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17/04/2013 - 08:43

Em mês “morno”, indústria paulista cria 13 mil empregos em março, diz Fiesp/Ciesp

Apesar de positivo, números não sugerem cenário “empolgante” para a situação do emprego na indústria, afirma diretor de Economia da Fiesp e do Ciesp.

O quadro de funcionários da indústria paulista aumentou em 13 mil vagas em março na comparação com fevereiro, revela a pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgada no dia 16 de abril (terça-feira), pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). Apesar das contratações, o levantamento indicou um mês “morno” para o setor manufatureiro, enquanto as perspectivas da Fiesp e do Ciesp para 2013 ainda são de uma recuperação modesta.

“Não chega a ser uma apresentação empolgante quanto aos números porque não representa nem uma melhoria sensível nem uma perda sensível”, afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) das entidades. “Eu diria que o mês foi bastante morno quanto à questão de geração de emprego.”

A pesquisa da Fiesp e do Ciesp aponta uma variação negativa para o emprego na indústria se considerado o período dos últimos 12 meses. No período foram fechados 24,5 mil postos de trabalho, ou seja, um recuo de 0,93%. No acumulado do ano foram gerados pela indústria paulista um total de 33,5 mil empregos, com uma variação positiva de 1,29%.

Na leitura com ajuste sazonal, o nível de emprego na indústria caiu 0,11% em março versus fevereiro. “O que faz o dado dessazonalizado virar negativo é o setor de açúcar e álcool”, avalia Francini.

De acordo com Francini, o excesso de chuvas no final do segundo semestre de 2012, que atrasou o início da colheita da safra 2012/2013 de cana-de-açúcar, afetou as contratações de trabalhadores em 2013. No ano passado, as usinas moeram cana até dezembro, quando o normal é a colheita terminar entre outubro e novembro.

“O que as empresas geralmente fazem num término normal de colheita é demitir todo o pessoal do campo para recontratar em fevereiro e março. Como prolongou, as usinas acharam que não havia necessidade de demitir para contratar, então permaneceram com seus funcionários no campo e diminuíram as contratações esse ano”, afirma o diretor do Depecon.

Do total de vagas criadas em março, 10.196 foram geradas pelo setor de açúcar e álcool, o equivalente a uma taxa positiva de 0,39% para o mês na comparação com fevereiro, já 2.804 foram criadas pela indústria de transformação.

No acumulado do ano, a indústria sucroalcooleira criou 14.618 vagas enquanto os outros segmentos da produção brasileira abriram 18.882 novos postos de trabalho.

Recuperação -Na análise do diretor da Fiesp e do Ciesp, a indústria deve se recuperar este ano, mas de forma moderada e em pequena dimensão. “Uma ligeira melhora, porém não entusiasmante, e que, talvez, ao final do ano, remova pelo menos parte das perdas.”

A Federação e o Centro mantêm a projeção de crescimento de 3% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, expansão de 2,9% do PIB da Indústria este ano e aumento de 1,6% do emprego industrial em São Paulo.

Setores e regiões -Das atividades analisadas no levantamento de março, 11 apresentaram efeitos positivos, oito fecharam o mês em queda e três ficaram estáveis. O emprego no setor de Fabricação de Coque de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis registrou a maior alta com 5,7% em relação a fevereiro, seguido pelo desempenho positivo na indústria de Produtos Alimentícios, que encerrou o mês com ganhos de 2,5%.

Já os segmentos de Produtos de Madeira e Metalurgia apuraram perdas no mês de 0,8%. A pesquisa da Fiesp mostra ainda que das 36 regiões analisadas, 23 apresentaram quadro positivo, onze ficaram negativas e duas regiões encerraram o mês estáveis.

Araçatuba é a cidade que apresentou a maior alta com taxa de 3,80% em março, impulsionada por Produtos Alimentícios (10,01%) e Confecção de Artigos do Vestuário (5,73%). A região de Sertãozinho registrou ganho de 3,68% sob influência positiva dos setores de Coque, Petróleo e Biocombustível (13,75%) e Produtos Alimentícios (10,13%). Enquanto São João da Boa Vista subiu 2%, influenciado por Produtos Alimentícios (6,03%) e Máquinas e Equipamentos (2,16%).

Entre as cidades com desempenho negativo, São José doso Campos liderou as perdas com -2%, abatida pelo desempenho ruim no setor de Veículos Automotores e Autopeças (-6,66%) e Máquinas e Equipamentos (-1,80%). Matão fechou o mês com baixa de 1,36%, pressionado por quedas em Produtos Alimentícios (-4,25%) e Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-2,45%). O emprego em São Bernardo do Campo caiu 0,52%, com perdas mais expressivas em Produtos de Borracha e Material Plástico (-1,71%) e Máquinas e Equipamentos (-1,05%).

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