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20/04/2013 - 06:11

Marca-passos e cardiodesfibriladores implantáveis mais modernos reduzem as limitações a pacientes

Novos dispositivos permitem que pacientes se submetam a ressonância magnética, sejam reprogramados via wireless e monitorados remotamente. E eles não sofrem qualquer interferência em portas giratórias, como a dos bancos.

Pacientes portadores de marca-passos e cardiodesfibriladores implantáveis (CDI) poderão se submeter à ressonância magnética com segurança. A nova tecnologia está em fase de implantação no Brasil e será discutida durante o 40º Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), entre os dias 18 e 20 de abril, em Florianópolis (SC).

Segundo o diretor científico do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA) da SBCCV, Antonio Vitor Moraes Junior, esse é um avanço importante em termos de dispositivos implantáveis, já que até 75% da população será submetida à ressonância magnética em algum momento da vida. “Está crescendo cada vez mais as indicações desse exame para detecção e acompanhamento de inúmeras doenças”, diz.

Trabalhos mostram que 40% dos portadores de marca-passo são totalmente dependentes do dispositivo, ou seja, não podem correr risco. “Para esses casos, só é autorizada a realização de tomografia computadorizada, que não fornece informações no mesmo nível de complexidade da ressonância. Já os outros 60% podem se submeter à ressonância apenas em casos extremos e quando a mesma não for na região do tórax”, explica a cirurgiã-cardíaca e diretora do DECA, Stela Sampaio.

Os novos CDIs condicionados ao uso de ressonância magnética também podem ser reprogramados via wireless, permitindo um atendimento mais rápido e prático dos pacientes nos consultórios e hospitais.

Outra questão que será abordada no Congresso é o chamado monitoramento remoto dos dispositivos implantáveis, que permite ao médico acompanhar o paciente à distância. Esses marca-passos e CDIs possibilitam a detecção do estado clínico do paciente, a segurança do dispositivo implantável, assim como a identificação de várias arritmias cardíacas. Dentre elas, destaca-se a fibrilação atrial, que atinge cerca de 1,5 milhão de brasileiros e é considerado o maior fator de risco para AVC embólico, extremamente incapacitante e fatal.

“Até mesmo os episódios assintomáticos de fibrilação atrial são registrados. Ficam armazenados na memória dos aparelhos o dia, a hora, a quantidade e a duração dos episódios. Os dados são transmitidos principalmente via satélite e o médico os recebe via internet ou SMS em seu celular e consegue identificar os eventos graves, esteja o paciente onde estiver, permitindo um tratamento mais rápido, reduzindo as complicações”, revela o diretor do DECA.

Antonio Vitor Moraes Junior comemora a evolução dos dispositivos implantáveis nos últimos anos, o que permite que um portador de marca-passo ou CDI leve uma vida praticamente normal na maioria das vezes. “Dispositivos mais seguros, com mais informações ao médico e cada vez menos sujeitos a interferências possibilitam aos pacientes rápido retorno a suas atividades habituais”, destaca.

Até mesmo o medo da porta giratória dos bancos ficou no passado. Stela Sampaio ressalta que os detectores de metais não exercem nenhuma interferência no marca-passo. “Mas ele pode deflagrar o alarme e o travamento das portas. Por isso, é indicado que o cliente procure os seguranças ao chegar na agência”, aconselha.

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