Em Santa Catarina, setor de TI apresenta crescimento médio anual superior a 20%

Para manter a média, empresas catarinenses buscam inovações no maior evento do setor da América do Sul.

Na contramão da desaceleração econômica, o segmento de tecnologia da informação, em todo o Brasil, deve apresentar alta de 9% a 14% em 2013. Em Santa Catarina, a expectativa é ainda mais positiva: de 20% a 30%, como nos últimos três anos. Para atingir a meta, empresas do Estado – que é o 5º que mais investe no setor, principalmente em software e serviços – voltam da maior feira de TI da América Latina, a Bits, com a estimativa de gerar R$ 3 milhões com as novas parcerias proporcionadas pelo evento.

Com o apoio do projeto Polos Industriais, 20 empresas catarinenses de TI levaram seus produtos ao evento, que encerrou em 16 de maio, em Porto Alegre (RS). O projeto, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) e do Sebrae/SC, que busca capacitar e fortalecer 47 ramos da indústria, organizou rodadas de negócios, que renderam à delegação catarinense mais de R$ 1 milhão apenas em negócios fechados na feira. Outros R$ 2 milhões serão frutos de parcerias que iniciaram no evento e devem se concretizar nos próximos meses. “Foi a primeira vez que participamos da Bits, onde fomentamos novos negócios, entramos em contato com tendências e possibilidades de uso da tecnologia em diversos campos de atuação”, pontua a coordenadora estadual de TI do Sebrae/SC, Josiane Minuzzi.

O investimento de empresas brasileiras de outros setores em tecnologia é uma das grandes apostas para 2013: estima-se que os valores alcancem US$ 134 bilhões, representando aumento de 6% em relação aos US$ 126 bilhões de 2012, de acordo com o Gartner Group. Os investimentos do governo em TI também devem impulsionar a alta prevista para 2013. Segundo Mariano Gordinho, presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abrasdit), em entrevista ao Valor, se o governo quiser retomar o crescimento de 4% ao ano, terá que investir, entre outras áreas, em tecnologia.

Atualmente, o Brasil é o 5º maior mercado mundial de TI, e visa atingir a 3ª posição até 2022. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Ternologia da Informação e Comunicação (Brasscom), nos próximos 10 anos, a estimativa é que o segmento movimente cerca de R$ 430 bilhões. Já o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação aponta que apenas o mercado brasileiro de software deve crescer 400% no mesmo período.