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19/04/2013 - 10:26

O empresário e a necessidade de ser reconhecido

Objetivo de muitos artistas, atletas e empresários, a fama já é algo almejado há muitos anos e obteve seus primeiros registros no final do Século XIX. Se nos dias atuais alguém é reconhecido por estar em destaque no Google, em revistas, jornais ou na TV, naquela época grandes personagens de nossa história buscavam fazer parte do Who’s Who (Quem é Quem, em português), um livro distribuído na Inglaterra e responsável por atribuir ainda mais prestígio a figuras como Sigmund Freud, Frank Sinatra, Charles Chaplin, Ernest Hemingway, Arthur Conan Doyle e Winston Churchill.

Embora muitos não saibam, essa busca por reconhecimento também é algo extremamente presente no mundo dos negócios. Praticamente, todo empresário inicia um projeto ou ingressa em uma companhia em busca de um destaque profissional e pessoal, o que faz com que precise ser compreendido como alguém especial. Aplicando esta situação à Psicanálise, chegamos a um termo muito conhecido de todos: o narcisismo. Aqui, entretanto, ser narcisista não representa a necessidade de ser ou se sentir bonito, mas, sim, um traço de personalidade construído na infância e, mais tarde, utilizado para se defender de situações cotidianas, como, por exemplo, a pressão por trabalhar mais (vinda da empresa) ou por trabalhar menos (vinda da família).

Em mais de 20 anos de convivência com esses homens e mulheres, tenho percebido que grande parte deles apresenta as mesmas características - mais ou menos desenvolvidas, porém quase sempre presentes. E o narcisismo, sem dúvida, é uma das mais comuns! O comportamento narcísico em adultos é provocado muitas vezes pela dificuldade que tiveram, quando crianças, para se desvincular da mãe, figura que os “paparicava” demasiadamente e, por conta disso, colaborou para a formação de um profissional egocêntrico e incapaz de ser contrariado – quando está presente na medida certa, entretanto, o narcisismo ajuda a lidar com um feedback negativo, por exemplo, e contribui para a recuperação da confiança.

É fundamental que o comportamento narcísico seja controlado. Apenas desta forma, o empresário terá condições de perceber que o desempenho da empresa é mais importante que seu reconhecimento próprio.

.Por: Luiz Fernando Garcia – Especialista em psicodinâmica aplicada aos negócios e responsável pelo desenvolvimento de mais de 50 metodologias de treinamento destinadas à capacitação de empresários e profissionais de liderança. Foi coordenador do projeto de Educação Empreendedora no ensino médio, do MEC, e um dos quatro consultores certificados pela ONU para coordenar os seminários do Empretec/Sebrae. Autor de livros como o Inconsciente na Sua Vida Profissional e Empresários no Divã, lançado neste mês pela Editora Gente. Para mais informações, acesse www.rendercapacitacao.com.br.

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