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30/04/2013 - 07:57

80% da população mundial apresenta dor nas costas pelo menos uma vez na vida

A lombalgia é a segunda maior queixa de pacientes nos consultórios médicos, perdendo apenas para a dor de cabeça. A faixa etária mais frequente para a dor nas costas é entre 35 e 55 anos, explica o neurocirurgião Roger Schmidt Brock.

Quem já não teve dor nas costas pelo menos uma vez na vida? Os fatores podem ser os mais variados como ficar em pé, sentado ou curvado por longos períodos, levantar ou carregar peso excessivo, empurrar ou puxar cargas além da capacidade física natural ou então fazer esses movimentos com a postura errada. O stress e a ansiedade são outras situações causadoras de dor nas costas, assim como estar muito acima do peso.

No entanto, 90% das lombalgias são comuns ou inespecíficas e apresentam recuperação completa dentro de seis meses, explica o Dr. Roger Schmidt Brock (CRM/SP 100.777), médico do Grupo de Patologias da Coluna Vertebral do Hospital das Clínicas da FMUSP, membro da DFVNeuro e que atua nos Hospitais Oswaldo Cruz, Sírio Libanês, Albert Einstein e Santa Catarina.“A boa descrição da dor, a localização, duração e fatores de piora ou melhora são fundamentais para um correto diagnóstico”, acrescenta o neurocirurgião.

O médico explica que a lombalgia comum ocorre muitas vezes na parte inferior das costas (região lombar), e também pode se espalhar pelas nádegas e coxas. É muitas vezes descrita como uma dor maçante podendo ir e vir em tempos diferentes, dependendo do nível de atividade. A dor,que dura até dois dias, pode começar repentinamente ou piorar gradualmente.

No entanto, o Dr. Roger Schmidt Brock esclarece que pode haver uma causa mais séria que envolve a dor nas costas, o que é raro. Essa ocorrência inclui a osteoporose, doenças reumatológicas, escorregamento vertebral, estenose do canal lombar, hérnia de disco, más formações vertebrais, infecção, fraturas das vertebras ou câncer.

Alguns sintomas indicam que a pessoa com dor nas costas deve procurar um médico o mais breve possível. “A presença de febre alta, irradiação para as pernas abaixo dos joelhos, dormência ou fraqueza em uma ou ambas as pernas e incontinência com a perda de controle da bexiga ou intestino são sinais preocupantes“, ressalta Dr. Roger Brock. O diagnóstico preciso é feito através de exames complementares, que incluem os de sangue, radiografias da coluna ou ressonância magnética.

O combate à lombalgia comum, que é a maioria dos casos, passa por um tratamento multidisciplinar com médicos especialista em coluna, reumatologistas e fisiatras. Otratamento clínico é realizado inicialmente com o uso de medicamentos analgésicos, terapias físicas, fisioterapia, RPG, perda de peso e realização de atividade física regular.

O neurocirurgião enfatiza a importância do retorno do nível habitual de atividade física o mais rápido possível. “As ações podem doer inicialmente, mas irão ajudar o pacientea melhorar e reduzir o risco de novo episódio de lombalgia. Se a dor é tão intensa que a pessoa acometida não consegue mover-se, mantenha-a deitada na cama por pouco tempo, pois este tipo de repouso pode fazer mais mal do que bem“, orienta o médico.

Se necessário, métodos analgésicos como infiltrações e bloqueios podem ser usados para ajudar a tolerar a dor durante a recuperação. “A cirurgia é considerada o último recurso no tratamento da dor nas costas e direcionada para o diagnóstico firmado. O tipo de procedimento depende da causa da dor e deve ser sempre o menos invasivo possível, sendo a necessidade do uso de próteses (pinos e parafusos) exceção e somente em casos específicos. Não é a regra“,explica o Dr. Roger Schmidt Brock.

De acordo com o neurocirurgião, atualmente, o tratamento cirúrgico das patologias da coluna é seguro e apresenta baixo risco de complicações, desde que realizado por médico especialista, preocupado com o bem-estar de seu paciente.

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