Saúde da mama tem debate internacional

Os progressos no tratamento do câncer de mama estarão em debate no Rio de Janeiro. O Simpósio Internacional de Mastologia (SIM) e o Simpósio Pan-Americano de Câncer de Mama acontecem, nesta sexta e no sábado, no Hotel Sofitel, em Copacabana, reunindo cerca de 500 especialistas da mastologia mundial. Para o oncologista Mario Alberto Costa, o tratamento pós-operatório evoluiu, diminuindo a chance de queda na defesa imunológica e o risco de infecção dos pacientes.

“No passado, boa parte do tratamento era com o paciente internado. Hoje, em mais de 90% dos casos, o atendimento é ambulatorial. Sem falar no maior conhecimento sobre a estrutura molecular do câncer de mama, após anos de pesquisa, proporcionando um tratamento personalizado”, diz Mario Alberto Costa.

O médico debaterá a “Atualização em terapia sistêmica do câncer de mama”, no primeiro dia do SIM. Colegas de Mario Alberto Costa na Oncoclínica, os médicos Carlos Augusto Andrade e Roberto Gil participarão, no segundo dia, da mesa-redonda “Mensagens para levar para casa”. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil. As taxas de mortalidade continuam elevadas porque a doença é diagnosticada em estágios avançados.

“A prevenção e o diagnóstico são fundamentais para qualquer tipo de câncer. Assim como a informação correta. Na internet, a pessoa tem que checar, não se iludir com promessas. Muita coisa que aparece nas redes sociais precisa ser filtrada com senso crítico. O profissional também tem que estar atento para desmistificar o que é divulgado como possibilidade de cura”, alerta Roberto Gil.

A médica Daniele Ferreira, também da Oncoclínica, lembra que o exame do toque não é o único recomendado: “Indicado para mulheres acima de 40 anos, o exame físico é fundamental, mas para as que têm mais de 50 anos, a mamografia também é necessária. A frequencia sugerida para os exames é de dois anos, mas o autoexame deve ser realizado sempre.”