Empresas da União Europeia estão mais otimistas, mas perspectiva de emprego permanece sombria

Dados do International Business Report (IBR) da Grant Thornton International indicam que as empresas na União Europeia (EU) estão mais otimistas com as perspectivas econômicas da região para 2013 e que pretendem investir no futuro para o crescimento de suas operações. Por outro lado, as perspectivas, com aumento do numero de vagas e aumento dos salários para uma legião de desempregados, foram desanimadoras.

As incertezas continuam pesando sobre o mercado de trabalho. O desemprego na zona do euro aumentou para o nível recorde de 12% (10% na EU) e há poucos sinais por parte dos empregadores de que eles começarão a contratar em breve. Apenas 6% das companhias na EU esperam contratar nos próximos 12 meses – bem abaixo da média global de 24%. O cenário ainda permanece difícil – oito das dez últimas colocações no ranking de otimismo são da Europa, como a Franca (-50%), Espanha (-33%) e Itália (-26%).

Apesar disso, segundo o IBR, os planos de investimentos dos líderes das companhias na EU, no primeiro trimestre desse ano, cresceram substancialmente em relação ao último trimestre. Atualmente, 44% dos executivos consultados disseram que planejam aumentar investimentos em máquinas e instalações nos próximos 12 meses, bem mais que os 26% de três meses atrás.

Houve aumentos consideráveis nas economias mais problemáticas da Região sul como Grécia, Itália e Espanha, onde os planos de investimento cresceram de 12% para 40%, na comparação com o quarto trimestre.

“Os resultados mostram os líderes europeus mais confiantes com o ambiente macroeconômico. Além disso, as reservas de caixa já estão em níveis recordes, e isso pode ser uma força poderosa na condução do crescimento.”, diz Paulo Sérgio Dortas, Managing Partner da Grant Thornton Brasil.

O aumento da cofiança também impulsiona os planos de investimento. O sentimento dos executivos na União Europeia se tornou positivo, passando de -17% no quarto trimestre para 2% no primeiro. Ao mesmo tempo a expectativa de crescimento das receitas aumentou de 25% para 37%, no mesmo período.

“Isto em parte pode ser explicado pela expectativa de crescimento experimentada nos países emergentes, para onde boa parte da produção resultante dos investimentos será direcionada, comenta Dortas”.

Outro dado interessante é o de que 94% das empresas na Zona do Euro querem que o Euro sobreviva e 78% veem a moeda única como algo positivo. Com relação a novas integrações, 66% gostariam de ter novas adesões e a proporção de economias que defendiam a saída de alguns membros caiu para 17%, ante 24% em 2012.

Mais de 50% dos líderes na Dinamarca, Latvia, Lituânia, Polônia querem aderir ao Euro, enquanto a maioria na Dinamarca e Polônia não vê isso acontecer antes de 2018. 52% das economias vizinhas acreditam que novas integrações seriam uma vantagem, abaixo dos 62% registrados em 2012.

“Os resultados indicam que está um pouco distante qualquer sentimento de saúde econômica plena. O período de relativa estabilidade foi, recentemente, perturbado pelo resgate dos bancos cipriotas. Esse incidente mostra o qual frágil é a confiança e consequentemente os planos de investimento, a despeito as vezes da pouca representatividade da economia que está em risco”, afirma Dortas.

Perfil - O International Business Report da Grant Thornton (IBR) é uma pesquisa realizada há 21 anos que tem como objetivo fornecer informações sobre as opiniões e expectativas de 12.500 empresas em 44 economias anualmente. São entrevistados CEOs, diretores, presidentes e outros executivos seniores, levando em conta os cargos mais relevantes para cada país.

Coleta de dados -A pesquisa é realizada principalmente por meio de entrevistas telefônicas com duração de aproximadamente 15 minutos, com exceção do Japão (por correio), das Filipinas e da Armênia (pessoalmente), China continental e Índia (combinação de entrevistas pessoalmente e por telefone), onde as diferenças culturais requerem uma abordagem própria. As entrevistas telefônicas permitem à Grant Thornton International realizar a quantidade exata recomendada de pesquisas e garantir que as pessoas mais apropriadas sejam entrevistadas dentro das organizações que cumprem com os critérios de perfil exigidos. A coleta de dados é administrada pelo sócio principal de pesquisa da Grant Thornton International - Experian Business Strategies. Os questionários são traduzidos para os idiomas locais, e cada país participante tem a opção de realizar perguntas específicas e adicioná-las ao questionário principal.

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Perfil - A Grant Thornton Brasil é a firma-membro da Grant Thornton International no País e oferece serviços de auditoria, tributos, consultoria e outsourcing. Além de uma equipe de profissionais preparada com uma vasta expertise, a Grant Thornton Brasil trabalha com as mais modernas metodologias, utilizando ferramentas desenvolvidas pela organização globalmente.