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04/04/2013 - 09:53

Mercado educacional cresce para qualificar mão de obra

Vivemos um momento de euforia econômica, com expectativa de crescimento em diversos setores, o que nos coloca, hoje, na sétima maior economia do mundo. No entanto, uma das questões que preocupa a sociedade em geral e os empresários em especial é a falta de mão de obra qualificada, ocasionada por falhas no nosso sistema educacional.

Apesar da universalização do acesso à escola básica, o Brasil apresenta um dos piores desempenhos em avaliações internacionais, como o PISA (Program of International Student Assessment), programa internacional que avalia sistemas educacionais de 65 países, incluindo o Brasil. A prova, desenvolvida e coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), examina o desempenho de estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade média do término da escolaridade básica obrigatória na maioria das nações. O Brasil ocupa a triste posição de 53º lugar na tabela geral da OCDE.

Projetos do governo como a ampliação do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais tornam-se ponto de partida para reverter esse quadro, para além das mudanças educacionais e pedagógicas que envolvem o exame.

As universidades, públicas ou particulares, por sua vez, podem utilizá-lo de forma autônoma, tanto como único instrumento de avaliação para ingresso, ou associado ao vestibular da instituição. Outros incentivos como a criação de programas de bolsas de estudos, como o PROUNI (Programa Universidade para Todos), ou o de financiamento, como o FIES (Financiamento Estudantil) também estão entre as estratégias governamentais para ampliar o acesso à educação superior.

No Brasil, as instituições de ensino superior públicas são consideradas centros de excelência e pesquisa, cujos padrões de admissão são altamente competitivos e a capacidade de expansão é limitada. Já as instituições de ensino superior privadas voltaram sua atenção para as exigências profissionais impostas pelo mercado de trabalho, desenvolvendo programas flexíveis para atender às necessidades dos jovens trabalhadores.

Nesse cenário, fica evidente a expansão do mercado educacional voltado ao nível superior. De acordo com dados do Censo do Ensino Superior, divulgados em outubro do ano passado, o número de matrículas do segmento subiu 5,7% no período de 2010 a 2011. Entre as áreas de formação, o maior crescimento ocorreu nos cursos tecnológicos, que tiveram aumento de 11,4% na procura. Considerados a bola da vez por especialistas em educação, a modalidade é reconhecida por aumentar os níveis de empregabilidade a baixos custos, tanto para instituições como para estudantes.

No começo da década houve um aumento expressivo da oferta desse tipo de curso e, com a intenção de conter abusos das instituições privadas, o governo federal lançou, em 2006, o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia. Trata-se de um guia para professores, estudantes e instituições que contém informações sobre o perfil de competências do tecnólogo. Ele apresenta a carga horária mínima e a infraestrutura recomendada para cada curso, servindo de base para a aplicação do ENADE - Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes - e para os processos de regulação e supervisão da educação tecnológica. Assim, quem pretende apostar nessa modalidade, deve antes se informar sobre a situação real da instituição.

Com duração entre dois e três anos, os tecnológicos representam a oportunidade para aqueles que precisam economizar tempo e entrar mais rapidamente no mercado de trabalho, cada vez mais dinâmico, com maior especialização das profissões e diversificação das áreas. O mercado de trabalho, antes com maior resistência aos egressos dos tecnológicos, hoje se mostra mais receptivo.

.Por: Arthur Guitarrari, gerente de Marketing e Novos Negócios da ZipCode, empresa especializada em prover informações para diversos segmentos do mercado.

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