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23/05/2013 - 09:19

Produção de pneus cresce apenas 4% no 1413 e não acompanha alta do setor automotivo

Setor automotivo cresce 17% entre janeiro e abril ante 2012, enquanto produção de pneus fica em um dígito, dev ido ao aumento das importações no período.

Nos primeiros quatro meses de 2013 a produção da indústria brasileira de pneus apresentou expansão de 4%, passando de 21,44 milhões de unidades no ano anterior para 22,30 milhões de unidades, de acordo com os dados da ANIP, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Já o setor automotivo cresceu 17% no mesmo período do ano passado, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). "A diferença entre esta expansão e a queda na fabricação de pneus corresponde às perdas de posição no mercado, onde a importação cresce continuamente, devido à competição desigual", diz o presidente da ANIP, Alberto Mayer.

Ele explica que boa parte dos importados entra no país de forma irregular ou é de baixa qualidade e, se submetida à verificação não receberia aprovação do Inmetro. "Além disso, esses produtos importados, especialmente da Ásia, que já não enfrentam o Custo Brasil, deixam de cumprir as exigências ambientais de recolhimento para destinação correta dos inservíveis, que para a indústria brasileira representa um ônus anual da ordem de R$ 80 milhões", acrescenta Alberto Mayer.

Déficit no Comércio exterior -A importação de pneus (exceto duas rodas) aumentou 25,5% na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2012 e 2013, passando de 7,76 milhões de unidades para 9,73 milhões de unidades. A principal origem desses importados é a Ásia, com as compras do maior fornecedor, a China, passando de 4,42 milhões de unidades (exceto pneus para veículos de duas rodas) para 5,16 milhões de unidades, uma expansão de 16,5% nos primeiros quatro meses de 2013 em relação a 2012.

Já a exportação de pneus brasileiros seguiu caminho oposto, com queda de 10,6% no mesmo período, passando de 4,78 para 4,27 milhões de unidades. "Estamos reduzindo as exportações e aumentando as importações, exatamente o contrário do que o país precisa para evitar a continuidade do processo de desindustrialização. A indústria brasileira de pneus detém tecnologia de última geração, fabrica produtos adequados às condições brasileiras e vinha contribuindo com saldo positivo para a balança comercial, mas nestes dois últimos anos a situação se inverteu, devido ao aumento de custos no Brasil e à competição desigual com os importados", acrescenta Mayer.

Dados do setor -No período janeiro a abril de 2013 os pneus para veículos de passeio representaram 48,3% do total produzido, com 10,782 milhões de unidades, segundo os dados da ANIP. Os outros 51,7%, correspondentes a 11,519 milhões de pneus se destinaram às demais utilizações: duas rodas, carga (caminhões e ônibus), agrícola, industriais, de avião e outros.

Em relação ao mesmo período de 2012 as vendas apresentaram um aumento de 6,9& passando de 22,40 milhões de unidades para 23,95 milhões de unidades.

O mercado de reposição obteve um aumento de 15,2% comparando o quadrimestre do ano anterior com este ano, passando de 10,599.073 para 12.208.483 milhões de toneladas.

Recolhimento para reciclagem -O processode coleta de pneusinservíveis, a maior operação de logística reversa do país, é realizado pela Reciclanip, entidade sem fins lucrativos mantida pela indústria do setor. No primeiro trimestre de 2013 foram recolhidas 90 mil toneladas de pneus inservíveis pela Reciclanip, com um crescimento de 1,5% sobre o mesmo período de 2012. "Essa operação retira o produto emmais de 800pontos no país e os encaminha a uma destinação ambientalmente correta, aprovada pelo IBAMA. Muitos importadores deixam de fazer essa coleta, o que colabora para a competição desigual. Além disso, oneram nossa entidade com o recolhimento desses produtos, e ampliam os riscos da dengue", afirma o presidente da ANIP.

No período janeiro a março de 2013 os caminhões de recolhimento a serviço da Reciclanip percorreram um total de 1,8 milhões de quilômetros, entre os pontos de coleta e as instalações de destinação. Estas são, principalmente, fábricas de cimento que utilizam os inservíveis como combustível, para o que precisam dispor de filtros especiais. Outras destinações consideradas legalmente adequadas e aprovadas pelo IBAMA são empresas de moagem e processamento para produção de artefatos ou

Emprego -O nível de emprego no setor apresentou leve crescimentocom geração de 744novos empregos (+1,75%), ampliando o quadro de funcionários diretos das empresas para 26.878 contratados.

A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos [www.anip.org.br] (ANIP, fundada em 1960, representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, que compreende dez empresas e 17 fábricas instaladas nos Estadosde São Paulo (sete), Rio de Janeiro (três), Rio Grande do Sul (duas), Bahia (três), Paraná (uma) e Amazona (uma). Ao todo, responde por 26 mil empregos diretos e 120 mil indiretos. O setor é apoiado por uma redecom mais de 4.500 pontos de venda no Brasil com 40 mil empregos. Em2007 a ANIP criou a Reciclanip, voltada para a coleta e destinação de pneus inservíveis no País. Originária do ProgramaNacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, de1999, a Reciclanip é considerada uma das principais iniciativas na área de pós-consumo da indústria brasileira, por reunirmais de 800 pontos de coleta no B rasil. Desde 1999, quando começou a coleta dos pneus inservíveis pelos fabricantes,mais de 2,37 milhõesde toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 474 milhõesde pneus de passeio, foram coletados e destinados adequadamente.

Prêmio-E - O trabalho de coleta e destinação de pneus inservíveis realizado pela ANIP/ Reciclanip recebeu um reconhecimento da Unesco, o Prêmio-E na categoria "Economia", entregue durante a durante a Rio+20, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro. A premiação, em sua 1ª edição, integrou a programação oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de reconhecer as iniciativas socioambientais mais representativas dos últimos 20 anos, executadas após a ECO-92. Idealizada por Oscar Metsavaht, embaixador da Boa Vontade da Unesco, o prêmio é uma parceria do Instituto-E [www.institutoe.org.br/premioe],, Prefeitura do Rio de Janeiro e Unesco.

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