Estudo publicado pela Universidade de Stanford relaciona uso crônico do ácido acetilsalicílico com a prevenção de melanoma

São Paulo – Um estudo realizado pela Faculdade de Stanford, nos Estados Unidos – e recentemente publicado na revista científica Cancer da Sociedade Americana de Câncer – relacionou o uso regular de aspirina (ácido acetilsalicílico) a uma redução de 21% do risco de desenvolvimento de melanoma, que se trata de um tipo de câncer de pele.

Participaram da pesquisa aproximadamente 60.000 mulheres de cor branca com idades entre 50 e 79 anos, na fase da pós-menopausa. Elas foram acompanhadas durante 12 anos e foram monitoradas quanto à alimentação, atividade física, histórico de exposição ao sol e de uso de medicamentos.

De acordo com o estudo, as mulheres que usavam aspirina regularmente apresentaram risco 21% menor de desenvolver melanoma. O efeito protetor aumentou de acordo com o tempo de uso. As mulheres que utilizaram a aspirina por até um ano reduziram em 11% as chances de desenvolver melanoma; aquelas que utilizaram o medicamento por um período de um e quatro anos, diminuíram em 22% o risco de desenvolver a doença e aquelas que tomaram o medicamento por mais de 5 anos, reduziram em 30% as chances de desenvolver melanoma.

Embora os resultados sejam positivos, de acordo com o Dr. Sérgio Henrique Hirata – Prof. Adjunto do Departamento de Dermatologia da Unifesp, ainda não é possível indicar a aspirina para prevenção de melanoma, pois o estudo não foi conclusivo. Há algumas limitações, tais como a falta do histórico familiar de melanoma e o fato de ter sido realizado em um grupo específico (mulheres brancas, que estavam na menopausa e possuíam idade entre 50 e 79 anos). “Não podemos extrapolar estes achados para toda a população, mas, trata-se de um estudo importante, que pode servir de base para outros estudos que se seguirão”, completa o médico.

O que é melanoma? O melanoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele. Trata-se de uma lesão maligna grave, que pode surgir na pele, nas membranas mucosas, nos olhos e no sistema nervoso central, com grande risco de produzir metástases e com altas taxas de mortalidade nos estágios mais avançados.

Aspirina® da Bayer1-O ácido acetilsalicílico é utilizado como anti-inflamatório, antipirético, analgésico e antiplaquetario.

A aspirina é o ácido acetilsalicílico da Bayer. O seu nome vem de acetil (A); Spir se refere a Spiraea ulmaria (planta que fornece o ácido salicílico); e o in como sufixo, formando o nome Aspirin, que em português tornou-se Aspirina. O nome comercial Aspirina® é propriedade do laboratório farmacêutico Bayer.

É o medicamento mais conhecido e consumido em todo o mundo. Em 1999 a Aspirina® completou 100 anos. 1. Acetylsalicilic Acid. Karsten Schrör. Ed. Wiley-Blackwell 2009.

Aspirina® Prevent contém a substância ativa ácido acetilsalicílico, que tem, entre outras funções, a capacidade de evitar o agrupamento das plaquetas, componentes do sangue que agem na formação dos coágulos sanguíneos. Seu uso, sob orientação médica, inibe o agrupamento das plaquetas, previnindo a formação de coágulos nos vasos sanguíneos, evitando assim certas doenças cardiovasculares. Aspirina® Prevent é apresentada na forma de comprimidos de liberação entérica com revestimento resistente a ácido, nas dosagens de 100mg e 300 mg de ácido acetilsalicílico, em embalagens com 30 comprimidos.

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