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20/03/2013 - 08:10

Hospital Samaritano lança Centro de Atenção e Reabilitação em Trauma Cranioencefálico

Anualmente, no Brasil, entre 70 e 90 mil pessoas evoluem para uma perda de alguma função neurológica em função de um trauma.

O Hospital Samaritano de São Paulo acaba de lançar o Centro de Atenção e Reabilitação em Trauma Cranioencefálico (TCE). Reunindo alta tecnologia e uma equipe multiprofissional, o novo serviço, que faz parte do Núcleo de Neurologia, oferece tratamento integral na recuperação cognitiva de pacientes com lesão cerebral causada por trauma.

No Brasil cerca de 500 mil pessoas são hospitalizadas anualmente com lesão cerebral após o TCE. Do total de casos, cerca de cem mil pessoas morrem poucas horas após o evento e, entre 70 e 90 mil evoluem para uma perda de alguma função neurológica, como limitações motoras e na fala. Entre as principais causas de TCE estão as quedas, acidentes automobilísticos, assaltos e roubos e atividades esportivas e de lazer.

O neurologista Renato Anghinah, coordenador do Centro de Atenção e Reabilitação em Trauma Cranioencefálico, afirma que dependendo do mecanismo do trauma, as consequências para o indivíduo são diferentes. Podemos ter traumas, por exemplo, por concusão cerebral, contusão cerebral e lesão axional difusa.

Como concusão cerebral, Anghinah cita como exemplo uma pessoa que está jogando futebol e bate a cabeça na trave e perde os sentidos por um período de tempo curto. O indivíduo pode ter desde uma leve dor de cabeça depois até uma queda no rendimento escolar. Já a contusão cerebral acontece quando há uma lesão no cérebro ocasionada por uma pancada, queda ou acidente. Já a lesão axional difusa é ocasionada por uma desaceleração. Exemplo: um acidente de carro, em que a pessoa está dirigindo a 100 km por hora e no momento da batida desacelera para 0 km. O cérebro sofre uma lesão difusa nesse momento, ocasionando um inchaço. Todos estes traumas geram lesões no cérebro com gravidades diferentes que podem ser motoras e cognitivas (ao mesmo tempo) ou uma ou outra separadamente.

“E são para essas lesões cognitivas que estamos oferecendo um tratamento diferenciado com a inauguração desse Centro. Dentro deste conceito a reabilitação cognitiva, uma área de atuação interdisciplinar busca a inclusão deste paciente na sociedade, tendo como meta a maior recuperação possível para cada caso”, destaca o neurologista.

O Centro de Atenção e Reabilitação em Trauma Cranioencefálico do Hospital Samaritano é formado por uma equipe composta por neurologistas, neurocirurgiões, fisiatras, fisioterapeutas, neuropsicólogos, fonoaudiólogos, Terapeutas ocupacionais e outros profissionais, que garantem um atendimento multidisciplinar ao paciente.

A reabilitação cognitiva pode ser feita através de medicamentos ou por um acompanhamento profissional especializado. “Por isso, a importância de uma avaliação profissional que envolva todos estes especialistas para diagnosticar qual a alteração e padronizar um tratamento”, afirma.

Como alterações pós-traumáticas, o neurologista cita as de funções executivas (função no cérebro responsável por organizar a execução de tarefas), memória, atencionais, distúrbios no sono, linguagem, entre outros. “Uma pessoa com distúrbios de linguagem vai precisar de um tratamento fonoaudiológico e com um neurologista. Alguém com perda de memória terá um acompanhamento com um neurologista e um neuropsicólogo. Já o indivíduo com alteração de atenção vai precisar de medicamentos. São tratamentos personalizados para cada tipo de alteração”, destaca.

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