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11/05/2013 - 08:19

Seminário sobre o suprimento de gás natural para o Sul do Brasil termina sem solução


Edson Luiz Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Paraná; Glauco José Côrte, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, e Heitor José Müller, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul

Reunidos na sede da FIESC em Florianópolis, presidentes das distribuidoras de gás natural e Federações das Indústrias de PR, SC e RS e representantes do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras debateram as perpectivas do mercado de gás natural para a região, mas não houve avanço para o problema da falta de gás nos três Estados.

O Fórum Industrial do Sul promoveu no dia 10 de maio (sexta-feira),o Seminário “Perspectivas do Gás Natural para o Sul do Brasil”, com o objetivo de apresentar ao segmento industrial dos três Estados do Sul o panorama do setor e direcionamento das políticas de gás natural no sul do Brasil.

Estiveram presentes os presidentes da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Luiz Campagnolo, de Santa Catarina, Glauco José Côrte e Rio Grande do Sul Heitor José Müller, além dos presidentes da SCGÁS e da Sulgás e representante da Compagás, do secretário executivo do Ministério de Minas e Energia o catarinense Marco Pereira Zimmermann e do Diretor de Marketing da Petrobras Carlos Augusto Arentz Pereira.

À mesa com os representantes das distribuidoras de gás natural de Santa Catarina e do Paraná, o Conselheiro da ABEGÁS (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Natural) e Presidente da Sulgás Roberto da Silva Tejadas, apresentou os números da demanda de consumo na região Sul. Segundo estudo realizado pelo Grupo de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a demanda atual de gás dos três estados é de mais 10 milhões de metros cúbicos diários. Até 2030 a demanda aumentará para 34 milhões, o que torna urgente a ampliação imediata da cota de suprimento para a região. O assunto também foi comentado pelo Gerente de Planejamento da Compagás Paulo Rogério Scholl, que falou em nome do presidente da companhia paranaense, Luciano Pizzato, que está em viagem internacional aos EUA para conhecer a exploração do gás de xisto no país.

Como uma das principais alternativas para suprir o déficit de gás na região, Cósme Polêse citou a construção de uma via de transporte para o continente do gás extraído dos Campos de Tiro e Sidon, operados pela Petrobras e distantes 200km da costa catarinense. Diariamente um volume aproximado a dois milhões de metros cúbicos, equivalente ao total do que é distribuído hoje em Santa Catarina, é queimado ou reinserido nos campos. “Enquanto isso, nós já estamos recusando contratos devido à escassez de suprimento. A situação é constrangedora. Estamos na eminência de enfrentar um apagão de gás na região Sul, sob a pena de vermos restrições graves ao desenvolvimento do país por falta de infraestrutura e investimento no setor”, alertou.

Ao comentar o panorama das demandas por gás no Brasil, o secretário-executivo do MME Marco Pereira Zimmermann destacou que a Indústria da Região Sul reúne as melhores culturas no panorama nacional, e reconheceu que a sua demanda pelo insumo é superior à oferta, dependendo dos investimentos do governo em infraestrutura de prospecção e transporte para se viabilizarem. Sobre os investimentos do MME, Zimmerman anunciou para o segundo semestre a divulgação do PEMAT (Plano de Expansão de Malha e Estudos de Expansão) do Ministério, que definirá os investimentos do Governo no setor de gás natural. Revelou, ainda, que a Tractebel Energia já está estudando a viabilidade da implantação de um Terminal de Regaseificação de GNL no Porto de São Francisco do Sul. "O GNL é uma forma de aumentar rapidamente a oferta, mas os preços do mercado internacional ainda são pouco competitivos. A nossa prioridade é o mercado onshore, que já tem rodada de licitações marcada para outubro", pontuou.

Representante da Petrobras no evento, o Gerente Geral de Marketing Carlos Augusto Arentz Pereira reconheceu que as soluções para o sul do Brasil são de alta complexidade e que a estatal aguarda as determinações do PEMAT para definir suas ações no segmento de gás natural. Disse, ainda, que o mercado está aberto para a atuação de novos players do setor privado.

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