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08/05/2013 - 14:31

Robin Hood, eu?

O lançamento do Manual de Preços e Serviços Digitais da APADi (Associação Paulista das Agências Digitais), em dezembro de 2010, gerou várias manifestações. Entre os diversos comentários de apoio e algumas críticas, o que mais me chamou a atenção – e motivou a redação deste artigo – foi a mensagem do diretor executivo de uma grande agência digital que não era associada.

Críticas ao lançamento deste documento eram esperadas, afinal, nunca é possível agradar a gregos e troianos. Porém, o mais interessante foi como ele se referiu à APADi e a seu então presidente, cargo ocupado por mim até 31 de março de 2013, com o seguinte comentário final: “Você está querendo acabar com o nosso mercado, atuando como Robin Hood, querendo roubar dos ricos para dar aos pobres”.

Ao ler esta frase, meu primeiro pensamento foi exatamente igual ao título deste artigo: “Robin Hood, eu?”. Ricos e pobres. De que ele estava falando se a APADi tinha 65 agências associadas, incluindo empresas de pequeno, médio e grande portes? Será que todas foram consideradas pobres? Após uma reflexão, é possível entender que o executivo só queria defender os interesses de sua agência, especialmente com relação ao que há de mais valioso em nosso mercado: seus clientes, no caso, as “moedas de ouro”.

Polêmicas à parte, minha resposta foi bem curta, pois julguei mais sensato ignorar qualquer comparação ao famoso arqueiro de Sherwood, afinal, que rouba – seja por bem ou por mal – é sempre um ladrão. “Respeito sua opinião e peço sua ajuda. Associe-se à APADi e venha ajudar a cuidar, também, dos seus interesses.”

Considerando esta defesa de interesses, os objetivos das associações de classe estabelecidas em nosso mercado devem ser claros: ser uma referência consultiva e isenta para qualquer processo de contratação de projetos digitais, em especial, projetos de Internet; ser uma fonte de informações com opinião e posicionamento em relação aos eventos relevantes do mercado de desenvolvimento de projetos para internet; profissionalizar e aculturar o mercado, especialmente através dos gestores corporativos; intervir na regulamentação do mercado para torná-lo mais amplo e justo; valorizar, qualificar e criar oportunidades para associados e colaboradores.

Sempre dispostas a ouvir sugestões, as associações devem medir o grau de assertividade de seus documentos com base em elogios e críticas que recebem. Com o Manual de Serviços Digitais, a APADi buscou desmistificar o recente e tão promissor mercado digital de uma forma justa. Para isso, conta com a ajuda de seus associados e, principalmente, dos ditos “ricos” que, ao participarem ativamente de nosso mercado, certamente deixarão de se sentir ameaçados pelos julgados “pobres”.

. Por: Cláudio Coelho, foi presidente da APADi e é diretor-presidente da Skalebla, representante brasileira exclusiva da Kenshoo, líder mundial em Search Engine Market

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