57º Painel Telebrasil discute medidas de estímulo ao investimento em telecomunicações

Presidente da Telebrasil comemora o marco de 100 milhões de acessos a banda larga fixa e móvel.

O segundo dia do 57º Painel Telebrasil, realizado pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), trouxe a perspectiva das empresas do setor sobre as medidas necessárias para destravar e acelerar os investimentos em telecomunicações.Os debates começaram com uma palestra de Cláudia Viegas, consultora da LCA Consultores, que destacou o peso que as telecomunicações desempenham no desenvolvimento econômico brasileiro e o efeito multiplicador da expansão dos serviços. A executiva também destacou as condições para a expansão dos investimentos em telecomunicações, considerando que as empresas prestadoras de serviços compõem, hoje, um dos setores que mais investem e mais fomentam a geração de inovação, emprego e renda no Brasil. “Telecomunicações é um dos setores que traz mais valor adicionado para a economia. A cada R$ 1 milhão investido, o retorno para o País é de R$ 1,4 milhão”, disse Viegas.[ www.telebrasil.org.br].

O presidente da Telebrasil e da Telefônica do Brasil, Antonio Carlos Valente, enfatizou que, devido à diversidade de condições geográficas e renda no Brasil, é importante que existam esforços coordenados para que se produzam mais resultados. “Não devemos deixar de considerar outras alavancas, como o uso dos recursos dos fundos privados e públicos”, comenta, destacando que o setor comemora o marco de 100 milhões de acessos a banga larga fixa e móvel no Brasil.

José Formoso, presidente da Embratel, ponderou sobre os novos serviços de telecomunicações que estão sendo lançados para beneficio da população brasileira, contribuindo para o desenvolvimento do País. “Com a adoção de tecnologias de ponta, serviços como TV por assinatura, por exemplo, hoje estão acessíveis a consumidores de todas as classes sociais”, disse, comentando outras ofertas existentes como as soluções de nuvem.

Para o presidente da TIM, Rodrigo Abreu, é preciso prestar atenção à evolução da regulação em itens que ainda são incipientes, como, por exemplo, o mercado de comunicação entre máquinas (M2M). “Se tentarmos tributar este mercado como acontece com os serviços de voz, o setor não irá decolar como precisaria. Deve haver evolução da regulação, uma alinhada a políticas públicas e outra a evolução natural do mercado”.

O presidente da Claro, Carlos Zenteno, disse que as novas consultas públicas deveriam considerar o impacto do retorno das medidas. Ele também defendeu a possibilidade de reutilização das frequências para a banda larga móvel. “Seria eficiente economicamente ter flexibilidade para usar as frequências disponíveis (como a de 850MHz, por exemplo)”, diz.

Já o presidente da Algar Telecom, Luiz Alexandre Garcia, acredita que quanto maior a liberdade e flexibilidade do uso das tecnologias, melhor é a eficiência dos recursos de investimento. “A Anatel já está fazendo um trabalho forte com o PGMC (Plano Geral de Metas de Competição), trazendo maiores condições de competitividade para levar os serviços a regiões geográficas diferentes de atuação”.

O presidente da Sercomtel, Christian Schneider, destacou que é preciso que o regulador tenha um olhar diferenciado para empresas regionais e de nicho. "Temos muita proximidade das nossas comunidades, mas temos um grande desafio de competir se tivermos as mesmas obrigações que grandes empresas", disse ele. Ele pontuou ainda que órgão regulador deve defender o mercado e não as relações de consumo. "Isso compete a outros órgãos". [www.paineltelebrasil.org.br]. | Twitter: www.twitter.com/TELEBRASIL2013.

Perfil - A Telebrasil é uma associação sem fins lucrativos que congrega as principais entidades do setor de telecomunicações. Há 37 anos no mercado, tem o objetivo de promover a articulação desse setor com o Estado e a sociedade. Já realizou 56 edições do Painel Telebrasil, que reúne os principais executivos e autoridades do mercado de Telecom, discutindo estratégias, políticas, investimentos e a conjuntura setorial.