolvimento sustentável. No ano passado, estudantes de todo o país inscreveram desenhos e redações que responderam à pergunta “qual é a melhor fonte de energia para o nosso futuro?”.

Ingryd, de 18 anos – que, na época do prêmio, era aluna do 3º ano do ensino médio do Externato Santa Terezinha, de Araraquara (SP) – conquistou o primeiro lugar com o trabalho “Energia Nuclear: matriz energética brasileira no futuro?”. Já Guilherme, 15 anos – na época, do 1º ano do Colégio Guilherme Dumont Villares, de São Paulo – escreveu “Preconceito radioativo”.

O presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, fez questão de homenagear os estudantes na sede na empresa, no Rio. “Fiquei surpreso quando soube que o trabalho desses jovens era sobre energia nuclear. Até porque é um tema ainda estigmatizado no imaginário da sociedade. Por isso, é uma satisfação enorme receber esses estudantes. A esperança desse país está na juventude”, destacou, parabenizando também os professores.

Preconceito nuclear -Questionado pelo presidente sobre o que o motivou a escolher o tema, Guilherme se lembrou de uma aula sobre fusão e fissão nuclear. Ele disse que nunca foi contra esse tipo de energia e começou a questionar seus amigos sobre suas opiniões. “Percebi que muitas pessoas falam sem ter conhecimento, e isso é muito ruim. Foi aí que decidi escrever o trabalho abordando a questão do preconceito”, explicou.

A professora orientadora de Guilherme, Cleusa Dellagnese, disse que, dos sete trabalhos enviados pela escola à Unesco, o dele foi o único sobre o qual ela ficou receosa. “Tive receio por desconhecer o assunto. Mas o Guilherme foi ousado; estava decidido a falar sobre energia nuclear”, lembrou.

Para Ingryd, a linha de raciocínio foi a seguinte: “Como é possível que a energia nuclear seja tão ruim se ela é capaz de, com muito pouco combustível, gerar tanta energia? É uma fonte muito concentrada e com um enorme potencial”, destacou a estudante, que passou para o curso de física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Essa não foi a primeira vez que Ingryd foi classificada no concurso da Unesco. “No ano anterior, ela ganhou menção honrosa e, agora, o primeiro lugar. Fico muito orgulhoso e acredito que o desempenho dela estimule outros alunos”, declarou o professor orientador da estudante, Roberto Fortunato Donato.

Visita à central nuclear-Depois de conhecer a sede da Eletronuclear no Rio, os dois alunos tiveram a oportunidade de conhecer in loco o funcionamento das usinas nucleares brasileiras em Angra dos Reis. Após uma palestra sobre a matriz elétrica do país e do mundo, Ingryd e Guilherme visitaram o canteiro de obras da usina Angra 3. Também estiveram no simulador de Angra 2, uma réplica da sala de controle da usina, e no Laboratório de Monitoração Ambiental.

Segundo os dois alunos, a visita contribuiu bastante para sua formação educacional e profissional. “O que mais me impressionou, além do comprometimento com a segurança, foi a preocupação que a empresa tem com o meio ambiente”, declarou Guilherme.

Ingryd diz ter ficado surpresa com o convite para a visita. Ela não esperava que seu trabalho fosse tomar tamanha proporção. “Uma experiência como essa acrescenta muito. É gratificante ver uma empresa importante como a Eletronuclear se interessar pelo que você escreve. Quem sabe, no futuro, não trabalho aqui?”, completou.

A professora Cleusa, que também acompanhou a visita, pretende levar o que aprendeu para dentro da escola. “Essa é a nossa função social. Somos multiplicadores de conhecimento”, acrescentou.

Eletronuclear-Subsidiária da Eletrobras, a Eletronuclear é a responsável por operar e construir as usinas termonucleares do país. Conta com duas unidades em operação na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), com potência total de 1990 MW. Hoje, a geração nuclear corresponde a 3% da eletricidade produzida no país e o equivalente a um terço do consumo do Estado do Rio de Janeiro.

Pelo terceiro ano seguido, as usinas nucleares brasileiras bateram recorde de produção. Angra 1 e Angra 2 fecharam o ano de 2012 gerando, juntas, mais de 16 milhões de MWh – a melhor marca da história da Eletronuclear. Angra 3, que está em construção, será a terceira usina da Central. Quando entrar em operação comercial, em 2016, a unidade (com potência de 1.405 MW) será capaz de gerar mais de 10 milhões de MWh por ano – energia limpa, segura e suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período.

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