O Direito de Bem Nascer

Livro alerta sobre riscos do crescimento acelerado da população mundial e recomenda o planejamento familiar no combate à pobreza.

Existe solução para a pobreza que aflige o mundo? Em uma análise sobre as causas da miséria no Brasil e em outras nações, o autor de O Direito de Bem Nascer, o engenheiro e empresário José Olavo Mourão Alves Pinto, traça um panorama sobre situações degradantes - às quais a maioria dos povos é submetida - e a sua relação com a pobreza. Baseado em pesquisas em fontes diversas, em observações feitas em viagens ao redor do mundo (Rússia, China, Índia, Estados Unidos e outros países) e no estudo de projeções estatísticas e comparações, José Olavo Mourão chega à conclusão de que a origem da pobreza está no excesso de pessoas no planeta e seu constante crescimento ainda acelerado, disso resultando a falta de condições necessárias para uma vida digna para todos.

No livro o autor prevê que em 2080, se nada for feito, a população mundial poderá chegar a 14 bilhões de habitantes. A possibilidade desse ritmo de crescimento é alarmante, ao se constatar que a humanidade levou cerca de 10 mil anos para atingir o primeiro bilhão de habitantes em 1800. De 1800 a 2011, a população aumentou sete vezes e chegou a 7 bilhões. No entanto, estima-se que não serão necessários mais que 70 anos para que essa quantidade seja duplicada e o Brasil não ficará para trás. No mesmo período, poderá evoluir de 195 milhões para cerca de 380 milhões de pessoas.

“Colocamos o dedo na ferida, diferentemente de tantos que fazem de conta não entender o âmago dessa questão, dilema crucial de países subdesenvolvidos, como o Brasil, e que representa uma ameaça ao futuro da vida no planeta”, aponta José Olavo, que convidou os médicos Drauzio Varella, incansável divulgador dessa problemática e Elsimar Coutinho, autoridade mundial em reprodução humana, para assinarem, respectivamente, o prefácio e as orelhas do livro.

José Olavo Mourão ressalta que o planejamento familiar e a paternidade responsável não devem ser privilégio somente dos ricos, por receberem melhor educação e serem mais esclarecidos, mas também das classes menos favorecidas. Só assim será possível mudar o fato de que, apesar de a taxa de aumento populacional do Brasil ter diminuído consideravelmente nas últimas décadas, a redução de nascimentos ocorreu bem mais nas classes médias e na rica. Entre os pobres, que nos cálculos do autor, baseados na tabela da PNAD-IBGE 2011, compõem cerca de 80% da população do Brasil, nascem aproximadamente 90 crianças a cada 100 partos realizados no país.

Situação insustentável, solução simples -Um dos efeitos do crescimento populacional é a ameaça à sustentabilidade do planeta, uma vez que a Terra possui recursos não renováveis e limitados. Para dar conta das necessidades de sobrevivência que atendam a tanta gente (alimento, energia, combustível), o Produto Interno Bruto (PIB) teria que crescer ainda mais e, com o aumento da produção, haveria mais poluição e degradação do meio ambiente tornando impossível a existência da vida humana.

Além do impacto ambiental, descrito ao longo dos 20 capítulos de O Direito de Bem Nascer, o autor aponta outros problemas, de cunho social - favelização, criminalidade, maternidade precoce, baixo nível de aprendizado escolar, falta de saneamento básico, entre outros – que geram um círculo vicioso ao qual os mais pobres estão expostos e dificilmente conseguem escapar.

Para minimizar a pobreza, ele sugere políticas abrangentes, práticas e de baixo custo, calcadas no planejamento familiar estruturado, solução que, na sua opinião, muitos governos ainda preferem ignorar. Segundo José Olavo, a falta de planejamento familiar ao franco alcance de toda a população é o principal fator que nos mantém na condição de país subdesenvolvido. Mas propõe: “A paternidade responsável permitiria que se livrassem daquela mesma pobreza a que estiveram ligados, como os pais deles, numa herança perversa”.

O autor -José Olavo Mourão Alves Pinto é um dos fundadores da ONG Vida Digna, que assiste pessoas carentes no planejamento familiar e educação sexual. Há cerca de uma década a organização possui convênio com o Hospital Sofia Feldman, maior maternidade da Grande Belo Horizonte (MG). O autor de O Direito de Bem Nascer também fundou e presidiu, por mais de 40 anos, o Grupo Tenda, de construção civil.

Editora: Outono | Formato: 16 x 23 cm | 224 Páginas | ISBN: 978-85-915397-0-3.