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28/05/2013 - 09:46

Entendendo os mercados emergentes: entraves institucionais a partir de uma visão econômica unilateral

Os mercados emergentes atingiram altas taxas de crescimento rapidamente nos últimos 10 anos, mas ainda estão atrás dos países desenvolvidos em diversas áreas importantes, como desenvolvimento humano, competência institucional, níveis de transparência e outros aspectos sociais. A professora de International Business and Organisation (Organizações e Empresas Internacionais), Suzana Rodrigues, da RSM (Rotterdam School of Management), da Erasmus University, argumenta que esse desempenho ruim se deve à fragilidade de suas instituições.

Ela argumenta que a visão acadêmica dominante do crescimento econômico em mercados que fornecem mecanismos melhores para incentivar atividades econômicas nem sempre é útil.

Um grande desafio para uma perspectiva, cujos objetivos se concentram principalmente no crescimento econômico, é a tendência de ignorar os potenciais benefícios da atuação das instituições em outros setores da sociedade, que são essenciais para uma visão mais abrangente do crescimento, como considerar sua sustentabilidade.

Em sua pesquisa, a professora Suzana Rodrigues reflete sobre a incessante luta pelo crescimento em mercados emergentes e explora as consequências indesejáveis de um desenvolvimento econômico rápido, uma delas é a grande quantidade de entraves institucionais.

Os entraves institucionais são geralmente definidos como as lacunas entre as regras e a finalidade, e a eficácia de suas implementações. Embora os entraves institucionais possam ser positivos para as empresas em muitos aspectos, sendo um deles a criação de espaços para novos empreendimentos e negócios, também é importante considerar que os entraves surgem quando o crescimento econômico avança mais rápido que a estruturas sociais e institucionais. Os entraves também podem gerar consequências indesejadas para a sociedade, como a exploração excessiva de recursos humanos e naturais.

A professora Suzana Rodrigues considera dois tipos de entrave: estrutural e de contingente. O primeiro tipo concentra-se na distância entre as regras e a capacidade institucional de aplicá-las, já os entraves de contingente são originados por uma combinação de fatores específicos de determinados ambientes, como os contextos social e econômico em que estão inseridos, por exemplo, pressões para apresentar crescimento.

Ela usa exemplos de entraves estruturais e de contingentes no contexto do Brasil para propor um modelo que analisa como eles surgem, com o objetivo de indicar como as instituições podem solucionar esses entraves, e sugere que os mercados emergentes poderão avançar para um estágio de crescimento sustentável se o foco estiver na construção e na eficácia da instituição, através de um projeto que considere uma coordenação intra e interinstitucional junto com estratégias criadas para conseguir a incorporação desse método na prática e no comportamento.

Suzana Rodrigues-Antes de ingressar na RSM, Suzana foi professora de International Management and Organisation (Organizações e Empresas Internacionais) na Birmingham University, no Reino Unido, e na UFMG, no Brasil. Em 1992, ela foi eleita professora visitante da Lucy Cavendish College, em Cambridge e em 2002 foi convidada para ser professora visitante da St. John's College, em Cambridge.

Suzana fez seu pós-doutorado no University of Bradford Management Centre, no Reino Unido, sobre um estudo de tomada de decisão estratégica em empresas britânicas. Depois de voltar ao Brasil, ela presidiu o programa de MBA da UFMG. Suzana foi diretora e presidente da Academia Brasileira de Administração por seis anos. No Brasil, Suzana foi nomeada Professora de Gestão Internacional em 1990 na UFMG, onde criou o Centro de Estudos de Gestão Internacional no Departamento de Administração e também o Centro de Transferência de Tecnologia da UFMG.

Suzana recebeu vários prêmios por suas contribuições para o desenvolvimento da educação e do conhecimento de administração no Brasil. Em 2009, ela recebeu o renomado George R. Terry Book Award da Academy of Management por sua excepcional contribuição para o avanço nos conhecimentos de administração.

Suzana publicou diversos livros e artigos em periódicos com revisão partidária sobre gestão internacional, governança corporativa e estudos organizacionais. Seu trabalho pode ser encontrado nas publicações Human Relations, Journal of International Management, Journal of Management Studies, Management and Organization Review, Management International Review e Organization Studies. Ela é co-editora da Organization and Strategy Series, publicada por Edward Elgar, e membro do conselho editorial da Organization Studies e de diversos outros periódicos com revisão partidária no Brasil.

Perfil-A RSM (Rotterdam School of Management), da Erasmus University está entre as 10 melhores instituições de ensino de administração e entre as três melhores em pesquisa da Europa. A RSM oferece pesquisas inovadoras e excelência de ensino em todas as áreas de administração e está localizada na cidade portuária internacional de Rotterdam – uma conexão vital entre negócios, logística e comércio. O foco principal da RSM é desenvolver líderes empresariais com carreiras internacionais que tenham ideias inovadoras para um futuro sustentável graças aos excelentes programas de bacharelado, mestrado, MBA, pós-doutorado e para executivos. A RSM também oferece cursos para executivos e serviços de apoio ao aluno em seu escritório no distrito comercial de Zuidas em Amsterdam. |www.rsm.nl.

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