Somague MPH opera com contratos de R$ 90 milhões em 2013

Construtora criada no ano passado toca projetos importantes no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em São Paulo.

São Paulo (SP) – Menos de um ano depois de aberta, a Somague MPH - construtora especializada em obras de terceiros, fundada por empresários brasileiros associados ao grupo ibérico Somague – já exibe um portfólio de trabalhos realizados e em andamento da ordem de 200 mil m². Somente entre o final de 2012 e o início deste ano a empresa fechou três novos contratos que totalizam R$ 90 milhões.

A receita esperada para 2013 é superior a R$ 250 milhões, segundo o presidente do Conselho da Somague MPH, Jorge Manubens.

No município paulista de Louveira, a 50 km da capital, a Somague MPH ergue desde o início deste ano um novo complexo logístico desenvolvido pela gestora de fundos BR Properties para o grupo DHL. O empreendimento, projetado com quase 30 mil metros quadrados de área construída, compreende um centro de distribuição (CD) integrado a estrutura de apoio a usuários, clientes e veículos de carga. Deverá ficar pronto no mês de junho deste ano, segundo as empresas.

A BR Properties também entregou à Somague MPH a execução do retrofit que dará padrões construtivos modernos a um importante edifício comercial da cidade do Rio de Janeiro, localizado na avenida Presidente Vargas. Iniciada em janeiro último, a obra prevê área construída de aproximadamente 15 mil m² e será entregue em agosto próximo.

Para a rede Iguatemi, a Somague MPH deu início em janeiro passado à obra de expansão do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre (RS), com acréscimo da ordem de 20 mil m² construídos ao projeto original do empreendimento. O centro de compras está convertendo um pavimento anteriormente reservado a estacionamento em espaço comercial que será ocupado por 50 novas lojas. O trabalho da construtora, por sinal, não interrompeu a abertura do shopping ao público. A conclusão da expansão acontecerá em outubro deste ano.

“São oito obras contratadas em dez meses de operação efetiva”, comemora Jorge Manubens. Segundo ele, a empresa espera anunciar ainda neste semestre a formalização de novos contratos que estão sendo negociados e, uma vez fechados, levarão a Somague MPH ao Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País.

“O resultado obtido até agora indica que é bem-sucedida a estratégia inicial da Somague MPH, focada na prestação de serviços em obras de média e alta complexidade”, acrescenta Manubens. “O fato de termos chegado rapidamente a outros estados também reforça a tese dos sócios da empresa, de que há um enorme potencial de negócios a explorar no segmento de obras terceirizadas”, assinala o executivo.

No ano de 2012, que marcou a estreia da Somague MPH, a construtora realizou a obra de uma escola para a Cultura Inglesa na cidade de São Paulo. Em Ribeirão Preto, interior do estado, entregou um edifício comercial para a Multiplan, instalado dentro do Ribeirão Shopping, além da de uma loja para a C&C - empresa de varejo da área de materiais de construção - no mesmo empreendimento. Ainda em Ribeirão, construiu e entregou para a antiga Prosperitas – hoje GLP, Global Logistic Properties – o centro logístico CLB, com mais de 32 mil metros quadrados.

O valor desses projetos não foi divulgado em respeito a termos contratuais, segundo Jorge Manubens.

A Somague MPH nasceu da associação entre os engenheiros civis e empresários Arnaldo Halpern, Jorge Manubens e Wilson Pompílio com o grupo ibérico Somague, um player global da área de construção. A nova empresa atuará exclusivamente no Brasil, no segmento obras de terceiros. A sigla MPH corresponde aos sobrenomes dos brasileiros, cuja participação no negócio é de 50%.

Os três empresários contam individualmente com mais de 30 anos de experiência, e atuaram juntos em dezenas de empreendimentos nos mercados residencial, comercial e industrial - condomínios de alto padrão, usinas de açúcar e etanol, montadoras de automóveis e shopping centers, entre outros. Eles têm em comum, também, a passagem pela Racional Engenharia, como sócios e diretores.

Manubens e Pompílio, por sinal, permaneceram por mais de 30 anos nos quadros da Racional, de onde saíram para tocar negócios próprios: as empresas JBens e EWP, respectivamente. Halpern fundou no início da década de 1980 a incorporadora e construtora Halna Empreendimentos, detentora de um amplo portfólio de projetos concluídos e desenvolvimento. JBens e EWP, igualmente, colecionam um representativo acervo de empreendimentos.

Somague Portugal especializou-se em obras de grande porte -Maior empresa de construção civil atuante em Portugal há décadas, o Grupo Somague nasceu no país luso em 1947. Em 2004, integrou-se ao espanhol Sacyr Vallehermoso, fundado em 1921, também um player na Europa. O conglomerado é especializado no desenvolvimento de obras de grande porte: pontes e viadutos, portos e aeroportos, metrô, estádios de futebol e terminais ferroviários. Seu volume anual de negócios é da ordem de 800 milhões de euros.

Do portfólio construído pelo grupo Somague fora do Brasil, destacam-se hospitais (Açores, Braga e Vila Franca de Xira), a linha de alta velocidade Madrid – Alcázar, na Espanha, para o Ministério de Fomento daquele país e a implantação do traçado de ligação por metrô ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Moreira da Maia, Portugal, sob encomenda da companhia Metrô do Porto.

Em seus mais de 65 anos de história, o Grupo Somague também executou em Portugal e países de língua portuguesa obras de estádios de futebol (Boavista Futebol Clube, Sport Lisboa, Futebol Clube do Porto e Benfica), escolas (Instituto Superior de Educação, em Cabo Verde), ferrovias (Estação do Oriente, Lisboa) e dezenas de portos e aeroportos - portos do Funchal, Beira e Ponta Delgada e os aeroportos 4 de Fevereiro (Angola) e Amílcar Cabral (Ilha do Sal, Cabo Verde), entre outros.