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17/04/2013 - 09:06

Os cinco ambientes ideais para a inovação

Lembra-se daquela antiga lenda dos cegos e o elefante, na qual cada cego só percebia a parte que conseguia tocar? Trata-se de uma armadilha frequente, afinal, é difícil para qualquer pessoa ver o mundo com olhos que não sejam os próprios.

Falando sobre inovação, e mais especificamente sobre Gestão da Inovação, há cinco ambientes a serem considerados, e mais uma vez cada profissional dará importância ao que conhece melhor. Os ambientes são: o externo, físico, o psico-social, o estrutural e o digital. Cada um requer um olhar, e todos são interdependentes. Apresento aqui os aspectos que mapeio ao verificar aqueles que influenciam a inovação nas empresas para as quais trabalho:

O Ambiente Externo: O ambiente externo não só influencia a empresa, como pode ser o causador das demandas de inovação. Afinal, grande parte das empresas precisa inovar em função da concorrência ou precisa se adequar às mudanças externas.

O Ambiente Estrutural: Aqui considero os objetivos a serem atingidos – novos produtos, melhorias, inovações de ruptura – e analiso também os aspectos explícitos que influenciam a inovação: o organograma, os processos, os sistemas.

Incluo também a competência dos profissionais , incluindo as necessárias para inovar – tais como criatividade, flexibilidade, habilidade em gerar, avaliar, disseminar e implementar ideias.

Também contemplo o job descriptions, formas de avaliação de desempenho e outras iniciativas do RH, pois eles devem estar em sintonia com a inovação que a empresa pretende.

Ambiente Psicossocial: Aqui falo sobre a cultura da organização, o clima, as lideranças informais. Costumo mapear esse ambiente considerando os aspectos que influenciam a inovação, como formas de administração de riscos, principais resistências a mudanças – e como elas são administradas – e histórico de colaboração. Normalmente, alguns aspectos da cultura precisam de fato evoluir, mas o propósito não é transformá-la (afinal cultura é DNA), mas criar uma forma de inovar que seja adequada a cada empresa.

Ambiente Físico: Não é necessário copiar a decoração do Google ou da IDEO, empresas altamente criativas cujos ambientes físicos remetem a uma alegre – e quase organizada – bagunça. De fato, um ambiente físico informal deixa as pessoas mais livres para criar, mas ele simplesmente não é adequado para toda e qualquer empresa.

E há alternativas: ambientes como o da 3M, mesmo sem ser lúdicos, também estimulam a inovação. Na 3M do Brasil, logo na entrada há um mural com a data de lançamento de cada produto inovador, cujo nome também se faz presente nas salas de reuniões. Assim, a empresa pontua o quanto ela valoriza o ineditismo. O ideal é incluir o favorecimento à inovação às inúmeras variáveis que determinam um ambiente físico e, sobretudo, perceber – criativamente – formas de inseri-lo.

Ambiente Digital: O que a intranet ou os ambientes de gestão de conteúdo, blogs, wikis, redes sociais e tudo que vem sendo englobado na categoria de Web 2.0 podem fazer pela inovação? Programas de ideias, Processos de inovação e de Gestão do Conhecimento tem uma importância fundamental na captação, disseminação e desenvolvimento das ideias, pois superam as barreiras do trabalho solo, do tempo e do espaço. Mas estão sendo bem aproveitados? O que mais pode ser feito?

Infelizmente, as pessoas tendem a contribuir para a inovação olhando para ela sob sua própria ótica. Mas qualquer transformação – ou mesmo evolução – requer coerência entre os cinco ambientes. Preparado para inovar ainda mais?

.Por: Gisela Kassoy ([email protected]) é especialista em Criatividade, Inovação, Adoção de Mudanças e Programas de Ideias. Atua com consultoria, seminários, palestras e facilitação de grupos de ideias. Realizou trabalhos em quase todo o país e nos EUA, Europa e América Latina. | www.giselakassoy.com.br.

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