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04/05/2013 - 06:45

“Raça” estreia no Brasil em circuito nacional

Filme dirigido por Joel Zito Araújo e Megan Mylan sobre igualdade racial estreia nas telas nacionais dia 17 de maio.

São Paulo – O documentário longa-metragem “Raça”, do cineasta brasileiro Joel Zito Araújo e da documentarista norte-americana Megan Mylan, ganhadora de Oscar®, chega às telas brasileiras em maio. Além da pré-estreia paulista agendada para o próximo dia 13, para convidados, o filme estreia em circuito nacional no dia 17 de maio – em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Numa parceria inédita, os diretores da película doarão a renda obtida pela bilheteria do filme ao Fundo Baobá, entidade voltada à promoção da equidade racial da população negra brasileira e ao apoio a projetos nessa área. “Juntos trabalharemos para que o filme promova uma reflexão nacional sobre a desigualdade racial e a identidade racial do país” – afirma Joel Zito Araújo.

O filme é resultado da amizade entre Joel Zito Araújo e Megan Mylan iniciada na década de 1990. Mas foi em 2004 que surgiu a ideia de dirigirem um filme juntos. Assim surgiu a coprodução “Raça”, entre Brasil e Estados Unidos, filmada de 2005 e 2011.

A obra capta o debate sobre a busca da superação da desigualdade racial no Brasil com cenas inéditas dos bastidores do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal no início deste século. Para registrar esse momento histórico em que o debate racial se tornou constante na mídia e no discurso público, os diretores acompanharam de perto três personalidades negras que estavam – cada uma a sua maneira – na linha de frente dessa batalha pela igualdade. Entre elas, está o senador Paulo Paim – com seu esforço para sancionar a lei do “Estatuto da Igualdade Racial” no Congresso Nacional, em Brasília. Paim é autor do projeto original que demorou quase uma década para ser aprovado.

O documentário também apresenta a luta de Miúda dos Santos – neta de africanos escravizados e ativista quilombola – pela posse das terras e pelo respeito às suas tradições ancestrais da Comunidade Quilombola de Linharinho, no Espírito Santo. Junto com os moradores da região, Miúda briga contra um gigante do ramo da celulose, a empresa Aracruz.

“Raça” mostra ainda os bastidores da trajetória do cantor, apresentador e empresário Netinho de Paula durante todo o processo de criação e tentativa de consolidar seu canal TV da Gente. Fundado em 2005, no interior de São Paulo, o canal formado majoritariamente por profissionais negros foi idealizado pelo artista.

O filme teve sua primeira exibição como Hors Concours na Mostra Première Brasil, durante o Festival de Cinema do Rio de Janeiro, em outubro de 2012. | Trailer: http://youtu.be/T3oJiv98x24.

Os diretores: Megan Mylan – Documentarista norte-americana baseada em Nova York (EUA), Megan já recebeu prêmios como o Academy Award, Independent Spirit e o Guggenheim. Produziu e dirigiu o filme “Smile Pinki” ganhador do Oscar de 2008. Seu filme premiado “Lost Boys of Sudan” foi exibido em cinemas em 70 cidades americanas e selecionado com o melhor da crítica do New York Times. Seus filmes têm sido exibidos mundialmente na televisão, incluindo nos canais HBO, PBS, BBC, Arte, NHK e HBO Latin America. A cineasta é inovadora pelo impacto social dos seus filmes. Seus documentários têm girado milhões de dólares e mobilizado milhares de voluntários para causas sociais. Antes de trabalhar com cinema, Megan trabalhou no Brasil e nos Estados Unidos com a Ashoka, uma organização filantrópica internacional. Graduada pela Universidade Georgetown, Megan obteve o título de mestre em Jornalismo e Estudos Latino-Americanos pela Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), onde também foi professora-visitante na faculdade de pós graduação em jornalismo.

Joel Zito Araújo– Premiado cineasta brasileiro, há vinte anos produz documentários e filmes de ficção sobre temas sociais relevantes para o país, especialmente aqueles ligados à população afro-brasileira. Seu primeiro longa-metragem “A Negação do Brasil”, sobre a história do negro nas telenovelas brasileiras, ganhou o prêmio de melhor documentário no festival É Tudo Verdade, além de ter sido também premiado no Festival de Recife em 2001. O longa-metragem de ficção “Filhas do Vento” reuniu o maior elenco negro da história do cinema brasileiro e ganhou oito kikitos no Festival de Gramado, além de ter sido o filme vencedor do Festival de Tiradentes, em 2006. O longa-metragem de documentário “Cinderelas, Lobos e um Príncipe Encantado”, sobre o turismo sexual no país, foi exibido no Brasil e no exterior. Joel, que tem dois livros publicados, escreve extensamente sobre a mídia e a questão racial no país. Joel é PhD em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e foi professor-visitante na Universidade do Texas, em Austin (EUA), onde fez seu pós-doutorado.

O Baobá -Criado em 2011 e com sede em Recife (PE), o Fundo Baobá para Equidade Racial é uma organização sem fins lucrativos e tem como objetivo mobilizar pessoas e recursos no Brasil e no exterior para apoiar projetos pró-equidade racial de organizações da sociedade civil (OSCs) afro-brasileiras. O Fundo Baobá também promove uma agenda para estimular a filantropia para a justiça social no país, baseada nos princípios de efetividade, transparência e ética. A Fundação Ford e a Fundação Kellogg são as duas mantenedoras da entidade. A Fundação Tides, o Synergos e o Africare também são parceiros do Fundo Baobá.

A ideia que deu origem ao Fundo Baobá surge em 2008 com a decisão da Fundação Kellogg em deixar o Brasil até 2012. Intelectuais e ativistas afro-brasileiros foram convidados pela Fundação para discutir alternativas para a sustentabilidade das OSCs afro-brasileiras e a criação de um legado, a ser deixado pela Fundação, para apoiar o trabalho destas organizações no país.

O Fundo Baobá fez sua primeira doação ao Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) para ampliar os impactos do prêmio “Educar para a Igualdade Racial”, uma iniciativa que valoriza professores que incentivam o ensino da história e cultura afro-brasileira e da África nas escolas públicas e privadas. O Fundo Baobá também atua junto à Rede de Fundos Independentes, uma coalisão de organizações doadoras brasileiras cujo objetivo é consolidar, ampliar os impactos e promover a atuação dessas organizações no Brasil. | Site: www.baoba.org.br.

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