Balança comercial desfavorável às exportações confirma dependência brasileira de mercados internacionais

Curitiba (PR)-O 1º bimestre de 2013 entra para a história financeira nacional como o período que registrou o pior desempenho da balança comercial desde o início das divulgações oficiais realizadas pelo Banco Central, em 1959.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, fevereiro apresentou o expressivo déficit de US$ 1,27 bilhão. Em comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas para o exterior declinaram 8,9%, enquanto as importações tiveram um crescimento recorde de 8,8%. Tais dados evidenciam a dependência nacional de produtos oriundos de outros mercados e como o Brasil ainda sofre com os reflexos da crise econômica internacional.

Impulsionados pelas facilidades para a importação geradas pela automação de procedimentos dos órgãos envolvidos e da manutenção dos benefícios tributários vigentes, compramos principalmente combustíveis, lubrificantes, cereais, produtos de moagem, adubos, fertilizantes, aeronaves, químicos, além de instrumentos de ótica e precisão.

Questões conjunturais, como as importações represadas de combustíveis, contribuem para que o petróleo e seus derivados sejam apontados como vilões da balança comercial deficitária. Porém, nota-se que as exportações diminuíram em quase todas as categorias e mercados. As vendas para os Estados Unidos recuaram 25,4%, 18,3% para a União Europeia e 17,2% para o Mercosul. A redução dos embarques de motores para veículos, aviões, bombas compressoras, calçados e autopeças, também tiveram impacto negativo nos resultados dos dois primeiros meses de 2013.

Investidores nacionais do setor de bens de capital despontam como um dos segmentos mais afetados. Parte do estímulo criado com as obras nacionais de infraestrutura foi desviado para o exterior com a compra de máquinas e equipamentos. A situação desfavorável reflete no nível de ocupação da indústria, que já sente os efeitos da menor atividade no setor, com recuo de 0,3%, - de 84,4% em janeiro para 84,1% em fevereiro. Constata-se a partir destes números a dificuldade de recuperação enfrentada pela indústria nacional, a dependência tecnológica do país, e a extrema competitividade dos países asiáticos, que além do mercado interno ‘abocanham’ tradicionais compradores dos produtos brasileiros.

Para que haja uma retomada de superávits é preciso que ocorra uma revisão da política fiscal, cambial, tributária, das leis trabalhistas, a promoção de investimentos em infraestrutura e a inserção das indústrias brasileiras nas cadeias produtivas globais, o que diminuirá o custo de produção e promoverá competitividade ao mercado nacional.

. Artigo produzido por Jorge Lima, sócio-fundador e diretor da Mundial Import & Export Solutions. | Por: Mundial Import & Export Solutions – Fundada em 1991, a Mundial Import & Export Solutions se diferencia no mercado pelo suporte oferecido ao cliente que abrange todas as etapas da cadeia de importação e exportação de produtos, máquinas e equipamentos. É uma Global Player que atua desde a coleta das mercadorias nos fornecedores, passando pelo transporte internacional, o despacho e desembaraço aduaneiro, bem como o transporte da mercadoria até a fábrica. A empresa ainda é pioneira no setor de serviços em comércio exterior, sendo a primeira no Brasil a ser certificada pela ISO 9000 desde 1997. Além da sede e um escritório operacional localizados em Curitiba, a empresa a Mundial RSP, em São Paulo. A empresa completa a sua estrutura com representantes parceiros nos portos e fronteiras de todo o Brasil. [ www.mundialnet.com.br] .