Curva de Aversão ao Risco Quinquenal é introduzida em maio

Mercado livre de energia continua sofrendo impactos regulatórios.

O setor de energia continua em plena movimentação. Com o objetivo de considerar, na precificação, a segurança de garantia energética, o Conselho Nacional de Política Energética publicou a Resolução nº 3/2013, que estipula a utilização da Curva de Aversão ao Risco Quinquenal (CAR5) a partir de maio deste ano. "A introdução desta CAR5, que tem critérios mais severos que a CAR2, tem de início, um efeito bastante expressivo: o acréscimo de mais de R$ 35/MWh no Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), no atual cenário. Mas, nos momentos em que o PLD é baixo, a CAR5 pode até reduzi-lo, por conta da diminuição dos déficits futuros", afirma Regina Pimentel, assessora de Gestão de Risco da Trade Energy, comercializadora independente de energia.

A CAR5 por subsistema, nos programas computacionais para formação de preço, deveria ter sido adotada já a partir de abril. Porém, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teve a opinião de que o prazo estipulado pelo CNPE era impraticável, porque a lei de criação da agência obriga à realização de audiência pública em processos que afetam os direitos dos agentes do setor elétrico ou dos consumidores. Desta forma, apenas em maio o processo foi concluído e a CAR5 adotada.

"É importante também reforçar que, mesmo com a aplicação da CAR5, não vão existir efeitos retroativos ou qualquer republicação de PLDs já divulgados", enfatiza a executiva.

A Curva de Aversão ao Risco Quinquenal define os níveis de armazenamento de energia de cada subsistema necessários para o atendimento pleno da carga. Na definição da curva são considerados cenários extremos de afluência energética e o parque gerador disponível, e o objetivo é avaliar os níveis de armazenamento mensais que irão possibilitar a segurança no abastecimento, definindo geração térmica adicional quando necessário.

Trade Energy: é uma comercializadora independente com foco nos consumidores livres de energia elétrica e produtores independentes de energia. Tem grande experiência no setor, onde existe a possibilidade de gestão sobre este insumo, resultando custos menores e previsibilidade de preços futuros, o que garante economia e segurança com a contratação de energia elétrica. Fundada em 1998, a empresa foi uma das primeiras comercializadoras autorizadas pela ANEEL para atuar no mercado livre de energia e a ingressar na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).[ www.tradeenergy.com.br].