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24/05/2013 - 08:24

Mercado global de luxo chega a €200 bilhões em vendas, avalia Bain & Company

Bens de luxo continuam com crescimento anual de dois dígitos.

Milão– A Bain & Company, empresa global de consultoria de negócios, divulgou a atualização do tradicional relatório “Luxury Goods Worldwide Market Study”. De acordo com o estudo, o faturamento do mercado de luxo global vai crescer 50% mais rápido do que o PIB global, com uma expectativa de 4-5% de crescimento em 2013 e 5-6% na média anual até 2015, quebrando a barreira dos € 250 bilhões em vendas até meados da década. A Bain confirmou que as receitas de luxo cresceram 10% em 2012, devido ao crescimento favorável presente no primeiro semestre do ano passado. Todos os números de crescimento foram definidos tendo como base taxas de câmbio constantes.

A atualização do estudo da Bain levantou os seguintes direcionadores para o mercado de bens de luxo:

• Os turistas estão mudando seus hábitos de consumo, em busca de novos destinos (por exemplo: Dubai, Sudeste Asiático, Austrália) e mostram conhecer mais sobre os produtos que estão consumindo;

• A cada ano, mais "HENRYs" (High Earnings, Not Rich Yet - indivíduos com altos rendimentos, mas que ainda não são ricos) se tornam potenciais consumidores. Atualmente, existem dez vezes mais “HENRYs” que indivíduos ultra-ricos;

• A ascensão da classe média nos países emergentes está polarizando a competitividade, tornando-se uma "nova geração" para as marcas de luxo terem como público-alvo.

• Artigos de luxo absolutos (produtos high-end, sem logotipo e com materiais de alta qualidade e artesanato requintado) lideram o mercado;

• Apesar da recuperação de gastos com vestuário, artigos de couro e outros acessórios continuam a obter melhores resultados que outras categorias;

• O consumo de relógios desacelerou drasticamente com varejistas e consumidores de luxo chineses diminuindo a demanda por esse tipo de produto;

• Cosméticos estão em queda em mercados maduros enquanto crescem em mercados emergentes.

• Alta confiança do consumidor entre os ricos, o aumento aberturas de lojas em cidades americanas e investimento intensivo na sinergia entre lojas físicas e virtuais estão abastecendo o crescimento das vendas nos Estados Unidos;

• O impacto de 12% no crescimento das vendas em toda a América do Sul e Central (principalmente Brasil e México) resultará em um crescimento global de 5-7% nas Américas;

• Na Ásia, o crescimento da China está se estabilizando nos esperados 7%, enquanto o Sudeste da Ásia terá 20% de crescimento impulsionado por uma onda de abertura de novas lojas e aumento da força e da relevância dos mercados de segunda linha;

• O Japão volta a ter forte crescimento de 5% já que a política monetária do país desvaloriza o iene e empurra o consumo local;

• A Europa continua a ser um desafio para a indústria, com a queda do turismo. Como os turistas estão gastando menos e os europeus (especialmente no Sul da Europa) estão reduzindo gastos, a Bain prevê que o crescimento se mantenha estável na casa dos 2%;

• O Oriente Médio cresce a um ritmo constante. Dubai continua sendo o centro do mercado e a única cidade a atrair consumidores de luxo estrangeiros (por exemplo, os russos, os indianos, os africanos).

"Estamos vendo uma distribuição mais uniforme de crescimento global", disse Claudia D'Arpizio, sócia da Bain em Milão e principal autora do estudo. "Por sua vez, as marcas estão mudando os objetivos de curto prazo com o foco nas estratégias de crescimento sustentado de longo prazo".

No longo prazo, a Bain estima que o mercado mundial de bens de luxo em 2025 deva ser mais de cinco vezes maior que o de 1995. A estratégia para ganhar no mercado de luxo ao longo dos próximos 10 a 15 anos, de acordo com a Bain, é "se preparar para Luxo 2.0", em que o sucesso será definido pelo foco em três princípios de gestão de bens de luxo:

1. Experiência otimizada do cliente: • O luxo dependerá mais do que nunca de promotores boca-a-boca que compartilham suas visões pessoais sobre os produtos e experiências;

• Os consumidores esperam que todas as interações com a marca (em lojas físicas, virtuais ou em dispositivos móveis) sejam premium, diferenciadas e direcionadas aos seus gostos e preferências;

• O mercado deve manter a inovação nos meios de comunicação e nas mensagens que chegam ao seu público-alvo, mantendo, assim, os consumidores conectados com o que há de novo.

2. Gestão do varejo sem falhas: • Vitrines físicas e digitais precisam engajar e impressionar o cliente de luxo;

• A era da experiência formal de compras está chegando ao fim. Os clientes esperam serviços convidativos e personalizados quando são recebidos em uma loja;

• Enquanto as redes de lojas crescem em novos mercados e exploram novos segmentos, existe também uma preocupação em assegurar que os produtos certos estão nas lojas certas e na quantidade certa.

3. Pessoas de excelência: • Marcas estão investindo mais na alta gerência, desde a estratégia até as finanças, passando pela cadeia de distribuição e área administrativa.

• O funcionário da loja é quem lida diretamente com os clientes, assim as marcas estão investindo significativamente no treinamento e desenvolvimento de pessoas da linha de frente;

• As empresas de luxo estão cada vez mais colocando o cliente em primeiro lugar em suas estratégias.

"Estamos entrando em uma nova fase na evolução do mercado de luxo", concluiu D'Arpizio. "Mais mercados, vários segmentos e mais diversidade de sabores se combinam para criar variáveis para serem resolvidas ao perseguir uma estratégia para o crescimento."

Perfil da Bain & Company, Inc. -A Bain & Company, empresa líder global em consultoria de negócios, orienta clientes em relação a estratégias, operações, tecnologia, constituição de empresas, fusões e aquisições, desenvolvendo práticas que assegurem aos clientes transparência nos processos de mudança e tomada de decisões. A Consultoria trabalha em sinergia com os clientes, vinculando seu fee aos resultados. O desempenho dos clientes da Bain superou o mercado de ações em 4 para 1. Fundada em 1973, em Boston, a Bain conta com 49 escritórios em 31 países e já trabalhou com mais de 4.600 empresas entre multinacionais e companhias privadas e públicas em todos os setores da economia.[ www.bain.com.br] e twitter @BainAlerts.

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