Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

21/05/2013 - 09:13

Mayo Clinic: marcador molecular dos sucos pancreáticos ajuda a identificar o câncer de pâncreas

Jacksonville, Flórida —Pesquisadores da Clínica Mayo, em Jacksonville, Flórida, desenvolveram um método promissor de distinguir entre o câncer de pâncreas e a pancreatite crônica – dois distúrbios que são difíceis de diferenciar. Um marcador molecular, obtido dos sucos pancreáticos, pode identificar quase todos os casos de câncer, de acordo com o estudo dos pesquisadores. A descoberta está sendo apresentada na Semana das Doenças Digestivas de 2013, em Orlando, Flórida.

“Muitos pesquisadores vêm trabalhando nesse tipo de exame para diagnóstico há muito tempo – há cerca de 20 anos, eu creio”, diz o principal pesquisador do estudo, o gastrenterologista da Clínica Mayo Massimo Raimondo. “Mas, pela primeira vez, encontramos um candidato muito forte a marcador molecular”, ele explica.

“Todos nós queremos um método infalível de detectar o câncer do pâncreas em nossos pacientes, para que possamos administrar a terapia apropriada o mais rápido possível”, ele diz. “Embora saibamos que será necessário fazer mais pesquisas, incluindo para confirmar nossa descoberta, não podemos deixar de nos entusiasmar com esse avanço”, declara.

O câncer de pâncreas e a pancreatite crônica produzem os mesmos sinais de que há um problema no órgão, tais como inflamação. Mas o câncer de pâncreas é uma doença que ameaça a vida e que, por isso, precisa ser tratada de forma imediata e agressiva, diz Massimo Raimondo.

A equipe de pesquisa, que incluiu pesquisadores da Clínica Mayo de Rochester, Minnesota, testou um método que examinou secreções do pâncreas durante uma endoscopia digestiva alta (esofagogastroduodenoscopia) de rotina.

Quando há suspeita de que o paciente pode ter pancreatite crônica ou câncer de pâncreas, os médicos usam um endoscópio flexível fino para examinar o trato digestivo superior. Nesse estudo, durante endoscopias de rotina, os médicos injetaram a substância secretina por via intravenosa, para enganar o pâncreas, indicando-lhe que o estômago continha alimentos e que, portanto, precisava de sua ajuda para digeri-los. O órgão então secretou o suco, rico em enzimas, para ajudar a decompor a comida, junto com células esfoliadas, permitindo aos pesquisadores coletar um pouco desse fluido.

Eles examinaram o suco em busca de marcadores que pudessem ajudar a distinguir entre as duas doenças. Descobriram que o gene alterado CD1D, como um marcador isolado, foi detectado em 75% dos pacientes que, mais tarde, foram diagnosticados com câncer de pâncreas. Esse gene estava presente em apenas 9% dos pacientes com pancreatite crônica.

“O gene CD1D foi um marcador de secreção pancreática muito melhor do que qualquer outro já testado para identificar o câncer de pâncreas”, disse o gastrenterologista da Clínica Mayo.

A equipe de pesquisa está trabalhando para melhorar ainda mais a precisão desse método promissor de diagnóstico molecular.

“Esses resultados das amostras coletadas cuidadosamente por Massimo Raimondo são realmente estimulantes e têm implicações claras na prática”, diz o coautor do estudo David Ahlquist, que liderou a equipe de laboratório colaboradora da Clínica Mayo de Rochester. Chegar a uma precisão do diagnóstico bem acima de 90% é uma meta possível”, ele afirma.

Quando tal teste biomarcador for aperfeiçoado, ele poderá ser usado não apenas paradistinguir o câncer de pâncreas da pancreatite crônica, mas também, potencialmente, como um exame para diagnosticar câncer de pâncreas em pacientes de alto risco, disse Massimo Raimondo.O estudo foi financiado por verbas da Fundação Charles Oswald.

Centro de Câncer da Mayo Clinic-Como uma importante instituição financiada pelo Instituto Nacional do Câncer, o Centro de Câncer da Clínica Mayo conduz pesquisas básicas, clínicas e da ciência da população, traduzindo descobertas em métodos aperfeiçoados de prevenção, diagnóstico, prognóstico e tratamento.

Perfil-A Clínica Mayo é o primeiro e maior centro de medicina integrada do mundo. Médicos de todas as especialidades trabalham juntos no atendimento aos pacientes, unidos por um sistema e por uma filosofia comum, de que “as necessidades dos pacientes vêm em primeiro lugar”. Mais de 3.700 médicos, cientistas e pesquisadores, além de 50.100 profissionais de saúde de apoio, trabalham na Clínica Mayo em Rochester (Minnesota), Jacksonville (Flórida) e Phoenix/Scottsdale (Arizona). Juntas, as três unidades tratam mais de meio milhão de pessoas por ano. [www.mayoclinic.org].

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira