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09/04/2013 - 08:14

A estratégia por trás da missão, visão e valores de sua empresa

“Nossos valores básicos podem ser uma vantagem competitiva, mas não foram incorporados por causa disso, e sim porque definem o que defendemos.

E nós os defenderíamos mesmo que, em determinadas situações, se tornassem uma desvantagem competitiva”. Ralph S. Larsen, CEO da Johnson & Johnson.

Valores são regras para a vida. Eles são demonstrados externamente por meio de comportamentos. Os valores “dizem”. Os comportamentos “fazem”. Os valores comandam as atitudes, comportamentos e o caráter que a instituição quer seguir.

O propósito dos valores de uma empresa é criar um código de comportamento que construa uma cultura coesa e que apoie a missão e visão. É fundamental identificar os traços marcantes do comportamento da entidade ao longo dos anos, suas crenças e seus valores.

Os valores não são apenas instrumentos ou uma determinada forma de sistema de administração, que funcione paralelamente aos sistemas conhecidos de auditoria ou remuneração. São convicções, intenções e suposições que visam construir alicerces nas organizações de toda espécie, orientar e guiar seus membros nas situações decisórias – seja no desenvolvimento de estratégias, estruturas em processos de prestação de serviços ou na interação com os clientes. Os valores estabelecem uma infraestrutura que confere um caráter e um modo de ser próprios a uma instituição – sua personalidade moral, por assim dizer.

Para identificar os valores básicos de sua organização, reflita, com total honestidade, os valores que lhe são verdadeiramente importantes. Saiba ainda que os valores devem resistir ao teste do tempo. Não se pode mudar estes valores básicos para reagir às transformações do mundo. Eles são eternos, teoricamente dizendo.

Eis aqui algumas perguntas decisivas que devem ser feitas a cada membro responsável por criar os valores de sua empresa:

1. Que valores básicos você trouxe para esta organização?

2. Quais valores você respeita e diria para os novos membros que gostaria que eles respeitassem no convívio comunitário e com outras pessoas?

3.Você acha que daqui a cem anos esses valores continuarão tão verdadeiros como hoje?

4. Você continuaria a acreditar nesses valores mesmo que a certa altura eles se tornassem uma desvantagem no convívio social e com outras pessoas?

5. Se amanhã você fosse começar uma nova organização ou se transferir para outra, que valores básicos você criaria ou levaria para ela?

Visão – uma importante ferramenta na execução de estratégias.

O propósito primário da declaração da visão é descrever como a organização quer chegar à sua realização. A declaração de visão define os objetivos de médio e longo prazos (três a cinco anos). A missão descreve os “meios”, a visão descreve “o fim”. A visão representa a posição que a entidade quer ter no futuro. Ela declara o que se quer alcançar com a prática da Missão.

Assim, o conceito de visão é a explicação do que se visualiza para a organização, devendo definir um objetivo ousado que se relacione com a missão. Ela, diferente tanto da declaração de missão como da de valores, define as metas de médio e longo prazo da empresa. Deve ser voltada para o mercado ou sociedade e expressar – frequentemente em termos utópicos – como a instituição quer ser percebida no mundo.

Ao estabelecer a visão, embora breve ela deve conter três componentes vitais:oObjetivo ousado, isto é, uma meta expandida que seja uma descontinuidade em relação à posição atual da instituição;

Horizonte temporal, ou definição de tempo durante o qual a meta expandida será alcançada;

Definição clara do segmento ou nicho, no qual a instituição pretende otimizar seu desempenho e vencer obstáculos.

Estes componentes são ESSENCIAIS para a busca de definição que melhor traduza AONDE SE QUER CHEGAR.

“O que importa não é o que a visão é, mas o que a visão faz”, diz o compositor e autor americano Robert Fritz. Em outras palavras, a pompa e beleza das palavras escolhidas são menos importantes do que aquilo que está por trás da visão e lhe dá vida. A visão de uma empresa precisa responder a uma série de perguntas, como as seguintes:

Quais são os nossos sentimentos em relação à empresa e qual a nossa postura – em termos objetivos, emocionais e físicos? Talvez os momentos de crise sejam momentos ideais para se ocupar com esses pensamentos e sentimentos, pois eles nos ajudam a “largar” ou “abrir mão de”;

O que realmente queremos alcançar? Essa pergunta parece trivial, mas há necessidade de uma autodisciplina considerável para se concentrar nos temas essenciais e se reorientar, e ao mesmo tempo é preciso refrear a própria vontade de partir para a ação e a impaciência;

O que faremos para atingir essa visão? O que está em pauta aqui é proceder a uma seleção e nomear as coisas que queremos fazer, bem como as opções que queremos deixar explicitamente de lado. Isso constitui a parte da visão articulada ligada a ação.

Visões poderosas e fixadas por escrito são a expressão de uma profunda coerência de sentido existente na entidade com base no qual ela age a todo o momento. Com isso, a Declaração de Visão funciona como uma “Carta escrita a nós mesmos”, e exprime valores que se refletem na ação cotidiana e representam orientações e critérios para todas as decisões.

Então, antes que a visão seja definitivamente adotada, podemos fazer uso de algumas questões: a visão nos oferece a confiança de que precisamos?

A visão nos oferece o desafio e que precisamos?

A visão pode ajudar-nos a formular nossos objetivos pessoais de maneira satisfatória?

Nós achamos que a visão faz sentido e que ela é “nossa”?

Em um dos primeiros contatos que tive com um líder incrível, CEO de um grupo líder em seu segmento de atuação, ele me questionou qual era o risco de divulgar as diretrizes estratégicas entre os colaboradores sob o risco de estas informações vazarem para o mercado e, por consequência, para os concorrentes. Ora, imagino que agora você saiba dos riscos de NÃO propagar estas diretrizes entre os colaboradores e, porque não, aos demais interessados. É claro que este líder entendeu meus argumentos e hoje, toda a estratégia, não só as diretrizes, são amplamente divulgadas no grupo.

Enfim, declarar e disseminar a Visão, Missão e Valores de sua empresa, ou seja, suas Diretrizes Estratégicas, é de FUNDAMENTAL importância, tanto para a execução da estratégia por todos os colaboradores, quanto para um caminho menos tortuoso na conquista do sucesso.

.Por: Dobson Ferreira Borges ([email protected]) é especialista em gestão estratégica de marketing e de empresas. Palestrante nas áreas de Estratégia, Liderança e Espiritualidade nas Organizações, atua como professor de Estratégia em cursos de MBA e pós-graduação. Dobson é autor dos livros “A Espiritualidade das Organizações” e “Alma do negócio” e diretor da Simeon Estratégia e Desenvolvimento. [www.simeon.com.br].

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