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29/03/2013 - 07:00

Genética na prevenção ao câncer

A necessidade de uma prevenção personalizada do câncer ganha respaldo científico com a divulgação de pesquisa comparativa do DNA de cerca de 200 mil pessoas. Coordenados pelo Instituto de Pesquisa do Câncer da Universidade de Cambridge, da Inglaterra, os estudos estão publicados na edição de abril da revista “Nature Genetics”, indicando que pelo menos 74 marcadores genéticos determinam risco de desenvolvimento de câncer de mama, ovário e próstata.

Segundo o oncogeneticista José Cláudio Casali, o mapeamento genético pode ajudar a prevenir a doença e antecipar tratamentos. “A pesquisa reforça a tese de que a prevenção não deve ser igual para todos. Com o histórico familiar e testes genéticos sobre os riscos de câncer para uma pessoa, a receita pode ser diferente, personalizada. E é preciso ficar atento também à alteração química do DNA, que pode ser visto como uma fita com alguns nós onde os genes não funcionam bem. Com mudanças no estilo de vida, podemos desatar esses nós”, compara Casali, citando o cigarro e o álcool como riscos a serem desatados. “Genética não é destino, podemos mudar o futuro com hábitos saudáveis.”

O oncogeneticista explica que muitos tumores começam da mesma forma, mas é preciso lembrar a diferença entre ficar doente e estar doente: “A ideia é interferir no processo de adoecimento, combater fatores de risco. Os novos estudos apontam que pequenas alterações genéticas somadas podem ter peso igual a um grande fator de risco para o surgimento de tumores.”

Com o avanço das pesquisas, a tendência é que os exames também fiquem mais rápidos e baratos, segundo o médico, que atua na Oncoclínica, no Rio de Janeiro. “O processo de sequenciamento do genoma demorou anos e, agora, conseguimos fazer isso em três dias”, diz Casali.

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