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28/03/2013 - 09:21

Os desafios de administrar uma ONG

Consultor explica as dificuldades de manter uma organização não governamental.

O terceiro setor tem crescido muito nos últimos anos, o Brasil conta com 290,7 mil organizações não governamentais, segundo estudo lançado em dezembro de 2012, resultado da parceria IBGE e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com a Associação Brasileira de Organizações não governamentais (ABONG) e o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE).

O termo terceiro setor é utilizado para identificar associações e fundações que não pertencem às atividades do estado e nem às atividades de mercado, respectivamente denominadas de primeiro e segundo setor. Uma análise geral das atividades desenvolvidas por essas instituições revela o seguinte desenho: voltadas à defesa de direitos e interesses dos cidadãos (30,1%), religiosas (28,5%) e as tradicionais políticas públicas de Saúde, Educação e pesquisa e Assistência social (18,6%).

Os movimentos sociais têm um grande apelo de reformulação ética da sociedade, enraizado em sua visão, missão e valores. Conseguem comover a sociedade a participar de movimentos que não têm a mesma força quando instigados pelo poder público, pois promovem uma ação baseados numa maior liberdade e valores que a sociedade em geral perdeu com o tempo.

O grande desafio em torno deste assunto, que se torna até mesmo uma curiosidade para população, é como manter uma organização sem fins lucrativos ativa, pois a parte operacional precisa de recursos para que os projetos sejam realizados e é imprescindível ter uma estrutura física funcionando com o mínimo necessário (água, luz, telefone etc).

Segundo José A. de Paula Prado, Consultor e Sócio-Diretor do Escritório Machado Design e Consultoria, que tem entre suas especialidades o serviço de consultoria para ONG’s, existem diversas formas de financiamento que podem e devem ser diversificados dependendo da natureza das organizações. São doações individuais (oriundas de associações, doações de pessoas e/ou famílias), advindos de empresas, através do investimento social, verbas governamentais para serviços de complementação e até mesmo fundos internacionais de organizações multilaterais.

Entretanto, a chance de um projeto cheio de boas intenções se perder por inexperiência administrativa para manter uma instituição funcionando sem recursos é muito grande. “O que não pode acontecer ao se criar uma ONG é deixar que a paixão sobreponha a gestão, isso acontece em grande parte das associações e o efeito pode ser contrário às suas convicções, ou seja, pode perder seu fundamento e sua liberdade, não se pode deixar que a ideologia sobreponha o planejamento”, explica o consultor.

Para que isso não ocorra, estas instituições, através de seus colaboradores e voluntários, devem buscar, quando perceberem que o foco está desaparecendo, apoio de serviços de consultoria para organizar e mapear seus processos, fundamentar suas ações de captação de recursos, melhorar sua qualidade de atendimento, sua comunicação com seu público, a melhoria na prestação de serviços e principalmente não confundir estratégia com planejamento ou execução.

Embora não tenha fins lucrativos a administração de uma ONG administra recursos, lida com trabalhadores, mesmo que voluntários, necessita de planejamento e organização para que os projetos sejam realizados e atendam aos propósitos pelos quais foram criados.

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